Opostos nem tão opostos, Shuji Hanma x Male!reader

Alianças e Géant

Zoldyck Killua, base da Valhalla

— Ahã... Sim, Illumi, ele é confiável, e por favor, pare de fazer esse questionário... Sr.Putinha do Illumi, cale a boca, por favor... É, eu já estou aqui de frente para a base deles, se der merda vocês vem me buscar em quarenta minutos... ARGH, TCHAU, HISOKA!—

Desligo o telefone num suspiro.

Yami-kun disse que pelo bem da vida dele eu deveria ir a uma reunião da Valhalla, acho que é a gangue do Shuji.

Bato com minha incrível delicadeza na porta do local, que mais parecia uma distribuidora abandonada.

Um cara de óculos abre a porta. Juro que tentei, mas não pude deixar de suspirar. Ele era lindo, quero dizer, ignorando o fato dele ter uma carinha de filho da puta.

Ele tinha cabelos loiros meio bagunçados, uma linda pele ligeiramente bronzeada, estatura mediana, olhos castanho escuro e óculos, uma expressão severa, mas ainda muito bonito.

Sorrio malicioso o encarando, e ele revira os olhos, me dando espaço para entrar.

Faixa de trezentas pessoas nos encaravam, permaneci imóvel esperando o lindo loiro, que logo me puxou pelo pulso em direção a um palco.

— Pff, aquele não é o policial?

— Nossa, sim! O que ele está fazendo aqui?—

Pude ouvir os sussurros, mas ignorei.

— Senhores, esse aqui é Killua Zoldyck, dezesseis anos, gay, o policial mais jovem do mundo, e um grande tarado.

Declara o loiro em frente a todos, sorrio de canto o encarando divertido.

— Shii, não explana~—

Murmuro manhoso, o garoto cora ligeiramente e volta a sua face séria.

— E ele está aqui pois decidiu por livre e espontânea vontade própria que irá se aliar a Valhalla, correto, Sr.Zoldyck?—

Concordo vagamente, observando os meus súditos surtando, não entendi muito bem, pareciam animados, mas também não fiz questão de perguntar.

— Yes, baby. Por livre e espontânea pressão, estou me aliando a vocês! Comemorem, mortais.

O loiro ao meu lado revira os olhos. Sorrio para ele, ao mesmo tempo que faço uma pose de vitória para meus fiéis súditos, que por incrível que parece comemoram com afinco.

Suspiro, eu finalmente consegui meu exército para dominar o mundo, é tão gratificante se sentir 'o todo poderoso', não que eu já não fosse, claro, meus fãs eram muitos, até demais, pudera, sou um marco histórico.

Mas ainda assim, um exército específico para chamar de meu era um sonho a ser concretizado.

Sinto algo me cutucar, me tirando de meus devaneios psicológicos, encaro o ser, e vejo ele.

— Saiba que minha gangue não é seu exército pessoal, e que você não exerce o mínimo poder sobre eles.—

Declara Shuji firme, o encarei, tão lindo, aquele cabelo realmente combinou com ele.. Foco Killua! Ele não estava clamando por perdão. Ergo a cabeça, olhando fixamente em seus olhos, e limpo (levemente relutante) onde ele havia encostado.

Me viro lentamente, a paços firmes para sair dali, não sem antes mandar um beijo no ar em direção ao belo loiro de óculos e ao meu lindo ruivinho, a leve vontade de voltar correndo para abraçar o Shuji era grande, mas eu não podia.

Hanma Shuji, dezessete anos.

Ahn?

Mas...mas Kisaki disse que ele ainda poderia ser gentil comigo, onde eu errei?

Ainda incrédulo, observo Killu mandar beijos para o boçal do Yami e o Sakizinho.

Encaro o Tetta pasmo, e ele dá de ombros se aproximando.

— Você...você disse que daria certo!

— Não, eu disse que você deveria comprar flores e chocolates, vestir um terno, tirar esse gel e finalmente clamar por perdão, de joelhos.

Franzi o cenho, o loiro me olhando com deboche, logo suspirando.

— A culpa é sua, não fala com o garoto a anos e chega assim? Vai perder ele pro' Yami. Agora levanta essa cabeça garoto, vai lá pegar teu homem.

Kisaki

Patético

O olhar do maior muda completamente, saindo de tristeza a mortalidade, numa volta de quase 360 graus, ele encara Yami, nitidamente irritado.

— Seu merdinha, uma coisa é perder pro' Kisaki, outra coisa é perder pra' você..—

O escuto resmungar, dando um tapa na cabeça de Yami, e correndo em direção ao albino no meio da rua.

— KILLUA!

Grita, e o rapaz vira a cabeça.

Ih, vai passar vergonha no meio da rua, ilário. Penso, observando tudo com um sorriso maroto.

Zoldyck Killua

— E-eu, eu vou vou pedir desculpas, prometo! S-só só não fica c-com o Yami! —

Meu querido bicolor berra, com um rostinho triste e vermelhinho.. Tão fofo.

Esboço um sorriso suave para o mais velho, indo em sua direção.

— Você finalmente parou de fazer drama!—

Exclamei o abraçando forte, de olhos fechados, tudo o que sinto é seu coração acelerando e sua respiração ofegante.

— I-isso... É sério?

Questiona soando um pouco incrédulo, apenas intensifiquei o abraço, ao longe ouvindo uma risada de deboche que eu bem conhecia.

— Desistiu de ficar de cu doce, delinquente?—

Hisoka pergunta claramente para irritar o maior, escuto o som de um tapa, certamente Illumi.

Me viro para eles, sem soltar o garoto ainda incrédulo.

— Já deu o prazo de quarenta minutos?

— Já Floquinho de Neve, tem exatos cinco minutos.

Hisoka revela ainda em seu tom debochado, apenas para receber outro tapa vindo de Illumi.

— Você tem dois minutos para entrar no carro, Killua.

Diz, e concordo os vendo sair, claro, Illumi puxando Hisoka pela orelha.

Me viro novamente para Hanma, sorrindo grandiosamente.

— É bom que tenha desistido de seu ego, senti sua falta, nos falamos depois, Géant!

Deixo um leve selar sob sua bochecha e saio correndo, aceno já ao longe, com a impressão de que papai e Illumi me matariam por não dar notícias.