chapter one

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Marília Mendonça on
Mais um dia na minha empresa.
Pensativa na minha sala, começo a recordar de como tanta coisa havia mudado desde a escola; Na verdade, começaram a mudar desde quando eu saí da escola da minha família no fundamental, e entrei numa escola pública pra fazer o médio. Eu parecia uma criança assustada com tudo que via, acoada, quieta. Me recordo que as meninas da minha sala tinham um fogo absurdo em ir atrás dos meninos, mas comigo não, eu não me encaixava naquele padrão. Afinal, eu já sabia que minha praia era mulher; As boas, e gostosas mulheres.
Eu me formei naquela escola, e ao longo do tempo eu entendi que ou eu ganhava respeito ali, ou eu seria só mais uma que eles manteriam acoada. Quem são "eles?"  Elite. A gangue que vendia drogas na escola. No começo eu tinha medo, mas depois aprendi que teria que ser mais esperta. Ganhei a confiança deles, e no meio do segundo ano naquela escola, o controle era meu.
Mas é óbvio que eu nunca perdi minha carinha de santa e inocente, e por isso ninguém nunca desconfiou de mim, e sejamos sinceros, aquela gangue cresceu muito mais comigo no comando.
Quando eu estava prestes a sair da escola, percebi que eu precisaria me formar em algo, e arrumar um trabalho, pra disfarçar a quantidade de dinheiro que entrava pra mim. Daquela pequena gangue que vendia droga nos intervalos da escola, nós nos tornamos os maiores traficantes de Goiânia, vendendo inclusive para as  pessoas de cargos mais altos que você possa imaginar, e vendendo pra fora do estado.
Ao passar do tempo, eu me tornei uma mulher de 24 anos, com vida dupla. Eu era a chefe da maior gangue de Goiânia, mas eu também era uma das empresárias mais poderosas daquele estado. Pode imaginar?

21.10.2031 / 07:58AM
Hoje eu acordei de mal humor, como grande parte dos meus dias. Tive um sonho, ou melhor dizendo um pesadelo, com aquela minha maldita ex. Já faziam 9 anos que ela tinha saído da minha vida, e embora passassem inúmeras mulheres pela minha cama, ninguém nunca conseguiu o meu coração como ela. A morena que tirava meu sono constantemente. Maldita!

Fiz minhas higienes e segui para minha empresa, eu era dona da MENDONÇA INDUSTRY, e aqueles incompententes precisavam de mim 24h naquela  empresa, para que ela continuasse andando. Já fazia um bom tempo que eu me dedicava inteiramente ao trabalho, oque não me arrependo já que minha empresa é uma das maiores do estado, e arrisco dizer que concorre como melhor do País.

Chego na empresa por volta das 8:30 da manhã, e assim que entro em minha sala recebo uma ligação de Murilo, meu braço direito da Gangue, denominada de Elite.
-
LIGAÇÃO ON ✅
Murilo: - patroa?
Marília: - Fala logo, Murilo.. Já te disse pra não me ligar no meu horário de trabalho, porra!
Murilo: - Mil desculpas patroa, mas é que a mercadoria atrasou, os fornecedores trocaram de chefe, e parece que ela só vai resolver se falar com a senhora! Segundo ela,  os valores que pagamos é injusto e ela não vai permitir isso no comando dela.
Marilia: - Que caralho! Quem essa mulher pensa que é pra atrasar a mercadoria e atrapalhar os negócios?
Murilo: - Precisamos urgentemente solucionar isso patroa, os clientes não param de ligar, a senhora precisa resolver!
Marília: - manda essa filha da puta aqui na empresa murilo, e não esqueça de deixar claro pra ela que aqui ninguém sabe que eu sou chefe da gangue, então que ela mantenha sigilo!
Murilo: - Certo chefinha, me desculpe mais uma vez por ter ligado agora..

Quebra de tempo -

LIGAÇÃO ON
Marília: Sim Mônica, pode falar..
Monica: bom dia senhora, tem uma moça aqui embaixo que alega que tem um acordo a ser feito com a senhora, ela se identifica como Carla.
Marília: Pode deixar subir mônica, obrigada!
LIGAÇÃO OFF

Eu já estava cheia de ódio dessa mulher! Havia acabado de assumir o controle dos meus fornecedores, e já estava acabando com os negócios. Ah mas ela iria me ouvir, e aprender a respeitar o nome e legado de Marília Mendonça

*batidas na porta

Marília: Pode entrar!
Quando eu me viro em direção a porta percebo que derrubei meu caderno de anotações no chão, e me abaixo apenas para pegar, quando volto meu olhar em direção a porta apenas vejo uma moça de costas que parecia segurar planilhas, que eu suponho que seja pra discutir valores comigo. Ela tentava fechar a porta com dificuldade.
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Pego meu copo com Whisky e beberico um pouco, observando que ela possuía cabelos negros e grandes, não pude deixar de reparar no seu corpo cheio de curvas, mas ela tinha uma bunda, que puta que pariu..
Perdida nas curvas daquela morena mal percebi que ela virava de frente pra mim, e ao olhar pra ela, eu derrubei o copo de whisky que eu possuía em minha mão, quebrando em inúmeros pedaços, e levantei da cadeira por impulso no mesmo instante.

Isso é impossível!

double life - maralilaOnde histórias criam vida. Descubra agora