chapter two

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Oi gente, antes de iniciar eu queria agradecer as pessoas que vieram falar comigo, e estão me ajudando a "construir" essa fanfic. As opniões de vocês são essenciais, então sempre que puderem ( e quiserem) passar nos comentários serão bem vindosss. é isso! 

——
Isso é impossível!

O som do copo quebrando resoou por toda sala, e suponho que tenha assustando a morena em minha frente, fazendo a soltar um gritinho em surpresa assim que encontrou meus olhos. Pude ler seus lábios formarem um "puta que pariu".
O que me restava saber era se o que tinha a deixado tão assustada teria sido o barulho do copo, ou o fato da sua primeira namorada estar bem na sua frente, logo depois de 9 longos anos que não se havia ao menos notícias de se eu estaria viva, ou não.

Quando eu e Maraisa terminamos, eu fiz questão de sumir da vida dela. Nós nos conhecemos na escola, ainda éramos meninas, tão jovens, ainda tínhamos tanto que conhecer da vida. No começo, eu acreditava que todo amor que eu sentia por ela, seria amizade; no máximo, um carinho fraterno eu diria. Mas o tempo fez com que nós duas enxergássemos que aquilo era muito mais que amizade. O que eu sentia por Maraisa, era amor. Era amor do mais puro, e verdadeiro! Eu a enxergava em tudo, em todas as poesias românticas, as músicas que falavam de porto seguro, sobre a magia do amor, ou de ponto de paz. Aliás, era isso que ela era. O meu ponto de paz. Quando eu e Maraisa finalmente admitimos que estávamos apaixonadas, não nos largamos mais nem por um segundo, e eu me emociono até se eu contar do dia em que ela me pediu em namoro.

Mas, como toda história tem início, meio, e fim, a nossa também teve. Com o passar do tempo, Maraisa foi ficando estranha. Eu a fui pegando na mentira, ela não me deixava ver o celular dela, aquilo foi ficando muito confuso.
Veja bem, não é que eu seja algum tipo de louca possessiva, mas o que a fazia ficar tão assustada quando eu chegava perto, que a fazia desligar o aparelho na mesma hora e se embolar inteira na hora de agir?

Minhas dúvidas foram sanadas num dia de Quinta feira, quando fui ao banheiro no horário da segunda aula em nossa escola, e encontrei Maraisa aos beijos com uma outra garota na cabine do banheiro. Ali eu senti que meu mundo caiu; As coisas não estavam mais tão confusas. Na verdade, agora faziam muito sentido.

Com o passar do tempo eu fui descobrindo que aquela garota não era a única com quem ela já havia me traído. Eu era a maior CORNA daquela escola!
e o pior? Todos sabiam; Menos eu, claro.

Eu amava tanto Maraisa, que eu sempre a perdoava por seus vacilos comigo.
Ela me tratava como uma princesa, e no outro dia me fazia sentir como um lixo! Eu não a entendia. Mas ainda sim, a amava com todas as minhas forças.
E, podem me julgar, mas eu sabia que ela me amava também. Mesmo com seu jeito cafajeste, e seu sério problema de infidelidade, ela não conseguia ficar muito tempo longe de mim. Fazia o que podia pra me mimar, me enaltecia sempre que eu não me sentia bem. E eu não preciso nem falar do beijo, e a pegada que aquela mulher tinha. Carla Maraisa era definitiva minha ruína.

Ficamos nesse vai e vem por longos anos, até que eu decidi que não me prestaria mais a esse papel. Maraisa poderia ser o amor da minha vida, mas ela não era o amor para minha vida, e disso, eu tinha CERTEZA.

Foi aí que meus pais me tiraram daquela escola; no início eu relutei, mas afinal de contas sair de perto dela seria ótimo pra mim, então eu apenas aceitei.
E foi assim, que eu me tornei quem sou hoje.

double life - maralilaOnde histórias criam vida. Descubra agora