Me sentindo desejada

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"Será que cê sente a gente
fervendo tanto que ilumina mais
que estrela cadente"
-Biazin

2021
27 de julho, 00:21 da madrugada

sim, eu sou do tipo de garota que transa no primeiro encontro. sou do tipo que não liga no dia seguinte, que beija sem saber o nome, bebe até cair e transa com mais de um em uma noite. nunca me importei com rótulos, mentira, me importo pra caralho. me importo mais com a opinião das outras pessoas a respeito de mim do que eu realmente me faz feliz, se me chamam de puta não é motivo para felicidade. mesmo que eu fique mais falada e óbviamente mais popular, isso machuca qualquer pessoa e eu sou sensível, Florence sempre me disse isso. que sou carente, emocionada, chorona mas eu criei uma casca

ao invés do "eu te amo" prefiro gemer no ouvido em uma transa gostosa, ao invés de assumir um relacionamento eu prefiro fugir, prefiro beber até passar mal do que dormir abraçada e aos beijos depois do sexo. preferia ser chamada de puta pelos corredores do que ter o meu frágil coração quebrado por um menino ou menina perebento do ensino médio. não é que eu não acredite no amor, na verdade eu já o vivi de forma bruta, me apaixonei ainda nova mas fui trocada com meus 15 anos. e pensei, foda-se essa porra toda, se até meu pai não ficou quen dirá outra pessoa?

-Você fica meio foguenta com uma dose né?

o menino de barba rala e cicatriz na bochecha falava meio nervoso, até me perguntava se ele é virgem. eu estava meio bêbada já, antes daqui estavámos em um bar. demos alguns amassos e ele me trouxe para esse beco. eu nem sei direito mas chegamos em um quarto pequeno com uma cama de solteiro, eu não transo com ferrapados. estou acostumados com mimadinhos, filhinhos de papai como eu, com as camas arrumadas pelas empregadas. mas eu Cacá sempre gostei de aventuras, pagar boquete com o carro em movimento, transar com os pais em casa, transar com pessoas casadas. o álcool me mudava, não por completo mas me dava coragem de fazer o que se passava na mente

-Espero que seu pau não seja sujo como o seu tênis

minhas palavras de bêbada sairam meio emboladas mas ele pareceu entender, eu estava de joelhos em sua frente o olhando debaixo para cima e falei isso por ver seus tênis sujos embaixo da cama com um cheiro meio ruim. percebi que sua não ficou muito boa mas ele não iria desistir ou resistir. passei as mãos por cima da sua calça tentando sentir o seu pênis duro mas ele não estava, fiquei até meio confusa. abri um pouco seu zíper e o maior tirou minhas mãos dali

-Hum chega, acho que não rola

-O que? Fala sério, deixa eu te chupar

forçava a barra de sua calça para baixo mas o mais velho pareceu se irritar, tirou minhas mãos de forma bruta e me levou rápido e forte pra caralho. com a mão livre tentava levantar a calça e com a outra segurava meus dois pulsos, eu sacudia tentando sair de seu aperto mas ele é mais forte, mais bruto, a sua cicatriz me dava arrepios mesmo ele sendo um gato. eu não sou burra, já vi ele lutando nas ruas algumas vezes então sabia que ele poderia me bater, acabar comigo se quisesse mas as vezes eu tinha essa dificuldade em pensar nas consequências dos meus atos impulsivos. nem estava sentindo tesão, pra ser sincera só queria ser desejada essa noite. queria alguém para me tocar com uma brutalidade deliciosa

-Você não vai me comer?

perguntei realmente ofendida, isso não pode estar acontecendo. ele me jogou pra fora de seu quarto e fechpu a porta me deixando sozinha naquele corredor escuro em um lugar que eu nem conhecia. comecei a caminhar por aquele lugar desconhecido olhando para todos os cantos até eu ver no final da garagem a entrada que estava fechada mas é só eu empurrar, fui até lá e por alguns longos segundos eu me senti observada de um jeito estranho, olhei para o lado e havia uma sombra do outro lado parada do lado de uma porta de madeira. provavelmente uma mulher pela silhueta

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