Herdeiros do Rei E Ascensão de uma Guerra

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"As escrituras antigas contam que antes de qualquer coisa existir já existia um criador...”.
Foi-se a época em que o mundo estava em Ordem, no qual se tornou um lugar de paz, harmonia e amor entre todos os seres vivos sendo eles animais, humanos e até mesmo angelicais. Mas por causa da inveja, da rebeldia, do orgulho e do desejo incontrolável por poder essa Ordem foi quebrada e dividida em duas forças opostas que coexistem e influenciam nas escolhas e atos de cada ser existente nesse mundo, O que definiu numa guerra espiritual e interminável entre o "BEM" e o "MAL"...
Já estamos no terceiro ano da sétima Era na Terra de Harã, os seres humanos enfrentam agora dias difíceis e sombrios, o mundo já não é mais o mesmo, aos poucos foram surgindo criaturas míticas e espíritos das trevas esses seres que se consideram uma nova raça predominante que achava que estava acima de todos os seres vivos na terra. Eles se intitularam como Néfalins. Lentamente foram influenciando as mentes e os corações das pessoas fazendo com que elas começassem a se dividirem e guerrearem entre si mesmas. Com passar do tempo certo homem resolveu vender sua alma aos néfalins e em troca ele teria o controle de tudo e de todos em Harã, eles aceitaram e lhe deram um exercito poderoso e numeroso derrubando cada império que habitava nas regiões do Sul, Leste e Oeste do continente.
O Homem se proclamou Rei de toda Harã controlando os maiores impérios de cada região sendo eles Rá, Artagastis, Aralu, Shamash e Marte. O rei então escolheu um néfalin para ser regente dele em cada país escravizando a maioria dos seres humanos deixando livres apenas pessoas com títulos de nobreza para apoiá-lo na sua conquista.

Capitulo Um
O Chamado
-Reino de Novo Éden, lugar onde alguns acreditam que é um paraíso na terra, nosso povo representa a união, esperança, superação, e a salvação da humanidade.
Papai me contou uma vez a historia de como os nossos ancestrais construiram nosso país, ele disse que quando a humanidade estava se perdendo em guerras e destruição uns com os outros, surgiu uma estrela no céu que brilhava intensamente, a estrela brilhava dia e noite ao norte além da região das montanhas de Harã e só os que possuiam um coração justo e bom conseguia vê-la, foi então que nossos ancestrais perceberam que a estrela no céu era um sinal para eles a seguirem naquela direção, cerca de setenta pessoas partiram das terras de Jebus, e eis que deu inicio a caravana dos justos seguindo para o norte além das montanhas de Padã - Arã em direção à estrela guia, quando eles conseguiram chegar ao seu destino logo se deslumbraram com a visão que estavam tendo, Bosques e jardins suspensos, campos verdejantes e arvores imensas e frutiferas, Rios e cachoeiras de águas cristalinas onde o arco íris não os abandonava por nenhum momento, realmente um verdadeiro paraíso, mas a verdadeira surpresa é que os setenta justos de Jebus não foram os unicos a serem guiados pela estrela, papai me contou que aos poucos foram surgindo povos dos quatro cantos da Terra desde o sul do Oriente até o norte do Ocidente. Ao perceberem que não estavam ali por acaso, uma voz forte como o trovão em noites de tempestades e suave como uma doce brisa de ar, ecou em seus corações e mentes ela dizia.
“Eis que vocês se tornarão meu novo povo escolhido, meus novos filhos e filhas, meus amados aqui está o novo lar de vocês onde construirão uma utopia, que os manterão a salvos de quaisquer forem às maldades que os rodeam além dessas montanhas, aqui será um novo reino onde irá simbolizar a comunhão e a paz entre todos, por isso os trouxe aqui diferentes povos de todas as nações...”
-E então...
Quando Lucas iria continuar a historia que o pai dele o contou. Ouço de longe gritos e berros, enfurecidos quase semelhantes a mesma descrição que Lucas descreveu  na história que estava nos contando da “Voz forte como um trovão” é claro que nesse caso a voz que ouvimos não era suave como a brisa do ar.                 
-Adriel! Lucas! Daniel! Baruque! Onde raios vocês se meteram seus moleques!
  -Droga é a Tia Helena, como ela conseguiu chegar até aqui?!
-Bom pelo jeito está na hora.
Falou Baruque com um tom de desânimo, acho que era pelo fato de hoje ser um dia “especial” para todos nós.
-Ora essa se anime Baruque hoje é o grande dia!
Falei isso para tentá-lo animá-lo.
-Como consegue ficar tão empolgado com isso Adriel?
- Como não ficar empolgado é o que você quer dizer não é Baruque!
- Vocês querem calar a boca! Querem que minha mãe nos ache aqui.
Disse Daniel apavorado como sempre, com medo da mãe dele, mas não é de se espantar estar com medo da tia Helena, ela nunca foi um exemplo de mulher dócil, sempre foi rígida e severa com os filhos, talvez ela tenha ficado desse jeito pelo fato do marido dela ter sumido há alguns anos atrás quando Daniel tinha três anos de idade.
      -Daniel! Lucas! Adriel! Baruque! Apareçam logo! Estão todos esperando vocês seus pestinhas! Não me façam soltar os cães para caçá-los.
O grito ensurdecedor daquela mulher ecoava tão alto que todos desde a cidade de Seródio até nos altos das montanhas de Horebe onde os leões habitavam conseguiam ouvi-la.
- Vou contar até três! Se vocês não aparecerem logo irão se arrepender!
- É melhor aparecermos logo!
Exclamou Daniel quase molhando as calças.
- UM. UM E MEIO! 
- Sempre quis saber o que acontece quando ela chegar ao numero três.
Falou Baruque num tom de deboche.
- DOIS! DOIS E MEIO!
- É melhor irmos antes que ela chegue aos três, já está na hora mesmo.
  Lucas sempre sendo o certinho é incrível, como o clã dos Áquilas está cheio de pessoas certinhas e sérias, até mesmo ás crianças de sete anos como ele.
- Há... Mais e a historia?!
- De qualquer forma você irá ouvi-la mais tarde Adriel, vamos antes que a tia Helena solte os cães de verdade.
Bom imediatamente todos nós descemos do nosso forte que ficava no topo de uma arvore conífera. Meu pai que nos ajudou a construir o forte, ele sempre diz que bons guerreiros devem sempre ter seu quartel. Mal chegamos ao solo e já me deparo com uma mão grossa e forte puxando minha orelha com uma força sobrenatural.
- Ai! Ai! Ai! Tia Helena piedade, nós já estávamos indo ao seu encontro!
- Por favor, Tia deixe-nos ir!
- Mãe! Desse jeito vai arrancar nossas orelhas
- Largue-me tia!
- Onde raios vocês estavam com a cabeça de sumir desse jeito! Não sabem que hoje és um dia importante para cada um de vocês seus moleques! Aliás, para todo Novo Éden!
Eu me pergunto como uma mulher consegue pegar um par de orelhas em cada mão?!

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