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Jungkook esteve no limite durante a semana passada. Todo dia, ele tenta me levar embora, mas eu recusava. Ele passou o tempo todo construindo cercas pela casa, plantando armadilhas nos perímetros e o que pareciam bombas e outras coisas que eu não quero saber. Ele só me deu o mapa de onde estavam todas essas armadilhas. Ele disse que Charlotte está bem, já que o peso dela não os provocaria. Não que ele me permita sair, então eu serei pega por armadilhas. A única vez que saímos é para que ele possa me ensinar a atirar no jardim da frente. Eu nunca esperei gostar, mas atirar é divertido. Especialmente porque eu tenho Jungkook como professor, e ele pode ter feito algumas lições seminuas. Nem preciso dizer que errei o alvo naqueles tempos.
Fora isso, ficamos dentro. Todas as cortinas são abaixadas até que nenhuma luz apareça. A cada hora mais ou menos, ele sugere que me sequestre para Deus saiba onde. Não gosto de vê-lo impaciente, mas também não vou viver em fuga pelo resto da vida. No fundo, acho que um lado dele também sabe disso, mas o outro lado controlador, o lado assassino, o está empurrando para agir e fazer algo sobre o perigo.
Atualmente, ele está assistindo de baixo das cortinas da janela do meu quarto, com vista para a frente da casa. Ele está apenas usando boxers pretos. Seus músculos das costas e coxas são delineados pela pouca luz que desliza através da abertura. Meu lábio inferior rola atrás dos dentes. Tento me concentrar em um velho romance de mistério de sala trancada que encontrei na biblioteca do Papa. Não que eu tenha sido capaz de ler qualquer coisa. Eu reli o mesmo parágrafo sem registrar uma palavra. É impossível me concentrar quando há uma visão tão irresistível na minha frente. Todos esses músculos, dureza e tatuagens tornam tão difícil não pular nele, mesmo quando ele está tão rígido.
Não que eu não tenha medo, mas com o Jungkook ao meu lado, o perigo não parece tão iminente. Além disso, ele disse que ligou para seus colegas mais próximos e pediu que eles se afastassem. Ninguém apareceu por uma semana, então eles não se importam com a vingança ou respeitam o Jungkook o suficiente para não se aproximar de mim. Mesmo se ainda houver o risco de alguém aparecer, não vou me esconder com medo de esperar para morrer. Estou entorpecida há tanto tempo que, quando a vida me bate na cara, prefiro viver o momento em vez de me preocupar com o amanhã ou o que acontecerá. E no momento, a vida está cheia com esse homem. Um calor sufocante percorre através de mim enquanto eu apenas o observo.
Eu mexo, tentando controlar o que está acontecendo no meu corpo. Tornou-se completamente estranho desde que Jungkook me tocou. Charlotte geme enquanto dorme como se me repreendesse por me mover enquanto estava deitada no meu colo.
Eu não posso evitar, ma petite.
- Isso é loucura. Não acredito que estou esperando a morte de braços cruzados. - O Jungkook geme, finalmente saindo da janela para atirar punhais no meu rosto. - Estamos indo embora.
- Não, não estamos. - Eu sorrio. Por mais que sua chefia às vezes seja exagerada, ele parece uma criança quando está mal-humorado.
- O que você está sorrindo? - Ele persegue em minha direção com um brilho escuro nos olhos azuis sem fundo.
- Nada. - Eu tento focar no romance pela milésima vez.
- Nada, hein? - Ele puxa minhas duas pernas em um único puxão.
Eu grito enquanto estou deitada de costas. O romance cai ao lado da cama. Meu pulso dispara e, como sempre, minha pele cresce por conta própria sob seu toque. Charlotte gira enquanto pula da cama para evitar cair.
- Cale a boca, Cheerio. - Ele nem sequer olha para ela, seus dedos deslizando pela minha perna e por baixo do meu vestido de cetim. - Este é o meu lugar agora - Senti arrepios na pele e meu estômago palpita. Não tenho como parar esse fluxo de energia que corre através de mim, mesmo que eu queira.
E eu não quero.
Jungkook enfia os dedos nas minhas coxas até eu choramingar. - Você vai parar com essa bobagem e sair comigo? - Ele está rosnando, tentando me assustar, mas não consegue esconder a luxúria ardendo em seus olhos.
Estendo a mão, seguro-o através da cueca e acaricio levemente. Sua ereção ganha vida em um instante. Um gemido gutural rasga a parte de trás de sua garganta enquanto ele inclina a cabeça para trás. Durante o tempo em que ele tenta me levar embora, tenho feito o possível para distraí-lo. Não apenas para aliviar a tensão existente em seus ombros, mas também para nos tornar vivos. Mesmo que seja por um curto período de tempo. A segurança que encontro em seus braços é viciante.
Ele é viciante.
- Você não pode continuar me seduzindo para sempre, sabe. - Ele parece tenso enquanto sua ereção continua crescendo debaixo dos meus dedos.
Eu lambo meus lábios, olhando para ele. - Eu posso tentar.
Sua boca bate na minha, e ele me puxa para ele com tanta ferocidade que tira o ar vivo dos meus pulmões. Eu seguro seu pescoço com toda a minha força, porque isso, o agora, é tudo o que tenho.
E se é tudo o que eu ganho da vida, que assim seja.
