o último roubo

Quinto dia: as vezes a melhor coisa e o silêncio

Ela não foi vista no pavilhão pro café da manhã, nem para o almoço. Ela não foi vista na árena, nem no arsenal, e também não está em nenhum chalé, ninguém a viu o dia inteiro, mas todos sabiam o motivo dela ter sumido, aquele dia seria o aniversário de sua melhor amiga, seria o aniversário de Silena.

Clarisse estava sentada em uma pedra no meio da floresta, observando as ninfas sairem de suas árvores para conversar umas com as outras, algumas pareciam estar olhando para ela, provavelmente curiosas sobre o motivo da menina estar ali.

Ela sabia que um dia teria que superar a morte de Silena mas aquele dia demoraria a chegar.

Ela pegou o pingente que a menina tinha dado a ela, era a ponta de uma lança, Silena tinha a dado aquele pingente alguns dias antes da luta contra cronos, talvez ja naquele dia ela soubesse que iria morrer, Clarisse nunca iria saber o quê houve ou qual o motivo de sua amiga ter se aliado a cronos.

Ela encarava o pingente enquanto lembrava da sua visita ao reino de hades, quando tentou conversar com Silena, um favor quê Nico tinha feito a ela, mas Silena não quis falar com ela apenas tinha mandado um recado "nos vemos na minha próxima vida", essa frase passa varias vezes na cabeça de Clarisse, o que ela quis dizer com isso? Sera quê optaria pela reencarnação?

Ela encarava o céu vendo a claridade sumir aos poucos e as estrelas tomarem conta do lugar, ela via aquilo e pensava nas noites em que passou em claro conversando com Silena com a menina tentando a convencer a lutar, desde a morte dela Clarisse se sentia culpada pelo o quê aconteceu, se tivesse conversado com ela talvez as coisas tivessem sido diferentes.

A lua ja estava no topo quando alguém se sentou ao seu lado, ela não se importou de virar para ver quem  era, mas viu a pessoa estender um sanduíche a ela, ela não fazia ideia da fome que estava até aquele momento, então pegou o sanduíche e comeu.

Eles estavam caminhando pela floresta a um tempo ainda sem falar nada, mas para eles não era necessário as palavras, eles ja tinham entendido os sentimentos um do outro, eles compartilhavam o mesmo sentimento o sentimento de culpa, talvez por motivos diferentes ou talvez pelos mesmos motivos.

Ela segurou a mão dele quando finalmente chegaram no último lugar em que Clarisse tinha conversado com Silena, o último lugar onde ela ouviu a risada de sua melhor amiga, o último lugar onde viu sua alma gemea, no riacho do acampamento.

Ela se abaixou e colou o pingente no chão o enterrando, agora sua melhor amiga sempre ficaria no lugar que tanto gostava.

Eles sairam dali ainda de mãos dadas e ainda quietos, talvez deixando a tristeza o luto e a culpa naquele riacho. Quando chegaram no chalé 5 não precisaram discutir ou falar nada, os dois simplesmente entraram e foram dormir juntos, ja quê assim teriam um pouco de paz.

Almas gemeas não precisam ser necessariamente um par romântico podem ser simples duas amigas que se entendem e que se completam, assim era o caso de clarisse e Silena e agora Clarisse anda sentindo falta de uma parte dela que talvez ela tenha encontrado , não um substituto mas alguém que também perdeu sua metade, e como dizem duas metades fazem um inteiro, e luke também tinha perdido a sua, mas agora eles se encontram e talvez consigam se juntar para se trasformarem em um inteiro novamente.

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Capítulo curtinho,porém muito necessário, boa noite meus amores.