14. Papa Mundi

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A fabricação das armas de fogo não demorou tanto quanto Haechan imaginou. Assim que foi finalizada e distribuída para os demônios e alguns humanos, Atilla tratou de contatar o líder dos imaculados que prontamente se disponibilizou a ajudar, até porque a ideia fora sua.

E como de esperado, foi um sucesso. Combater as sombras de longe era muito melhor do que combater com espadas ou algo do tipo. Não havia o perigo de se ferir. E graças as estratégias de Targaryen, todos foram muito bem distribuídos pelas cidades.

Para a surpresa de todos, as falhas que as sombras causaram haviam sido concertadas. Mas infelizmente, as pessoas e criaturas que se foram não voltariam mais. Por mais que ainda estivessem chateados, os sorrisos de alívio e esperança ainda estavam estampados nos rostos de todos aqueles que ajudaram.

O grupo que vivia na colina dos anjos caídos se reuniu no salão principal, cansados e ainda sim contentes por tudo ter acabado bem. Galadriel não evitou em acariciar a cabeça do filho, sentindo um imenso orgulho do rapaz. Renjun fora outro que não conteve seus impulsos, correu para os braços do mais novo e o abraçou com todas as suas forças.

"Obrigado." - Renjun sussurrou em seu ouvido.

"Pelo o que?" - questionou risonho.

"Por ter tentado." - encarou o mais alto. - "Talvez esse realmente seja o seu objetivo, o seu caminho, Haechan."

O Lee sorriu orgulhoso, sentindo o amigo deslizar para longe de seus braços. Mark foi quem se aproximou dessa vez, observando os dois Jenos conversando tranquilamente. Havia um sorriso doce em seus lábios, parecia mais leve assim como o namorado.

"Esses dois finalmente se entenderam." - ditou divertido.

O Lee mais jovem encarou o rosto bonito do amante e ergueu a mão para bagunçar seus cabelos. Mark o encarou com os olhos brilhando, uma sensação familiar lhe tomando aos poucos.

"Sobre a fazendinha..." - mordeu o lábio inferior de forma ansiosa antes de continuar a frase. - "Você ainda sente vontade de realizar esse sonho?"

Haechan riu de forma espontânea e Mark suspirou apaixonado. Já fazia tanto tempo em que não ouvia aquela risada gostosa. Sentiu tanta falta dela.

"É claro." - respondeu ao maior.

"Então, o que você acha de...eu e você..." - Mark desviou o olhar para a grande porta e ergueu uma sobrancelha.

O menor riu mais uma vez, encantado e especialmente satisfeito por saber que o namorado iria para qualquer lugar com ele, desde que estivessem juntos.

"Só preciso fazer uma coisa antes." - deixou um breve selar nos lábios vermelhos do maior.

Jaemin havia permanecido na casa, ainda deitado na cama da mesma forma que Haechan havia lhe deixado. De barriga para cima, com as mãos sobre o peito e a respiração tão lenta que chegava a pensar que não o fazia mais.

Abriu os olhos preguiçosamente quando sentiu a presença familiar. O garoto se sentou na cama ao lado de seu corpo e levou uma mão até seus fios loiros, os tirando de sua testa. Dessa vez, ele não usava a máscara, revelando o rosto tão bonito e delicado como se lembrava da última vez em que o viu.

"O que aconteceu, Jaemin?" - ele desceu o toque leve até sua bochecha quente. - "Você me parece desanimado. Por que está com esse jeitinho tão tristinho?"

"O que você fez...?" - sua voz saiu rouca e um pouco falha por ter ficado tanto tempo sem falar.

"Nada. Eles se saíram muito bem." - sorriu levemente, se afastando do bruxo.

"Mas ainda não acabou."

A visão de Jaemin estava embaçada. Seus olhos pesavam, indicando que gostariam de ser fechados.

"Ainda não acabou." - ele repetiu.

Angustiado, Jaemin se forçou a se levantar. Cambaleou até a porta sentindo o par de olhos castanhos lhe seguindo. Segurou a maçaneta da porta e a girou saindo do cômodo, deixando o garoto para trás.

Caminhou pelo corredor com um braço envolta do estômago enquanto a outra mão o ajudava a se apoiar na parede. Seguiu com cuidado até a escada que levaria ao salão principal, já encontrando seus amigos reunidos no andar de baixo.

"Jaemin?" - Haechan foi o primeiro a notar o loiro descendo as escadas lentamente.

O Na parecia mil vezes pior. Havia uma áurea perigosa que seguia Jaemin. Envolta de seus olhos um vermelho que deixava sua face, antes delicada, agora assustadora. Seus lábios estavam rachados e quase brancos, deixando-o completamente mórbido.

"Haechan..." - encontrou o rapaz de fios negros, seu semblante denunciava o quão preocupado estava.

"Jaemin, nós conseguimos." - Jisung disse, sorrindo levemente. - "Nós acabamos com as sombras."

"E possivelmente, com o Papa Mundi." - Chenle completou.

"Não..." - terminou de descer os degraus, por pouco não caindo no chão, graças aos Jenos, que o segurou na hora. - "Ainda não acabou." - sua voz soava rouca e baixa.

"Como assim?" - Mark franziu o cenho.

"Você ainda não entendeu, não é?" - continuou encarando Haechan, que permaneceu com os olhos perdidos em si.

De repente, o tempo pareceu fechar no lado de fora, chamando a atenção de todos que estavam ali. O Lee mais jovem seguiu até a janela e encontrou a criatura gigantesca de apenas um olho que cobria todo o céu. Não evitou o som de surpresa e espanto, sentindo na mesma hora o coração disparar as batidas.

"E então?" - se virou para encarar Jaemin.

"Só há um jeito de acabar com isso." - ditou de forma cansada.

"E como? Como vamos acabar com isso?" - Haechan questionou, apontando para a janela.

"Passando pelo portal no calabouço." - encarou a portinha que ficava próxima as escadas. - "Vamos ter que encontrar o causador de tudo isso."

"O Papa Mundi?" - Mark franziu o cenho.

"Não, algo muito maior." - Jaemin voltou a encarar o daimon.

"Ele?" - o Lee deu um passo à frente, vendo os olhos do Na vacilarem.

"Ele."

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Eu não estou preparada 

Dɑimônico | 𝑀𝒜𝑅𝒦𝐻𝒴𝒰𝒞𝒦Onde histórias criam vida. Descubra agora