Iɴғɪɴɪᴛʏ。ー Aʀᴄᴀɴᴇ

x. ᴀʟᴜᴍɴɪ [Att.]

[Atualizado]

Os dias iam passando, e o tratamento de Eden e Viktor seguia em frente. Embora Viktor mostrasse uma mínima melhora, o que lhe dava alguma esperança, ele não conseguia deixar de se sentir agoniado. Enquanto ele começava a estabilizar sua saúde, Eden ainda enfrentava a dura realidade de não poder mover o braço esquerdo e de ser cego daquele lado, algo que o atormentava, já que ele se sentia um fardo.

Viktor, como sempre, estava imerso em seus estudos sobre o Hexcore, completamente vidrado, o que o fazia perder a noção do tempo. Por outro lado, Eden passava a manhã fazendo fisioterapia intensa no braço, uma tarefa frustrante, pois, apesar das semanas de esforço, não havia qualquer sinal de melhora.

O ruivo chegou ao laboratório de Viktor e Jayce com o propósito de falar com seu parceiro. Ele havia conseguido permissão com o Conselho, já que agora era considerado uma pessoa "dependente", o que lhe dava o direito de acesso a esse espaço.

ㅤ— Viktor? — Eden bateu na enorme porta, esperando uma resposta. Quando ninguém respondeu, quem abriu a porta foi uma moça de óculos e cabelos crespos.

ㅤ— Ah, olá, Sky... — disse Eden, com um sorriso cansado.

ㅤ— Pode entrar... tentei tirar o Viktor daquele banco, mas ele não tira os olhos da mesa por nada... — Sky respondeu, visivelmente preocupada, observando Viktor de costas, imerso nas anotações, enquanto mexia distraidamente em uma mecha do cabelo ondulado.

Eden suspirou, sabendo que Viktor não descansaria até atingir o objetivo que havia estabelecido para si. Ele passou a mão no cabelo e, sorrindo, segurou a porta aberta para Sky.

ㅤ— Eu fico aqui. Pode ir almoçar, Sky, já deu o horário.

ㅤ— Ah, obrigada, Eden. — Sky sorriu e, deixando sua prancheta na mesa perto da porta, saiu. Antes de Eden fechar, ela disse: — Viktor tem as chaves, caso saiam para almoçar.

ㅤ— Pode deixar, obrigado pela ajuda, Sky. — Eden se despediu e finalmente fechou a porta, trancando-a com o mecanismo de segurança. Ele se aproximou silenciosamente de Viktor pelas costas, que não percebeu sua presença. A oportunidade estava perfeita.

ㅤ— Vamos parar por hoje... — disse Eden, de forma suave, quase sussurrando, fazendo Viktor pular no banco, quase caindo de costas com o susto.

Viktor soltou um grito e, irritado, xingou o parceiro de todas as formas que podia, mas Eden não conseguiu se segurar e caiu na risada. Com a mão direita, ajudou Viktor a se equilibrar.

ㅤ— NÃO TEM NOÇÃO DO PERIGO?! PORRA, EDE- Hm!

Antes que pudesse terminar, Eden o interrompeu com um beijo forte e demorado, o suficiente para calar Viktor e fazer as ofensas desaparecerem. O sorriso alegre de Eden, um sorriso que Viktor conhecia desde a infância, era reconfortante. Ele se afastou suavemente do beijo, com as mãos nos ombros de Eden, e ergueu uma sobrancelha, desconfiado.

ㅤ— O que foi agora? — Viktor perguntou, com uma expressão curiosa.

ㅤ— Oshe, como voc- — Eden tentou falar, mas Viktor o interrompeu.

ㅤ— Você fica assim quando tem uma ideia. Vamos, fale. Desde que não seja uma viagem ou outro robô... Ah. — Viktor olhou para o desenho que Eden lhe estendeu e, ao apenas bater os olhos nas linhas do rascunho, seu rosto se iluminou. — Entendi...

Era um esboço de uma prótese de apoio para o braço de Eden, semelhante à que Viktor usava, mas com um design mais complexo. Ao contrário de Eden, Viktor ainda tinha força para mover seus músculos, mas Eden estava sem movimento algum, mal conseguindo mover os dedos que restavam.