Memórias 10

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Sim, tenho que admitir: eu amo aquele Doutor. Amo tudo nele. Não posso mais negar, nem para os outros nem para mim. Foi um amor que começou naquele dia de chuva, um amor que começou por ofensas, por trocas de insultos mas que nos marcaram a ambos. Foi o chamado amor à primeira vista, porque os nossos olhares conectaram-se muito antes do nosso coração. Mas foi um amor fulminante, e que tal como diz o meu pai vai passar por muitas tempestades.

A pergunta que eu faço a mim mesma neste momento é: será que iremos ter força suficiente para as enfrentar? Será que o nosso amor será o suficiente?

A pergunta que eu faço a mim mesma neste momento é: será que iremos ter força suficiente para as enfrentar? Será que o nosso amor será o suficiente?

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Pov Dak

Depois da minha conversa com o senhor Don, vou para a cozinha ajudar a minha mãe com o almoço. Se bem que a por esta altura já deve estar tudo pronto, porém alguma coisa poderei fazer. Ao contrário de muitas famílias, a minha adorava juntar-se na cozinha. Enquanto um estava a cozinhar, outro colocava a mesa, outro fazia um sumo ou um doce, ou cortava o pão ou fazia uma salada. Adorávamos estar ali na conversa ou mesmo na palhaçada.

E hoje não era diferente. Quando entro vejo Elô no fogão, a minha mãe a acabar de desenformar o pudim, Rita e Gracie a arrumar a mesa, e nossa estrelinha a "tentar "fazer um sumo de laranja, e digo tentar, porque ela nem se esforçava em espremer bem a laranja.

— Stella!? Olha para o que estás a fazer.— Elô repreende Stella.

— Eu já disse que não tenho força para isto, mas vocês não acreditaram.— diz uma estrelinha com um bico enorme.

— O que foi minha princesa?— pronto e chega o defensor da nossa pequena, o senhor meu pai.

— Papi...por favor faz tu o sumo. Eu não tenho força e a Elô já se está a zangar comigo, mesmo eu tendo tido logo de início que não conseguia.

— Rainha do Drama...— diz Rita, olhando para Stella.

— Não, Rita.— eu digo olhando para Rita primeiro, e depois virando-me para Stella...— Tu és a Rainha da Preguiça. Anda, enquanto o pai faz o sumo, tu ajudas-me com a salada. 

— Não posso Dak, fiquei cheia de dores no pulso...

— Deixa-te de ser piegas, vamos à minha frente.

E assim com muito drama por parte da nossa pequena e das tentativas falhas do meu pai para a defender, acabámos de preparar o almoço. A hora do almoço, também costuma ser animada. Não falamos de trabalho, nem da escola. Essa é uma regra que instituímos como família. A hora das refeições é para falarmos de nós, do que sentimos, do que queremos, do que desejamos.

— Dak, a que horas vais falar com o Jamie.

— Não combinei horas pai. Fiquei de o avisar quando acabasse de almoçar.

Liberdade e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora