Quando estamos juntos - Parte 1

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P.o.v. Marília Mendonça

Estávamos sentados lado a lado no sofá, com as mãos entrelaçadas sem falar nada. Os olhares, carícias e sorrisos bobos que dávamos um pro outro falavam tudo o que sentíamos. 

—Ê casalzinho, nem pra vocês ficarem lá perto de nós. - Zé diz entrando no camarim e mais uma vez soltamos nossas mãos. 

—É, o que cês tanto fizeram aqui? - Maraisa fala olhando a mão de Ricelly repousada em minha coxa e Juliano logo nos encara.

—A Marília tá passando mal, aí eu trouxe ela pra cá. - Ricelly diz ignorando Maraisa e Juliano, fazendo um carinho na minha perna.

—Correção. - tirei a mão de Henrique da minha coxa e ele deu um leve risinho. - Foi um mal estar, que já passou. - digo e olho pro Rique que revira os olhos.

—Se vocês dizem. - Cristiano fala. 

Ricelly passa o braço por meu ombro e começa a acariciar meu braço. Repreendo ele com o olhar mais isso não parece adiantar já que ele volta a mão pra minha coxa dando apertos que já estavam me deixando sem ar, e eu estava tendo que controlar o que saia da minha boca.

Quando eu disse correr riscos não era bem disso que eu falava.

Belisco sua coxa e ele olha pra mim assustado, finalmente tirando a mão da minha perna. Levanto indo pro outro lado do camarim pra perto das gêmeas.

—Tá tudo bem, Lila? - Maiara diz me olhando com um sorriso malicioso.

—É, cê tá sentindo esse calor também? - Maraisa entra na pilha da irmã.

—Eu não tô sentindo, não. Mas vocês dois devem estar, né? Desde o palco. - eu falo.

—Cê sentiu alguma coisa, Isa? - Zé Neto pergunta pra Maraisa e eu sinto uma certa expectativa naquela pergunta.

—Cê quer que eu responda aqui? - ela pergunta e vejo o olhar do Zé decair.

—Se não for aqui vai ser aonde? - ele pergunta meio triste e ela lhe lança um olhar que faz ele abrir um sorriso de novo.

—Eu não vou ficar de vela de vocês, não. - Maiara fala indo até Juliano. - Vamos, Ju? 

—Vamos. A gente espera vocês dois na casa das gêmeas. 

—Quando a gente acabar aqui a gente vai pra lá. - Cristiano fala e nos despedimos brevemente.

Enquanto andávamos pelo corredor nos dirigindo pra saída eu percebi a tamanha raridade daquele momento.

—Perceberam que pela primeira vez em muito tempo estamos juntos sem ser por trabalho? 

—Verdade, uma semana juntos. - Maiara fala.

—Sete dias que eu vou ter que aguentar vocês! - digo séria mas logo rio da cara de indignação que Maiara me olhava. - É brincadeira.

—Mas você vai aguentar a gente mesmo, pelas duas semanas que você assustou a gente! - Juliano diz e eu abraço ele.

—Vocês me amam, né? - eu falo e todos reviram os olhos ou negam.

Fomos pra casa das gêmeas esperar os meninos, porque não dava pra ficar lá enquanto eles atendiam os fãs deles.

Rique e o Ju começaram a assar carne. E eu notei uma certa mudança nos dois. Eles pareciam estar mais distantes um do outro. Eles praticamente não conversavam, e quando falavam era alguma coisa séria. E pensando por esse lado faz até sentido aquela atitude do Ricelly no camarim e aquele dia no hospital que o Ricelly saiu do meu quarto depois de algo que o Juliano falou.

—Aconteceu alguma coisa entre os meninos enquanto eu tava…? Cês sabem. - eu perguntei e Maiara e Maraisa se olharam antes de responderem.

—Não aconteceu nada não. 

—Por que cê acha isso? - Maraisa me pergunta.

—Eles parecem distantes. - olho brevemente para os dois enquanto eu falava.

—Eles estão normal, amiga. - Maiara diz, mas eu não estava me convencendo daquilo.

—Sentiram saudades? - Zé Neto diz chegando na aérea da piscina acompanhado de Cristiano.

—De você, a gente tá é cansado. - Cris fala arrancando risadas de nós.

—Até parece. - eles sentam na borda da piscina conosco e os meninos se juntam a nós, entregando uma garrafa de cerveja para os dois. Ricelly senta do meu lado e eu encaro ele com um olhar pidão. Todo mundo tava bebendo, só eu que não.

—Toma, Marília. - ele me entrega a garrafa que ele bebia.

—Juro que não vou beber muito. - digo feliz dando um gole na cerveja.

—Que bom, porque eu não vou deixar. - ele diz aquilo em um tom sério, mas tão sexy. Isso foi suficiente pra eu sentir um calor subir por meu corpo, apesar de meus pés estarem na água.

—Ah é? Você vai fazer o que? - passo a língua lentamente pelos lábios e ele acompanha o movimento com os olhos.

—Vamos pular na água? - Cristiano pergunta.

—Entrem primeiro a gente vai trocar de roupa. - Maiara diz. Eles concordam e nós subimos para os quartos. Eu tinha algumas peças de roupa na casa das gêmeas, e um biquíni era uma dessas peças.

—Qual fica melhor em mim? - Maraisa entra no quarto da Mai e nos mostra dois biquínis.

—Depende. Se for pra provocar o azul. 

—Nossa, metade eu não quero isso, não! - ela repreende a irmã mas logo olha para o conjunto. - Então o azul? - ela pergunta e acenamos com a cabeça rindo. Nos trocamos e descemos, mas ficamos só na borda mesmo.

—Cês não vão entrar, não? - Juliano pergunta jogando um pouco de água em nós.

—Não. Tá muito fria. Não sei como vocês estão conseguindo ficar aí. - Maraisa diz.

—Eu posso te mostrar como. - Zé fica entre as pernas dela, alisando suas coxas. 

—Vocês não conseguem disfarçar, né? - Cristiano se aproxima de Maiara bebendo do copo dela.

—Tá tudo bem, Henrique? - a ruiva pergunta e só aí eu percebo o quanto ele estava distante.

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Um capítulo mais suave porque os próximos...

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