𝑦𝑜𝑢 𝑛𝑒𝑣𝑒𝑟 𝑤𝑎𝑙𝑘 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑒 - camilo X reader

ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ᴇɪɢʜᴛ

Já havia se passado três meses desde o aniversário dos gêmeos, ou seja, você estava vivendo em Encanto por quase cinco meses, então você já estava mais adaptada ao lugar e as pessoas.

Era sexta-feira, você estava fazendo o que sempre faz nas sextas-feiras, lendo uma história para as crianças da vila, junto com você estava Camilo, que enquanto você lia, ele se transformava nos personagens conforme você vai narrando a história.

Assim que vocês finalizam a história as crianças aplaudem, você sorri timidamente para elas e Camilo se senta no chão ao seu lado. Todos começam a falar sobre a história e a brincar, você e Camilo logo vão se afastando delas e se sentando em um banco da praça.

Enquanto vocês conversam, Camilo nota que você está meio aérea, olhando para os lados como se estivesse procurando por alguém.

"____, tá tudo bem? Tá esperando por alguém?"

"Sim." você diz ainda olhando para os lados. "Lá estão eles!" você fala apontando para seus amigos, Marcos e Mirabel.

"Oi gente!" Mirabel fala chegando perto de vocês junto com Marcos. "Vamos?" ela diz direcionando o olhar apenas para você.

"Vamos." você responde.

"Vão pra onde?" Camilo pergunta.

"Eh... a gente vai resolver um negócio... tchau." Mirabel diz puxando você e Marcos, deixando Camilo lá sozinho.

Vocês três param atrás de uma árvore, à vista de vocês havia um banco, um banco onde Amora estava sentada.

"Vocês tem certeza de que é uma boa ideia?" Marcos fala nervoso.

"Mas é claro que sim!" Mirabel fala.

"Mas ela não gosta de mim, ela gosta do Camilo."

"Já faz um tempão que ela não fala mais do Camilo!" você diz incentivando seu amigo.

"Eu vou." ele fala com confiança e vocês empurram ele.

"Marcos?" Amora olha pra ele confusa.

"Não, não, não, não quero mais, abortar, abortar." Marcos sussurra para você e Mirabel com desespero.

"Tá tudo bem?" Amora pergunta.

"Não... quer dizer sim!" ele respira fundo. "Preciso te falar uma coisa importante."

"Claro, pode falar." ela fala e o garoto se senta ao seu lado.

"Eh... é que eu... eu..."

"Você...?"

"Eu... eu... nada não esquece." ele fala e a garota bufa. "E-eu já vou." Marcos fala se levantando do banco.

"EU GOSTO DE VOCÊ." Amora fala um pouco alto e de olhos fechados.

"O que? É serio?"

"Sim droga! Gostava de você antes mas estava com medo de te falar e você não gostar de mim e a nossa amizade acabar, por isso tentei parar de gostar de você... mas depois você começou a gostar da ____ e eu me senti... mal?"

O garoto fica paralisado com os olhos arregalados por um tempo.

"M-mas eu não gosto da _____, ela é minha amiga e só estava me ajudando a falar com você sem parecer um bocó." ele explica se sentando no banco novamente.

"Jura?... eu sinto muito por não ter percebido antes..."

"Tudo bem... ah eu também gosto de você, ou eu já tinha falado isso? Se bem que tá na cara-" ele é interrompido com um selinho que Amora deposita em seus lábios.

Ele fica parado por um tempo em choque.

"Agora você... você é minha... namorada?"

"Ainda tem um detalhe mínimo... você tem que falar com meu pai..."

"O-o seu pai? Não... ele me da medo..." ele fala e Amora ri.

"Ele não morde! Bom... pelo menos eu acho..."

"Que?!"

"Estou só brincando... vamos!" ela diz entrelaçando suas mãos e puxando ele até a casa dela.

"A-agora? Eu pensei em ir para casa e preparar um discurso..."

"Não precisa disso tudo, não se preocupe eu vou ficar ali com você." ela diz abrindo a porta de sua casa, seu pai estava na sala sentado no sofá. "Pai... o Marcos quer falar com você."

"Eu sabia que este dia chegaria... o que você quer?"

"Eh... eu... quero..."

"Ele quer ser meu namorado!" Amora interrompe.

"Amora, essa conversa é de homem pra homem, vá para seu quarto."

Marcos olha para Amora com desespero enquanto ela sai da sala, mas é óbvio que ela não foi realmente para seu quarto, ela estava ali ouvindo tudo e mandou um sinal de joinha para Marcos.

"Eu... eu..." ele respira fundo. "Eu sei que o senhor tem regras severas sobre namoros e meninos... mas eu quero que o senhor saiba que eu sou uma boa pessoa... eu nunca fiquei de castigo, eu sou saudável, me cuido, eu respeito meus pais, eu gosto de ler, sou inteligente, eu sigo as regras e até gosto delas... e... e eu gostaria muito, muito que o senhor me deixasse namorar a sua filha."

Valter, pai de Amora, fica paralisado por um tempo, parte porque o garoto falou muito rápido e parte porque ele estava assimilando tudo que o rapaz disse.

"Tudo bem." ele diz.

"É sério?" Marcos fala surpreso.

"Pode sair daí de trás." ele diz para sua filha que sai timidamente. "Mas eu vou estabelecer algumas regras, falamos disso depois."

Ambos assentem e Amora dá um abraço em Marcos, o mesmo fica surpreso de início mas logo retribui. Ele tem que se acostumar com isso.