Aqui se inicia o tudo.
[...]
Tudo começou por volta dos anos 2000, quando eu era jovem, tinha por volta dos 13 anos. Logo me mudei para o Japão, ficando em uma pequena cidade, com a minha mãe, irmão e eu. Não tínhamos boas condições financeiras para sustentar tudo isso, mas mamãe sempre dava tudo de si para conseguir, eu nunca tive o que as outras crianças tinham, e eu ficava feliz por isso, não sentia inveja de ninguém, pelo contrário, ficava feliz por aquilo. Depois de algumas semanas eu e meu irmão fomos para a escola, fui para uma chamada karasuno, aonde fiquei até o terceiro ano do ensino médio, eu decidi entrar para o time de vôlei, lá tinha vários bobocas. O principal deles era uma mexirica voadora, vulgo Hinata shoyo, um dos meus primeiros amores escolar, céus, ele era um doce de pessoa, Alegrava a todos, era contagiante estar com ele ali. Eu amava sua presença e confiança, algo que eu tinha, apesar de ter uma personalidade alegre, eu não demonstrava aquilo, eu era grosso e arrogante com todos, não queria me apegar a ninguém, já que amizades são passageiras e família também, mas família pode ser eterna de algum jeito...e bem, esse meu pensamento mudou quando eu vi yamaguchi tadashi, ele era da mesma sala e clube que eu, o que fez ficarmos juntos a maioria do tempo, era uma diversão. A dupla imbatível, tsukiyama, gostávamos de oprimir o garoto ruivo, o tal rei da quadra e os outros membros, aquela época era tão boa...não existia dor, não existia tristeza em mim. Me pergunto o que me trouxe aqui, essas parades brancas, esses soros em minhas veias, enfermeiras vindo aqui, eu so queria voltar para aquela época, era tudo tão feliz.
Lágrimas, de novo, eu odeio isso, me pego chorando sempre que lembro disto, eu sou infeliz com tudo, eu simplesmente não posso morrer?
[ Quebra de tempo. ]
Após algumas horas eu havia chegado em casa, mamãe foi grossa comigo, tacando alguns papéis em meu rosto, era sobre meu diagnóstico psicológico que eu fiz antes de ir para a escola, ali dizia que eu tinha algumas "doenças" então mamãe disse que era falta de louça para lavar, falta de trabalho. Fiquei ali em pé por horas ouvindo merda da pessoa que eu mais admirava em toda a minha vida, eu rapidamente peguei a mochila de novo e sai de casa, e detalhe, estava chovendo e eu estava sem moradia para ficar. Fui para um parque próximo e fiquei debaixo daquele brinquedo enorme ali, comecei a desabar em lágrimas, sentia uma ânsia de vômito por ter escutado palavras cruéis vindo daquela mulher, eu não aguentava mais até que as gotas pararam de me molhar, olho para cima e vejo um garoto moreno e com sardas lindas em seu rosto.
Yamaguchi. - Tsukishima? O que você está fazendo aqui? Tá chovendo muito e você pode pegar um resfriado. - Ofereceu o guarda-chuva para o loiro ali.
Kei; - Apenas...algumas coisas em casa, não quero mencionar e não se preocupe, minha saúde é de ferro. - Uma das primeiras mentiras de muitas que eu contei para você, naquela noite eu já não estava bem, era algo em meu peito que apertava, aquilo vindo de novo.
Yamaguchi; - você pode ficar na minha casa, meus pais não estão lá. - Ofecereu ajuda para o amigo.
Tsukishima; - não quero, obrigada. Eu apenas iria atrapalhar enta- Kei é cortado por tadashi.
yamaguchi; - Ei! Você não incomoda, vem. - Puxou sua mão livre e foram os dois caminhando até a casa do moreno.
Chegaram lá por volta de alguns minutinhos, então o moreno deu-lhe uma toalha e roupas quentes, depois de tsukishima tomar banho os dois ficaram ali jogando conversa fora, eram coisas banais e jovens, algo comum entre pessoas. Até que yamaguchi toca o porquê do loiro estar na chuva e chorando, o outro engole seco e comenta baixo que não quer falar, yamaguchi então deixa quieto, mas continua a pensar naquilo.
[...]
Me encontrava pensando naquilo enquanto via gotas escorrendo pela a janela, eu me via nelas, estava incapacitado de fazer qualquer coisa, não porque eu tinha alguma doença e sim pela minha falta de força, eu somente queria voltar atrás de tudo, eu era feliz, eu tinha tudo e hoje eu sou infeliz e não tenho nada, não tenho vida, não tenho amigos, não tenho esperança. Aquele branco rodava nós meus sonhos, a banheira cheia de água ficando com sangue, meus pulsos abertos, lágrimas pelo o rosto, deuses, o que eu fiz para merecer aquilo!? Se for algum tipo de castigo eu queria aprender o certo para sair daquilo. Eu tenho certeza de se naquele dia eu tivesse me jogado, todos seriam felizes, até minha mãe disse, ela era péssima comigo, dizia que eu era um fardo para a mesma, já que eu lembrava o principal vilão para a história, meu pai. Eu era semelhante a ele, mamãe dizia enquanto pegava aquela arma usava para cortar, a sua feição me deixou assustado aquela for desagradável em minha pele, o sangue caindo, meu irmão gritando e o som da ambulância tocando. Aquele dia foi um marco para mim, eu nunca irei esquecer disso, mãe, eu sei que você tentou mas mesmo assim não te perdôo, me desculpe.
Com muito amor, seu filho.
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uma carta de suicídio por Tsukishima Kei.
Historia CortaTsukishima, um jovem igual os outros, com uma vida complicada, com apenas treze anos ele já havia sofrido um monte e aos poucos perdia absolutamente tudo. Nesta história também vai contar sobre os romances escolares, relacionamentos paternos que são...