Cap. II - All The Angels

127 11 7
                                    

- Depois de 3 horas do incidente que destruiu a escola, comecei a caminhar em uma direção que eu não sabia aonde ia me levar, mas não é como se eu tivesse escolha agora, já que tenho muitas dúvidas na minha cabeça. Quem era aquele cara? O que está acontecendo com o mundo? Eu não acho que vou ter essas respostas tão cedo. -

Carregando Kuruma em minhas costas, segui na direção apontada pelo estranho, e após uma longa caminhada de mais ou menos 2 horas, finalmente chego em meu objetivo...
- Aquilo é uma vila?
Na minha visão, eu podia ver uma pequena vila abandonada que estava adiante, um local sem vida e sem qualquer resquício humano aparentemente.
- Será que foi esse o lugar que ele me mandou vir?
Balanço a minha cabeça no objetivo de esquecer minhas dúvidas e vou de uma vez em direção ao vilarejo para ver com os meus próprios olhos o que tem lá.
Ao chegar lá, encontro uma casa com recursos quebrados, tais como armas, por exemplo, uma pistola com o cano quebrado no chão.
Entrando nesta casa encontro um sofá e uma poltrona, que seriam perfeitos para que eu possa descansar.
Deitei Kuruma no sofá e me sentei na poltrona, tentando dormir um pouco para poder relaxar a minha mente. Uma tentativa falha, já que eu nem cheguei perto.

Até que de repente...
- Hm?!
Ouço um estalar em minha mente seguido de algumas palavras com som de eco.
- Vá até o poço e enfie o braço dentro do balde.
Ao ouvir aquilo, fico imediatamente confuso:
- O que foi essa voz..? Poço? Um balde? Enfiar meu braço..? As coisas já estão estranhas demais hoje, não é como se eu tivesse escolha.

Sem opção, vou procurar o poço e o acho depois de alguns minutos sem problemas.
- Aqui está o tal poço.
Então, começo a procurar o balde que eu ouvi a voz na minha mente falando.
- Balde... balde... cadê esse balde..? Achei.
Ao encontrar o balde, dou uma olhada para o que tem dentro e consigo ver algo brilhando. Me perguntando o que é, coloco o braço dentro do balde para poder pegar aquilo e ver exatamente o que é.
- Uma pedra?
Pelo jeito, aquilo na verdade era um cristal de tons alaranjados. Fiquei fascinado olhando pra ele, é realmente bem bonito. Estranhamente, enquanto eu o admirava o cristal começou a brilhar...

Subitamente, me vejo dentro de um espaço branco, vazio e vasto. Que lugar é esse? Vou fazer o mais óbvio nesse momento, gritar por ajuda:
- TEM ALGUÉM AÍ!?
De repente, sou respondido por uma figura totalmente branca:
- Yooo... não tem necessidade de gritar assim amigo, vai acabar me deixando surdo...
- O que é você?
- O meu nome é Uriel, e eu sei uma coisa ou duas sobre esse lugar.

Ele mostrou ter a aparência de um anjo como se fosse uma escultura de uma catedral. Ele também carregava algo em sua mão direita, mas eu não conseguia ver perfeitamente.
- Esse lugar aqui é como se fosse uma representação metafísica da sua mente, tá ligado? Foi criado pela sua consciência pra te ajudar a recuperar os outros cristais.
- Cristais? Como assim?
- O pequenino emo não sabe o porquê de estar aqui? Não se preocupe, irei refrescar a sua memória.
Aquilo na mão do anjo se revela como uma espada, e, sem aviso prévio, ele crava a espada no meu peito.
- A-argh... por que... você fez isso?
-  E por que você está sentindo dor dentro da sua própria mente? Se concentre na espada carinhosamente empalada em seu peito.

De repente eu posso ver uma espécie de flashback me mostrando o que realmente aconteceu...
Posso ver o momento da explosão. Algo me protegeu da morte e algo me diz que foram as minhas emoções.
Na tentativa de me proteger, as minhas emoções se tornaram algum tipo de energia e entraram na minha frente para me defender dos escombros. Depois disso, parece que elas ficaram descontroladas e se tornaram cristais que foram impulsionados em diversas direções.

Lost EmotionsOnde histórias criam vida. Descubra agora