Cap. VI - Monster

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Wenn du den Himmel kennst, wird die Hölle tausendmal schlimmer.

Após passar por uma porta, eu me vi em um lugar, como um campo de futebol, centenas ou milhares de pessoas me cercam. "Katsuo, Katsuo!" Digo essas mesmas palavras de forma repetida, como se elas fossem me levar de volta pro lado do meu amigo.

Afastado dele, o tempo passou e passou, e eu me vi em frente a uma grande distância, torretas miradas em mim, como se estivessem prontas para me matar a qualquer hora. Independentemente de como eu me movesse, eu senti que não poderia desviar delas, nem dos seus olhares incessantes por eliminação.

Eu então ouço uma voz, um megafone: "- Preparem-se, 3... 2... 1... CORRAM!" Como assim correr? Eu não não entendendo nada, eu vejo Katsuo se afastar de mim por conta da multidão até que eu me deparo na situação que eu estou: "Ah~ merda, eu preciso chegar até o final" Eu digo essas palavras para mim mesmo, e firmemente corro na direção do final daquela sala enorme. Enquanto eu corria, percebi um pequeno desconforto em minha bochecha, e logo percebi que uma delas mirava em mim. O que mirava? Uma torreta, pronta para me tirar daquele bendito teste.

Quando eu a percebi, entrei em desespero, a qualquer momento eu poderia ser eliminado: "- Não... eu não quero isso... por favor não atire..." Em um estado desesperador eu digo essas palavras, eu não estou nem no meio do caminho e já vou ser eliminado! De uma maneira patética eu comecei a fazer desesperar: medo, pavor, preocupação... qualquer emoção ruim se alastrava pelo meu corpo em uma velocidade incalculável.

"- Eu não quero ficar sozinho de novo... eu não quero ficar... sozinho de novo..." Eu senti como se o tempo pra mim estivesse ficando cada vez mais lento, meus passos correndo pela salvação e pela aprovação ficavam ecoando em minha cabeça, eu não queria parar, porque se eu parasse, meus amigos me deixariam para trás, eu ficaria sozinho de novo.

Eu corro de uma maneira patética e percebo que aquela coisa disparou, eu vejo aquele disparo vindo na minha direção, como uma death-cam, eu vi a minha esperança sendo morta. "- AAAAAAAAAAAAAAH" Gritei de uma maneira desesperançosa até que de repente tudo ficou parado, meu corpo não me mexia, meus olhos não me respeitavam e focavam apenas em minha frente.

Eventualmente senti algo me puxando para baixo, uma mão, se esgueirando pelo meu corpo de baixo para cima, por minhas pernas até minha cintura, da minha cintura até o meu tórax, do tórax a meu pescoço e do meu pescoço a minha cabeça, ela chegava em meu rosto como um gentil toque de mãe, ela me dava um estranho conforto, era relaxante e senti como se minha alma fosse sair do meu corpo. Subitamente eu ouço uma voz: - "Você não quer perder tudo, não é?" Essa voz ecoou por todo o meu corpo, senti uma tremedeira em minhas mãos e um calafrio pelo meu corpo, como se um relâmpago atravessasse uma árvore e a partisse ao meio, senti uma forte sensação que aquela voz poderia me partir ao meio. "- Quem é você, e o que tá acontecendo?" Pergunto para essa voz, e ela me responde: "- Você não precisa saber por enquanto, então me diga: você não quer perder tudo, não é mesmo?" A estranha voz parecia me entender como se fossemos irmãos, como é que essa voz sabia da minha incessante vontade de ficar junto de todos? "- Sim, eu não quero perder tudo..." Eu digo essa frase enquanto a estranha mão me toca. Eu senti como se meu corpo estivesse num paraíso, senti como se meu corpo estivesse sendo abraçado por uma mulher, senti como se meu corpo estivesse aos braços de uma mãe vendo o seu recém nascido filho.

Então, essa voz me diz algo: "- Te abençoarei com o poder de subjugar aqueles que te farão mal, o poder de salvar aqueles que lhe são importantes. Porém, esse poder lentamente irá te consumir, te deixar louco, você irá implorar por salvação e irá cair em desespero. Ainda vai aceitar a minha benção?" Ele menciona essas palavras como se fossem um tesouro temporário, essa descrição me fez ficar um pouco nervoso... mas o toque daquelas mãos fazia eu me sentir relaxado a ponto de eu lentamente me esquecer da consequência: "- Sim... eu ainda quero esse poder." Digo isso, sem nenhum aflito em mim, a voz vai desaparecendo depois de ouvir as minhas palavras. - "Corajoso tu és Kuruma..."

Lost EmotionsOnde histórias criam vida. Descubra agora