capítulo 61

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Luan 💯

Cinco semanas atrás...

Escuto meu celular tocando lá na puta que pariu

O morro tá uma bagunça, dps da Maya e minha mãe ter matado o JK, o morro entrou em total loucura

Depois de tudo que aconteceu, foi questão de segundos para o morro da mangueira ser invadindo por vários vapores vestido de vermelho

E a única coisa que nossos vapores podia fazer era observar o morro ser invadido

Todos estão com medo de como vai ser o morro daq a diante com o CV comandando.


Depois do meu celular tocar pela quarta vez, desisto de ignorar sei lá quem seja

_____

Eu: Alô - atendo sem olhar o nome no visor

Vanessa: Luan meu filho - escuto minha mãe falar

Eu: senhora - podemos tá nesse mundo cheio de violência e desgraça, mas jamais vou tratar minha coroa de uma forma que ela não mereça. Total educação sempre

Vanessa: A Maya tomou alguns tiros tentando nos salvar Luan - escuto sua voz de tristeza

Eu: E o que eu tenho haver com isso mãe?

Vanessa: ela precisa de sangue meu filho, e o posto aqui da Rocinha não tem esse tipo sanguíneo. E nem eu, e nem as família dela somos compatíveis

Eu: mãe sei que a mina foi da hora com a senhora mas pouco me importo moro? - mando a real

Vanessa: Luan vc e a única pessoa que pode doar pra ela, o tipo sanguíneo dela e o mesmo que o seu filho.

Eu: eu não vou doar mãe - escuto um barulho no fundo e logo uma voz diferente preencher a ligação

Xx: Olha aqui filho de a boa mãe você vai doar a porra do teu sangue nem que eu tenha que te matar pra pegar essa desgraça - escuto minha mãe falando algo no fundo mas a mulher volta a falar - não esqueça que quem agora está comandando essa bct desse morro e o Comando Vermelho. Em um estalar de dedos filho da puta eu consigo o que eu quero

Eu: Não vou doar a merda do meu sangue - a mulher ri e logo a chamada e desligada 

______

Foi questão de segundos a porta do meu quarto foi aberta por cinco homens de vermelho apontando a arma na minha cabeça

Xx: BORA CARALHO - um deles me puxa pelo braço me guiando pra fora de casa

Resolvo não reagir, até porque são cinco contra um

Sou jogado em um carro que sai catando pneu

Dentro do carro tem apenas três homens, dois na frente e um atrás do meu lado

Luan: tão me levando pra onde? - pergunto sem entender o porquê disso

Xx: A madame não quis doar sangue, então a tia Tábata mandou sequestrar a princesa que tem medo de agulha - o cara do banco de carona da frente fala

Luan: eu não tenho medo de agulha - falei bolado

Xx: mas parece - ele vira pra me olhar - você parece a Maya

Luan: Credo - ele sorriu mas logo fechou a cara de volta

Xx: então princesinha da Disney, tu tem o direito de escolher. Ou você tira a porra do sangue por querer, ou a gnt dá um tiro em tu e o sangue que escorrer vai pra Maya - sorriu macabro

Seguimos o resto do caminho em silêncio, observo o carro entrar na Rocinha e logo depois o carro para na frente do posto

Saímos do carro, entrando nesse posto. Vejo minha mãe sentada do lado do FJ e de duas mulher

Minha mãe corre em minha direção assim que me vê

Vanessa: meu filho, te fizeram algum mal Luan - ela toca no meu rosto

Xx: Relaxa dona, mandaram não tocar nem um dedo na princesinha da Disney - fala sem me deixar nem mesmo assimilar uma frase

Luan: vai cê fuder - ele me mostrou o dedo

Xx2: eu disse que em um estalar de dedos eu consigo o que eu quero - a mulher que falou comigo no celular fala - Satisfação, Tábata dona da máfia canadense

Ela olha pra minha cara e fica branca, bege, azul. Todas as cores possíveis

Tábata: Gabi? - ela chama a outra mulher que quando fixa o olhar em mim tem a mesma reação

Gabi: Não e possível - ela sussurra

Luan: aonde eu posso doar sangue? - pergunto tentando sair dessa loucura

Minha mãe aponta pra recepção, vou até lá conversando com a mulher

Tábata: Vanessa precisamos conversar - escuto a mulher falar com a minha mãe e logo as duas saírem pra fora do posto

Xx: doação pra Maya Oliveira Campos? - concordo prestando atenção na recepcionista

Ela me guia até uma sala aonde tiro meu sangue e sigo pra recepção novamente, vendo todo mundo com cara de defunto

Luan: qual o K.O da vez? - pergunto vendo minha mãe tremendo - te fizeram algo mãe? - ela negou

Vanessa: precisamos conversar Luan - encaro ela para que ela possa prosseguir

Luan: pode falar - ela suspira

Vanessa: saiba que eu nunca pude te contar isso Luan pelo seu bem, e pelo meu bem também - encaro ela sem entender, me sento ao seu lado - A 20 anos atrás JK chegou em casa louco, com uma criança no colo - ela segura minha mão chorando - um bebê que parecia ter acabado de sair da maternidade. Esse bebê era você filho - fico em choque - saiba Luan que quando o JK te jogou em meus braços eu te amei como filho. - me afasto dela ficando de pé - Mas neste mesmo dia um bebê em um outro morro foi roubada e ninguém nunca soube o que aconteceu com ele. Até hoje.

Tabata: Luan, você e filho de Maduca e Rabicó, irmão da Maya - sinto meu chão desabar

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