capítulo 65

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Maya 🏹

Maya: OU PEIXE - grito a praga

Peixe: fala patroa - ele entra na minha sala

Maya: passa o olho nos bagulhos aqui, na moral mesmo. - ele me encarou confuso

Peixe: ih nanica lá vai dá? - pergunta sem filtro nenhum

Maya: qual foi peixe teu senso tá enfiado no cu e? - ele ri - tô indo na Lívia

Peixe: aí credo só de ouvir o nome dessa mocreia até meus cabelinhos do cu arrepia

Maya: se toca em peixe - ele revirou os olhos - alguma notícia do VN?

Peixe: HN tá desconfiando que quem tá liderando os vapores do Luan e ele - concordo

Maya: tem algo muito errado nesse história - ele concorda

Peixe: pra caralho

Maya: vou meter o pé - levanto da cadeira pegando a chave da moto - vou aproveitar e conversar com minha veia  - ele concordou

Saio da boca montando na minha moto varando na casa de dona Pietra

Depois que eu voltei do morro do mangueira eu não contei nada pra minha vó, pra ela eu ainda estava viajando

Isso me parte o coração até porque ela e quem cuidou de mim, e mentir pra ela e um bagulho difícil demais.

Entro vendo minha vó sentada no sofá!

Maya: dona Pietra - ela da um pulo do sofá

Pietra: meu deus Maya que saudades - me abraça apertado - você está tão linda - se afasta de mim e sorri

Maya: e a senhora está maravilhosa - ela sorriu - preciso conversar com a senhora

Vou direto ao ponto sem enrolação!

Pietra: ih Maya, tu la vem com caô - sorrio, ela me conhece tão bem

Maya: a senhora tem que prometer que não vai ficar brava cmg - ela concordou - como a senhora já sabia, eu conheci o povo lá da Rocinha e logo depois a Lívia começou a fazer minha cabeça pra pegar o comando - ela abre a boca em choque

Pietra: não me diga que. Aquelazinha filha da puta  - interrompi ela continuando a história

Maya: eu não queria o comando, até pq e uma responsabilidade muito grande - ela concordou chorando - mas me envolvi com um marginal - minha vó levantou e saio pra cozinha. Fico sem entender o que ela foi fazer

Me levanto indo atrás dela, quando tomo a primeira vassourada na perna

Pietra: MAYA SUA FILHA DA PUTA. TAVA SENTANDO PRA BANDIDO E NAO ME CONTOU SUA PILANTRINHA - começou a correr atrás de mim

Maya: calmo vó. A SENHORA DISSE QUE NAO IA FICAR BRAVA - saio pulando sofá a fora correndo dela - ela se senta com a vassoura entre as pernas

Pietra: anda sua cachorra senta aí e termina essa história

Volto a me sentar mas longe dela

Maya: enfim dona Pietra apressada, eu acabei me relacionando com um bandido e ele acabou me machucando - minha vó larga a vassoura e se aproxima de mim

Pietra: o que ele fez minha filha? - ela senta e segura minhas duas mãos

Levanto minha blusa mostrando o lugar que ele me marcou mas que em breve vai ser uma linda tatuagem

Maya: depois disso vó eu queria me vingar e chamei o dono do CV e a gente entrou em um acordo. Eu iria ficar no morro inimigo e teria um mês pra arrancar a cabeça do dono de lá

Pietra: arrancar o que? - vejo minha vó desmaiar

Entro em desespero e começo a balançar ela. Lembro de uma técnica que vi no YouTube uma vez e resolvo colocar em prática

Levanto do sofá em um pulo pegando o álcool e colocando num paninho, me aproximo dela colocando no nariz dela

E se eu matar a veia?

Minha vó desperta ao poucos

Pietra: me explica essa porra direito - ela encosta no sofá

Maya: a senhora tá bem? - ela concorda

Pietra: conta logo porra

Maya: enfim eu fiz amizade com a mulher dele e ela me ajudou a arrancar a cabeça dele. E agora eu sou dona da Rocinha - minha vó desmaia mais uma vez

E assim eu percebo que entre minha família e amigos, a mais normal sou eu

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