Maya 🏹
Maya: OU PEIXE - grito a praga
Peixe: fala patroa - ele entra na minha sala
Maya: passa o olho nos bagulhos aqui, na moral mesmo. - ele me encarou confuso
Peixe: ih nanica lá vai dá? - pergunta sem filtro nenhum
Maya: qual foi peixe teu senso tá enfiado no cu e? - ele ri - tô indo na Lívia
Peixe: aí credo só de ouvir o nome dessa mocreia até meus cabelinhos do cu arrepia
Maya: se toca em peixe - ele revirou os olhos - alguma notícia do VN?
Peixe: HN tá desconfiando que quem tá liderando os vapores do Luan e ele - concordo
Maya: tem algo muito errado nesse história - ele concorda
Peixe: pra caralho
Maya: vou meter o pé - levanto da cadeira pegando a chave da moto - vou aproveitar e conversar com minha veia - ele concordou
Saio da boca montando na minha moto varando na casa de dona Pietra
Depois que eu voltei do morro do mangueira eu não contei nada pra minha vó, pra ela eu ainda estava viajando
Isso me parte o coração até porque ela e quem cuidou de mim, e mentir pra ela e um bagulho difícil demais.
Entro vendo minha vó sentada no sofá!
Maya: dona Pietra - ela da um pulo do sofá
Pietra: meu deus Maya que saudades - me abraça apertado - você está tão linda - se afasta de mim e sorri
Maya: e a senhora está maravilhosa - ela sorriu - preciso conversar com a senhora
Vou direto ao ponto sem enrolação!
Pietra: ih Maya, tu la vem com caô - sorrio, ela me conhece tão bem
Maya: a senhora tem que prometer que não vai ficar brava cmg - ela concordou - como a senhora já sabia, eu conheci o povo lá da Rocinha e logo depois a Lívia começou a fazer minha cabeça pra pegar o comando - ela abre a boca em choque
Pietra: não me diga que. Aquelazinha filha da puta - interrompi ela continuando a história
Maya: eu não queria o comando, até pq e uma responsabilidade muito grande - ela concordou chorando - mas me envolvi com um marginal - minha vó levantou e saio pra cozinha. Fico sem entender o que ela foi fazer
Me levanto indo atrás dela, quando tomo a primeira vassourada na perna
Pietra: MAYA SUA FILHA DA PUTA. TAVA SENTANDO PRA BANDIDO E NAO ME CONTOU SUA PILANTRINHA - começou a correr atrás de mim
Maya: calmo vó. A SENHORA DISSE QUE NAO IA FICAR BRAVA - saio pulando sofá a fora correndo dela - ela se senta com a vassoura entre as pernas
Pietra: anda sua cachorra senta aí e termina essa história
Volto a me sentar mas longe dela
Maya: enfim dona Pietra apressada, eu acabei me relacionando com um bandido e ele acabou me machucando - minha vó larga a vassoura e se aproxima de mim
Pietra: o que ele fez minha filha? - ela senta e segura minhas duas mãos
Levanto minha blusa mostrando o lugar que ele me marcou mas que em breve vai ser uma linda tatuagem
Maya: depois disso vó eu queria me vingar e chamei o dono do CV e a gente entrou em um acordo. Eu iria ficar no morro inimigo e teria um mês pra arrancar a cabeça do dono de lá
Pietra: arrancar o que? - vejo minha vó desmaiar
Entro em desespero e começo a balançar ela. Lembro de uma técnica que vi no YouTube uma vez e resolvo colocar em prática
Levanto do sofá em um pulo pegando o álcool e colocando num paninho, me aproximo dela colocando no nariz dela
E se eu matar a veia?
Minha vó desperta ao poucos
Pietra: me explica essa porra direito - ela encosta no sofá
Maya: a senhora tá bem? - ela concorda
Pietra: conta logo porra
Maya: enfim eu fiz amizade com a mulher dele e ela me ajudou a arrancar a cabeça dele. E agora eu sou dona da Rocinha - minha vó desmaia mais uma vez
E assim eu percebo que entre minha família e amigos, a mais normal sou eu
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Maya
Teen FictionNenhuma dor e eterna, mas algumas deixam cicatrizes que jamais ira se fechar. "Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente." -William Shakespeare