Querido diário,
engraçado como algumas coisas vão acontecer independente de qualquer outra força exterior querendo o contrário.
todo dia eu vou nesse cafezinho perto de casa, nunca tinha visto ninguém familiar lá até ver o rafael, parecia que ele estava se escondendo, ou apenas não queria ser visto, ele usava um casaco preto e com a cabeça baixa.
"rafa?" foi o que eu disse quando vi-o, ele logo sorriu para mim.
me senti especial, quase como se eu tivesse sido o motivo para o seu dia ter melhorado, e claro que isso tornou o meu em muito mais feliz.
"oi, ali." ele respondeu, coçando a nuca um pouco sem graça.
"você sempre vem aqui?" pergunto e ele confirma com a cabeça. "eu também! meu deus, como eu nunca tinha te visto antes?" ele da os ombros.
"imagino que eu seja só um branquelo sem graça." rio do seu comentário.
"claro que não, rafa." eu estava hipnotizada pelos seus olhos azuis.
"quer sentar?" ele perguntou e senti meu coração bater mais sorte que o normal.
"se não for incômodo."
"nada, sua presença sempre anima o ambiente." sorrio me sentando na cadeira a sua frente.
ELE DISSE QUE ACHAVA QUE MINHA PRESENÇA ANIMA O AMBIENTE!!!!!!!!!!!
passamos a tarde toda conversando sobre minha vida, ninguém nunca tinha se interessado tanto pela minha estadia no brasil quanto ele. geralmente me perguntavam sobre a áfrica, como era viver por lá, muita gente nem sabia que áfrica era um continente, faziam até perguntas muito ignorantes para estudantes de faculdade, diferente dele, ele sabia tudo o que era necessário sobre a áfrica, sobre meu possível estilo de vida lá mas estava um pouco desnorteado sobre como era viver no brasil sendo intercambista.
depois disso, fomos andando até a minha casa (ela ficava tipo duas quadras do café).
na porta de casa, ele se aproximou de mim diferente do normal, sentia como se aquele fosse o momento que cometeria um dos piores crimes contra as amizades possível mas ele apenas queria me dar um abraço.
enfim, diário, até outro dia!
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𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐃𝐈𝐀𝐑𝐘, cellbit
Fanfiction{+ rafael lange} ❝ se isso for amor de verdade, o amor dói tanto quanto todos falavam em filmes ou livros.❞ aonde um diário é encontrado em um manicômio abandonado finalmente encerrando um caso criminal aberto a dois anos.