Querido diário,
eu fiz algo ruim, a coisa mais ruim que eu fiz desde quando cheguei aqui!
minha host family viajou, eles perguntaram "você quer ir, alisha?"
"não, tia, obrigada." eu respondi tentando ser o mais educada possível.
e assim foi, fiquei sozinha naquela casa enorme estudando para as provas de fim de semestre, nisso recebi uma mensagem do rafael.
'eu preciso de você agora, onde você está?' ele digitou.
'em casa, por quê?'
'vou aí.'
'quer meu endereço?' nisso ele parou de me responder.
voltei a estudar como se nada estivesse acontecendo e como se eu não tivesse recebido aquela mensagem, afinal, estava chovendo, eram seis da tarde e ele não sabia meu endereço.
depois de mais ou menos uns trinta minutos, a campainha interrompe meus estudos. fui andando até a porta com cuidado, sabe, diário? eu até fiquei um pouco assustada, eu não estava realmente esperando que alguém viesse aqui, principalmente assim, do nada.
"quem é?" gritei antes de abrir a porta.
"o rafael." ele responde.
sinto algo estranho na minha barriga além do meu coração acelerado, destranco a porta e abro lentamente, vendo rafael respirando fundo e ensopado de tanta chuva.
"oi?"
"eu não aguento mais." ele diz nervoso enquanto fecha a porta e eu franzo o cenho. "eu não aguento mais, alisha, ficar com esses joguinhos, fingir que não tem nada, fingir que amo alguém que não é você."
foi rápido depois que ele acaba aquela frase, ele me beija e aos poucos ambos nos despimos um para o outro, algo mágico, quase como se fosse um filme e tão bom que eu queria poder guardar aqueles toques íntimos na minha memória para sempre.
eu nunca tinha me sentido amada por um homem, eu amei muitos homens e muitos afirmaram me amar de volta mas nenhum me amou igual o rafael me amou naquele momento, os beijos deixados pelo meu corpo marcariam as minhas futuras gerações, os nossos corpos se conectando e se tornando um só fizeram com que meu corpo recebesse um prazer que nem eu imaginava que existia.
desejei que aquilo fosse para sempre, que sempre tivéssemos um ao outro dessa forma e de todas as outras formas possíveis. eu nunca tinha me sentido amada por um homem até conhecer esse homem.
o rafael mudou a minha percepção de amor, de sexo e de prazer, ele mudou meu modo de ver as pessoas ao meu redor, e aqui, lembrando dos pequenos momentos que vivemos juntos até chegarmos ao ápice de um relacionamento, ainda me sinto suja e culpada, me sinto um monstro pelo que eu to fazendo mas, daqui a pouco irei embora, nada disso vai importar no final de tudo.
boa noite, diário :).
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𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐃𝐈𝐀𝐑𝐘, cellbit
Fanfiction{+ rafael lange} ❝ se isso for amor de verdade, o amor dói tanto quanto todos falavam em filmes ou livros.❞ aonde um diário é encontrado em um manicômio abandonado finalmente encerrando um caso criminal aberto a dois anos.