Ele ainda escutava o que eles falavam
Quão difícil isso pode ser? Vamos descansar um pouco para desanuviar. Dez minutos - Eles falavam
- Podemos descansar também? - pergunto mas sou ignorada com ele desligando os rádios
E olhando eles saindo pelo corredor
- Eu preciso ir ver aquilo - ele diz pra mim
- Vamos né, não consigo sair daqui sozinha mesmo - falo
...
A gente descia as escadas com calma , e como sempre, mais plásticos, fazendo Will indo até eles e tirar da sua visão
Até que vimos uma caixa de metal bem na nossa frente
- Será que é o espantalho? - pergunto a ele e o vejo pensar e analisar a sala
Ele anda alguns passos e o puxo
- Você tá doido? - falo
- Eu preciso ir ver - ele me fala
- Quer se matar? - fico um pouco alterada
- Então não vem, só eu vou - ele diz pra mim e andando até à frente da caixa, e pela sua reação, tinha algo lá dentro
Sinto alguém atrás de mim e dou um pulo fazendo o menino se assustar
- Ele não sente dor, se é o que está pensando - ele fala e me aproximo do Will, porque vai que o cara quer matar a gente
- Era nisso que eu estava pensando- ele fala fechando os olhos e abrindo
- Sabe, quando eu tinha a idade de vocês, eu queria ter um robô - ele fala
- Acho que muitas crianças querem - Will responde
- Não sabia que achar um num planeta estranho era uma opção - ele fala se aproximando da gente - Então me tornei um pesquisador especialista em inteligência artificial, quero falar com eles e não feri-los - ele diz e Will nem o olha - Os choques que estamos dando, são uma forma primitiva de comunicação
- Nossa que comunicação saudável - murmuro quando olho o robô se tremendo dentro daquela caixa
- Um estímulo para conseguir uma resposta simples - ele conclui
- Parece o mesmo que tentar conversar com alguém - Will fala - Batendo nele com um pau
- Ouvi dizer que vocês , mais o Will, tiveram uma experiência muito especial - ele fala - com um robô em pleno funcionamento. Queria ter tido essa chance com o Espantalho
- É assim que o chama? - Will o olha torto
- Ele estava em frangalhos quando o achamos no local do acidente, vazava que parecia ser palha - ele responde
- Agora sim faz sentido - falo
- Uma palha brilhante na verdade - conclui - Fui trazido pra me comunicar com ele, o que é quase impossível devido ao dano extremo e tudo que pude pensar foi: se eu tivesse um cérebro...
- O rosto dele - fala Will abaixado e olhando para o robô na nossa frente - Não parece normal, tem menos luzes ... e ele parece confuso - ele fala olhando o cara de novo
- E agora estamos pedindo que ele faça algo que nunca pedimos antes - o homem se agacha dizendo ao Will - Mas se ele não puder levar isso a Resolute, ficaremos presos nesse planeta permanente
- Talvez ele não quer ajudar vocês - falo e eles me olham com a minha resposta fazendo Will concordar
- Eles sentem coisas - Will diz
- É normal atribuir sentimentos humanos a algo que tenha o que pode ser considerado um rosto - ele fala
- Eu...senti coisas - diz Will
- como assim? - pronto, deve achar que o garoto é louco
- Meu robô e eu, éramos conectados. Ele sabia o que eu estava pensando . As vezes, eu até podia ver o que ele via ... deixa eu tentar me conectar com ele - Will fala e a cara do homem estava nada boa
- Não acho sensato - ele responde
- Eu consigo ! - diz Will
- Preciso pedir a sua mãe - o homem fala
- Ela vai dizer não, ela não entende- Will fala suspirando - sei o que está faltando sr. Adler, me deixa ajudar - ele encara o Will e depois me encara pra ver se eu reagia mas não fiz nada
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