Capitulo 21

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Ele ainda escutava o que eles falavam

Quão difícil isso pode ser? Vamos descansar um pouco para desanuviar. Dez minutos - Eles falavam

- Podemos descansar também? - pergunto mas sou ignorada com ele desligando os rádios

E olhando eles saindo pelo corredor

- Eu preciso ir ver aquilo - ele diz pra mim

- Vamos né, não consigo sair daqui sozinha mesmo - falo

...

A gente descia as escadas com calma , e como sempre, mais plásticos, fazendo Will indo até eles e tirar da sua visão

Até que vimos uma caixa de metal bem na nossa frente

- Será que é o espantalho? - pergunto a ele e o vejo pensar e analisar a sala

Ele anda alguns passos e o puxo

- Você tá doido? - falo

- Eu preciso ir ver - ele me fala

- Quer se matar? - fico um pouco alterada

- Então não vem, só eu vou - ele diz pra mim e andando até à frente da caixa, e pela sua reação, tinha algo lá dentro

Sinto alguém atrás de mim e dou um pulo fazendo o menino se assustar

- Ele não sente dor, se é o que está pensando - ele fala e me aproximo do Will, porque vai que o cara quer matar a gente

- Era nisso que eu estava pensando- ele fala fechando os olhos e abrindo

- Sabe, quando eu tinha a idade de vocês, eu queria ter um robô - ele fala

- Acho que muitas crianças querem - Will responde

- Não sabia que achar um num planeta estranho era uma opção - ele fala se aproximando da gente - Então me tornei um pesquisador especialista em inteligência artificial, quero falar com eles e não feri-los - ele diz e Will nem o olha - Os choques que estamos dando, são uma forma primitiva de comunicação

- Nossa que comunicação saudável - murmuro quando olho o robô se tremendo dentro daquela caixa

- Um estímulo para conseguir uma resposta simples - ele conclui

- Parece o mesmo que tentar conversar com alguém - Will fala - Batendo nele com um pau

- Ouvi dizer que vocês , mais o Will, tiveram uma experiência muito especial - ele fala - com um robô em pleno funcionamento. Queria ter tido essa chance com o Espantalho

- É assim que o chama? - Will o olha torto

- Ele estava em frangalhos quando o achamos no local do acidente, vazava que parecia ser palha - ele responde

- Agora sim faz sentido - falo

- Uma palha brilhante na verdade - conclui - Fui trazido pra me comunicar com ele, o que é quase impossível devido ao dano extremo e tudo que pude pensar foi: se eu tivesse um cérebro...

- O rosto dele - fala Will abaixado e olhando para o robô na nossa frente - Não parece normal, tem menos luzes ... e ele parece confuso - ele fala olhando o cara de novo

- E agora estamos pedindo que ele faça algo que nunca pedimos antes - o homem se agacha dizendo ao Will - Mas se ele não puder levar isso a Resolute, ficaremos presos nesse planeta permanente

- Talvez ele não quer ajudar vocês - falo e eles me olham com a minha resposta fazendo Will concordar

- Eles sentem coisas - Will diz

- É normal atribuir sentimentos humanos a algo que tenha o que pode ser considerado um rosto - ele fala

- Eu...senti coisas - diz Will

- como assim? - pronto, deve achar que o garoto é louco

- Meu robô e eu, éramos conectados. Ele sabia o que eu estava pensando . As vezes, eu até podia ver o que ele via ... deixa eu tentar me conectar com ele - Will fala e a cara do homem estava nada boa

- Não acho sensato - ele responde

- Eu consigo ! - diz Will

- Preciso pedir a sua mãe - o homem fala

- Ela vai dizer não, ela não entende- Will fala suspirando - sei o que está faltando sr. Adler, me deixa ajudar - ele encara o Will e depois me encara pra ver se eu reagia mas não fiz nada

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Lost in space 2Onde histórias criam vida. Descubra agora