Capítulo dez

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O cio de Obito passou rápido e de modo extremamente calmo. Os dias pareciam ter diminuído e, para a surpresa do alfa, não teve nenhum ataque hormonal e não quis fazer sexo em nenhum momento.

Passou o tempo todo fazendo carinho em seu ômega e em sua barriguinha e pensando no quão feliz estava por ter uma família só sua do seu lado. Era tão orgulhoso de seu ômega e de seu filhote que nem havia nascido...

Porém, assim como seu período fértil passou rápido, os últimos três meses da gravidez também passaram como minutos.

O moreno até se sentia agoniado. Parecia que não tinha aproveitado a gravidez o suficiente mesmo tendo passado o tempo todo ao lado de seu pequeno. Merda, ficou junto com ele em cada minutinho da gestação e mesmo assim achava que não fora o suficiente.

Acompanhou cada chute do seu bebê, cada mudança de humor de Deidara, cada reclamação do loiro por querer fazer xixi a noite toda e por estar com dor nas costas, cada ecografia, cada exame e cada compra de coisinhas para sua filhote e, com tudo isso, ainda sentia que podia ficar mais tempo com ela dentro do ventre de seu esposo.

Era um pai apaixonado e todos sabiam disso. Ele e seu ômega seriam pais incríveis e Yodo com certeza seria uma mulher maravilhosa. Ela seria amada e bajulada, teria tudo que queria e seria protegida.

Obito não perdia tempo quando estava perto de alguém e sempre comentava sobre o quão feliz estava em ter o loirinho como seu esposo e de estar prestes a ter seu primeiro filho. Gostava de se gabar por ter uma família daquelas e por ter tudo que sempre quis na vida.

As pessoas gostavam de ouvir e até ficaram admiradas com suas palavras. Ver um alfa daquele tamanho e com tanta influência e poder apaixonado era incrível. Obito tratava Deidara como um Deus e não cansava de enaltecer seu marido e sua bebê.

Até Madara admirava a relação de ambos. Não pensava que fossem se dar tão bem assim. Quem iria imaginar, também? O alfa era um brutamontes rude e infeliz, ninguém esperaria que ele fosse virar uma verdadeira cadelinha que o obedecia sem nem pensar.

Deidara também se assustava as vezes. Com a maioria das pessoas, seu esposo era o diabo encarnado e consigo era uma florzinha adorável. Ele lhe mimava, dava a vida para lhe fazer feliz e não deixava uma lacuna sem amor. Ele o tratava tão bem...

No momento, ambos estavam na última consulta da gravidez. Em alguns dias, o parto seria feito e ambos queriam que tudo estivesse perfeito para isso. Todo detalhe era de extrema importante para os dois.

O alfa era medroso para tal momento. Queria que o ômega tivesse em perfeitas condições e que sua filha estivesse bem para nascer saudável. Não queria que nada desse errado e...bem...já estava ficando maluco com isso.

Viu aquele beta passando o gel na barriga de seu marido e mordeu os lábios com raiva. Como todo alfa, odiava que seu ômega fosse tocado durante a gestação e no seu bebê. Seu lobo interior parecia acreditar que o homem em sua frente ou qualquer outra pessoa poderia fazer mal a seu marcado.

Segurou a mão do loiro assim que as imagens do ultrassom apareceram na grande televisão ao lado dos três e pode ver Yodo com perfeição após o aparelho ser posto na barriga do menor.

- bem...ela está quase na posição perfeita para o parto normal, então é melhor que a cesárea seja feita antes, pois a bolsa pode acabar estourando assim que ela ficar com a cabeça virada para baixo. Querem ouvir os batimentos cardíacos dela? - como Deidara era pequeno e a gestação era fruto de um lúpus, qualquer movimentação brusca do feto poderia ocasionar um parto supresa e era bom que todos estivessem cientes disso.

- sim, por favor. - O alfa concordou rápido. Gostava de ouvir o coraçãozinho de sua primogênita batendo. Aquilo lhe deixava anestesiado por um bom tempo. Saber que ela estava viva e bem lhe deixava incrivelmente calmo.

Entre lobos e coelhos - Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora