Entre lobos e coelhos - Obidei

Capitulo 11

Obito entrou em pânico. Não sabia o que fazer, para onde olhar, onde colocar as mãos, onde ir, onde parar. Não sabia se ficava de pé, se sentava ou se desistia e se rendia ao desmaio que estava querendo vir.

Deidara estava na maca. Deidara estava na maca com uma camisola grande, cheio de agulhas enfiadas na pele e puto da cara com o pobre do alfa que simplesmente não sabia o que fazer da vida.

O loiro já tinha lhe xingado de todos os nomes possíveis, já ofendera até a sua décima geração e já tentará até lhe dar uma mesada. Segundo ele, era o culpado por Deidara estar naquela situação.

Tecnicamente falando, o ex Uzumaki estava correto.

Mas Obito não queria morrer antes de criar sua filha.

A injeção nas costas do ômega foi o que mais lhe incomodou. Por que diabos aquilo foi tão dolorido? Chegou a sentir a dor dele! Era muita dor para parir uma criança!

Deveria segurar a mão do loiro? Ou deveria sair da sala antes de cair duro no chão? Deveria bater naquele médico por ele estar causando dor no seu ômega?

Quer dizer, ele não sentiria os cortes, mas e a injeção e as agulhas e tubos em suas veias? E a sonda enfiada nele?

Foi até o loirinho com os olhos arregalados e deixou que ele apertasse sua mão para descontar todo o nervosismo. Porra, iriam tirar uma criança de sua barriga! Estava quase explodindo de nervoso, de ansiedade!

- Obito Uchiha, nunca mais pense em ter um filho! - rosnou em direção ao marido e se agarrou nele quando percebeu que aquilo iria começar. - me protege!

O alfa acabou mais desesperado ainda. Estava acontecendo!

Encostou sua testa com a dele e tentou o distrair de todos os jeitos possíveis. Ambos estavam ansiosos, nervosos e com medo.

Queriam que tudo desse certo, que tudo ocorresse bem e sem preocupações. Obito só queria seu ômega e seu filhote bem, saudáveis e sem dor. Nao sabia nem se aguentava ver Yodo chorando e mesmo assim estava ansioso para sua chegada.

Apertou a mão de seu ômega e prestou atenção nos barulhos. Pelo jeito, já estavam quase na última camada e seu coração só pode bater cada vez mais rápido ao perceber isso.

- vai ficar tudo bem, vai passar, meu amor...- sussurrou e entrou em alerta quando uma nova movimentação começou do outro lado da "tenda". Não entendia nada, porém parecia algo importante.

Em segundos, ouviu um chorinho desesperado e arregalou os olhos com o susto e animação. Era real! Sua filha nasceu! Sua primogênita nascera, ela estava no mundo!

Sentiu lágrimas se formando e viu Deidara começando a chorar também. Os dois estavam emotivos e emocionados, pareciam que iriam abrir a boca em uma choradeira a qualquer momento e com razão!

Arrancou a máscara cirúrgica do rosto e o beijou sem medo algum. Precisava dele. Precisava de seu esposo, ômega, amor, mãe de seu bebê. Precisava muito de Deidara. Ele era sua fortaleza e seu maior tesouro.

O garoto o abraçou com força e, de canto, puderam ver uma enfermeira chamando o alfa com o dedo.

- senhor Uchiha, quer cortar o cordão umbilical? - ela questionou e estendeu uma tesoura específica para o ato.

Era óbvio que o moreno aceitou.

Botou a máscara novamente e correu pegar o objeto, se assustando ao ver a cena.

A barriguinha de seu garoto estava toda cortada e cheia de sangue. Yodo possuía sangue no corpinho todo junto com restinhos de "pele uterina" sobre a derme frágil e chorava alto pelo ambiente desconhecido para a recém nascida. A única coisa que ainda a segurava era a placenta do loiro que já havia sido retirada de dentro dele.