Prólogo

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16/11/2015 (segunda-feira)
Middleton

Eu prometi a mim mesma quando tinha 7 anos, que nunca me sentiria abobada por nenhum menino. Pois de acordo com minha mente "infantil" garotos são nojentos, chatos e irritantes.

Porém cá estou eu, indo em direção ao pátio do colégio onde eu sabia que Logan Parker estava, para contar que eu sou a garota que vem lhe mandando bilhetes.

Eu sei! Parece ridículo! Quase todas a meninas dessa escola gostam dele. Eu não queria, eu juro! Mas de alguma forma, também me senti atraída.

Só que uma coisa me diferencia das outras meninas. A timidez concerteza é essa coisa.

Todas as garotas dão cartinhas pra ele na frente de todos. Todas as garotas falam com ele sem mais nem menos. Todas as garotas conseguem falar na cara dele que gostam dele.

Eu não.

Por isso eu tinha que arrumar um jeito de demostrar que eu gostava dele, mas que não fosse onde todos — inclusive ele — estariam me olhando.

E eu arrumei.

Já faz duas  semanas que estou escrevendo cartinhas. Ao todo já mandei 12 cartas.

Certo dia o vi com uma carta escrita por mim na sua mão. Ele estava perto dos amigos e fez para eles a seguinte pergunta "quem será essa garota?".

Eu era essa garota. Só eu tinha essa informação, ninguém mais tinha.

De alguma forma sua curiosidade me deu coragem pra finalmente lhe falar que eu sou essa garota.

Agora eu estou aqui a menos de 5 metros do garoto que lê alguma revista em quadrinhos provavelmente sobre super heróis. Os fios castanho escuro de seu cabelo, caiam gentilmente sobre seu rosto, cobrindo metade de seus olhos.

A cada passo que eu do minhas pernas mais tremem, minha mãos mais ficam suadas e o nervosismo toma conta de mim por completa.

Assim que paro na frente do garoto que ainda não notou minha presença, o cutuco, fazendo sua atenção ser voltada a mim e a ele soltar um "o que é?" com desdém.

— É que..... E-eu sou a garota que te ma-manda as cartas — gaguejo pelo tamanho do meu nervosismo. Seus olhos castanhos pareciam querer transmitir algo, arrependimento talvez.

— Você? — ele questiona com descrença — é verdade mesmo?

— Po-por que eu mentiria? — pergunto com a cabeça baixa

— Por que você não mentiria? — ele retruca me encarando.

— E-eu não sei.

— Eu só não imaginava que era você. Enfim, obrigada pelas cartas e tudo mais, só que eu não quero mais recebê-las — antes que eu pudesse falar algo ele levanta e sai, me deixando sozinha com os olhos marejados. Mesmo assim não deixo de notar seu rosto pela última vez. Diferente do que eu esperava, sua expressão não era de deboche. Seus lábios estavam franzidos e seu olhar baixo. Aquilo apenas me deixou ainda mais confusa.

Respiro fundo e repito mentalmente "eu não vou chorar por um garoto. Eu não vou chorar por um garoto". Me recupero e saio dali ainda com a feição triste pelo que acabou de acontecer.

Como a aula ainda não tinha terminado, passei o resto do dia de cabeça baixa ignorando todos que queriam falar comigo.

Assim que cheguei em casa subi rapidamente pro meu quarto me jogando na cama e me sentindo completamente inútil e idiota.

No final minha mente "infantil" estava certa, e agora eu estava pagando o preço por não continuar com minha promessa.

O prólogo ficou pequenininho mas amei. Aliás eu nem ia fazer, foi mais pra ajudar vcs a entenderem melhor a história

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