I - Grito agonizante

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Capítulo narrado em terceira pessoa.

Alerta gatilho: Discussões familiares e ataques de pânico/crises de ansiedade

Alerta gatilho: Discussões familiares e ataques de pânico/crises de ansiedade

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Perdida.

Era exatamente assim que Ashley se sentia. Pelo menos desde a morte de seu pai.

Perdida, insuficiente e incompleta.

Esses pensamentos sempre atormentam a mente da garota de cabelos castanhos, que rapidamente limpa uma lágrima teimosa que caio sem sua permissão dos seus olhos.

Com certeza voltar pra sua cidade natal, voltar pra cidade onde seu pai faleceu, estava mechendo com os sentimentos dela.

— Eu vou ao banheiro — Ashley anuncia a sua mãe logo que se levanta do assento da aeronave onde estava. Andando por aquele corredor estreito e não muito grande, ela sente uma sensação claustrofóbica, que a muito tempo tempo não tem. Ignorando essa sensação um tanto assustadora ela adentra no pequeno banheiro e liga a torneira da pequena pia presente nele.

Com as mãos em formato de concha ela joga água que aparou em seu rosto tentando controlar o grito agonizante que se prendia em sua garganta. Era como um nó, que nunca se desataria. Ela não sabia porque depois de tanto tempo essa dor ainda era presente, mesmo que todos dissessem que iria passar.

— Está tudo bem querida? — a voz dócil e calma de sua mãe ecoa pelo seus ouvidos assim que afivela o cinto.

— Sim — ela assente cabisbaixa.

Antes que ela perceba quanto tempo de passou desde que entrou no avião, uma voz grossa ecoa pelos arredores da aeronave.

— Senhores passageiros, aqui quem fale é seu piloto. Estou aqui pra avisar, que dentro de alguns minutos estaremos pousando. Portanto afivelem seus sintos e permaneçam sentados em seus assentos. Obrigado pela preferência e espero vê-los aqui novamente.

Após soltar um longo suspiro de cansaço, Ashley começa a arrumar as coisas dentro da mochila preta e relativamente pequena que trouxe.

Depois de 5 minutos – longos até demais para o gosto da garota – a grande aeronave pousa na enorme pista. Não tardou muito para os passageiros começarem a se apressar pra desembarcar, formando uma pequena fila no corredor do avião.

O misto de emoções que estava no corpo e na mente da Blake era um tanto indiferente. Ela não sabia se ficava assustada, triste ou feliz.

Junto de sua mãe, Ashley vai buscar suas malas, e para sua alegria, elas não demoram muito para aparecer na esteira.

Ao sair do aeroporto, ela e sua mãe, entram no primeiro táxi disponível que aparece e seguem em direção ao seu novo lar.

Seu novo lar.

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