Arcaico | VMIN

Como Uma Rocha

Oi, oi, gente! Tudo bem? Vim dar um recadinho antes do capítulo. Infelizmente eu tive que dividir ele em dois pois tava ficando enorme, então por conta disso, Arcaico vai ter quatro capítulos! A próxima atualização vai demorar cerca de duas semanas, mas ela vai vir pra esclarecer tudo.

Espero que aproveitem a leitura.

Enjoy!

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—‌ Grande Mãe... Sei que tenho sido egoísta, que não tenho ouvido seus conselhos e que tenho te decepcionado por todos estes longos séculos, mas... Isso era realmente necessário?

O som da brisa calma da floresta soou, conforme a Deusa sentada no trono do meio suspirou. E mesmo que a feição dela fosse indescritível, já que tinha a forma de um espírito e não a de um ser humano, o elemental pôde notar que ela sorria.

—‌ Tudo é necessário —‌ disse ela, calmamente. —‌ Mas sua atitude é o que mais me impressionou em tudo isso. —‌ Ele franziu o cenho, confuso. —‌ Você sabia desde o início que o rapaz passaria por todas estas tribulações, eu permiti que você enxergasse o futuro nos olhos dele. E mesmo assim, do começo ao fim, suas intenções com Taehyung foram egoístas. Você não queria ajudá-lo, queria apenas descobrir como afastá-lo por completo, e por isso deixou que ele se aproximasse.

O espírito engoliu em seco. Seus olhos foram ao chão, para seus pés. Se arrependia. Ela estava certa.

—‌ Talvez eu esteja sendo esperançosa demais com o seu caso, não é, Jimin? —‌ ela questionou. O outro tornou a olhá-la, surpreso com o nome que havia sido citado. —‌ É um nome bonito. Eu acho que combina com você, mesmo que seja tão teimoso e egoísta.

—‌ Depois de tudo isso, creio que não mereço ser chamado por esse nome, Mãe... —‌ murmurou, não escondendo o incômodo que sentia. Ela riu baixo.

—‌ Não seja tão ranzinza. Não há nada de errado em dizer que você gostou do nome.

Ele apenas respirou fundo.

—‌ Eu não compreendo seus planos para comigo —‌ confessou, voltando a abaixar o olhar. —‌ Não entendo, Grande Mãe, a razão para meu futuro envolver aquele humano de alguma forma. Por que me ensinastes por novecentos anos consecutivos a como viver como um espírito elemental da natureza se, no fim, quer que eu infrinja todas as regras que me foram impostas desde o meu nascimento? Há alguma, qualquer que seja, razão para isso? —‌ ele questionou, o tom cansado.

Já havia pensando tanto naquele assunto que estava ficando exausto. Não importava o quanto se esforçasse, não conseguia entender que bem faria se seguisse os planos da Deusa sem objeções.

—‌ Regras nem sempre se encaixam para todos, minha criança —‌ ela respondeu, ainda sorrindo de forma doce. —‌ Você entenderá isso quando se permitir quebrá-las. Quando aceitar que elas não fazem parte de você como um todo, e sim apenas complementam e moldam sua existência.

Ele suspirou, frustrado. De fato não entendia sobre o que a divindade falava.

—‌ O humano lhe ajudará nesta jornada. Você sabe que ele não é como os outros. Eu poderia ter tornado tudo mais difícil e lhe destinado a um arrogante qualquer que faria da sua vida humana um verdadeiro inferno, mas decidi que você aprenderia mais se tivesse alguém pacífico ao seu lado, pois tu, por si só, já é caótico o suficiente. A menina e o camponês, eles são perfeitos para o trabalho de lhe ensinar —‌ ela continuou, e Jimin deixou que uma expressão ofendida tomasse seu rosto.