Todas as sextas-feiras, Taehyung e sua banda de rua tocavam numa das mais belas avenidas do Harlem, esperando que um certo riquinho metido passasse por ali desfilando seu belo sorriso, para dedicá-lo uma música e cativar sua atenção. O riquinho em q...
Oi, finalmente trouxe o segundo (e último) capítulo de Souvenir.
Me apeguei a eles, então dar tchau foi um processo tristinho, mas estou feliz de concluir e feliz com o resultado, por favor votem e comentem bastante. Vejo vocês nas notas finais <3
Boa leitura.
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❝Quando você diz que me ama, saiba que eu te amo mais. Quando você diz que precisa de mim, saiba que eu preciso ainda mais de você ❞ — Adore You, Miley Cyrus.
#MeuSouvenirTK
Naquela madrugada, Taehyung optou pela resposta mais ácida e cortante que poderia ter lhe dado: O silêncio.
Ele se levantou da poltrona, o coração trêmulo, o pênis melado de um prazer que não condizia com a tristeza que se alastrava pelo rosto, lhe dando nada além de um semblante opaco. Um dia cinzento no rosto.
Aquilo não era para estar indo daquela forma, ele não queria que estivesse indo daquela forma.
Taehyung quis gritar, sem se importar se poderia soar mal. Que o mundo inteiro ouvisse, foda-se. Ele quis segurar o rosto de Jeongguk, olhá-lo nos olhos, e fazê-lo enxergar tudo que estava sentindo. Fazê-lo saber de todo o seu desespero, porque aquilo parecia certo.
Agora, assistir tudo entre eles desabar daquela forma? Não, isso não parecia certo.
Taehyung tinha a sensação de que algo estava cortando sua carne de dentro para fora, uma sensação tão real quanto a forma que Jeongguk tinha de contrair a boca para prender um soluço. Soluço daqueles que doem. Que explodem de dentro para fora num som esganiçado e quebrado.
Idiota, você está sendo um idiota comigo, Jeongguk. Taehyung pensou ao se deitar na cama, esperando a madrugada inteira por um abraço que não recebeu.
Até o sol clarear o céu, Jeongguk não dormiu. Viu a escuridão noturna se dissolver em um tom clarinho de roxo, quase lilás, e logo ser rasgada por um forte clarão, amarelo e alaranjado, um dia lindo, mas que não passava de um borrão através das lágrimas grossas que transbordavam de seus olhos bicolores.
Pensava, pensava, pensava. E lhe doeu ainda mais quando pensou que, em seu quarto, Taehyung também não devia estar dormindo. E tudo isso por culpa minha, ele não conseguia parar de pensar.
Mesmo que, por outro lado, Taehyung pensasse o completo oposto. Não havia um culpado, havia uma situação indigesta, e o medo de um rumo que eles nunca haviam previsto na relação deles.
Um rumo em que eles não seguiam juntos. Ele soprou um riso e balançou a cabeça, mas não achava a menor graça de como o destino estava se mostrando um grande filho da puta.
Ir embora, do nada, para o outro lado do mundo? Realmente não era um convite para tomar sorvete, tão simples de se aceitar.
Amor para eles era pensar que, inevitavelmente, um dia, poderiam ser felizes sem o outro, e que mesmo distantes, continuariam torcendo por isso.
