Capitulo 5

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Isa on

Levantei animada, fui correndo até o quarto aonde eu estava e peguei meus saltos os colocando rapidamente, dei uma corrida rápida pra alcançar o Lucas que já estava no andar de baixo. Ele passou a mão pela minha cintura me guiando até a parte de fora da casa e andou ao meu lado até uma moto, ele subiu em cima e ligou.

- monta aí. - andei até mais próximo e subi em cima da moto segurando forte em sua cintura, ele começou a andar e logo acelerou fazendo eu sentir o frio na barriga que eu amo. Logo estávamos em uma espécie de campo de futebol, só que totalmente de barro, com duas traves em cada canto do campo, no centro tem alguns homens, três ajoelhados com as mãos amarradas e de cabeça baixa e quatro em pé segurando armas e todos com rádios na cintura. Lucas parou a moto e eu desci rapidamente, olhei pro campo pensando em meus saltos, espero que de pra recuperar eles depois, foram bem caros. Lucas saiu andando na minha frente e andei devagar com medo de afundar meus saltos, mas isso não aconteceu pois o solo está seco, então segui ele andando um pouco mais rapidamente. Ele andou até os homens pegando de um deles um fuzil t4 na mão e jogando sobre os ombros, ele ficou de frente para os três homes ajoelhados. - então são esses filhas da puta que invadiram meu morro não é? E ainda tentaram fugir de mim, achando que iam sair de fininho é?- riu de deboche e apontou o cano da arma na cabeça de um deles. - quem foi que mandou vocês aqui? - disse esperando uma resposta, mas os três homens feitos de refém nada disseram, só olharam pro chão e se fizeram de surdos, coragem em. O Lucas apontou a arma pra cima atirando.* - QUEM FOI? - ele disse elevando a voz, oque me fez arrepiar.*

- eu não sei quem foi, juro por Deus. - um dos refens disse.

- e eu por acaso acredito em juramento de gente do morro rival, alemão do caralho. - lucas disse e chutou com força a cabeça do refém que falou com ele, que caiu, mas logo um dos homens do Lucas levantou ele o colocando de joelhos novamente, o refém está com o nariz sangrando e o rosto ralado. - se ninguém falar nada, um de vocês morre. *ele esperou uma resposta e nada, respirou fundo e virou um pouco pra trás olhando pra mim. - encosta aqui princesa. - andei até parar do lado dele, ele levantou a blusa tirando a pistola da sua cintura, carregou ela e deu na minha mão. - vamos lá, pode atirar nele tá bom. - ele diz aprontando pro refém com o nariz sangrando que agora parecia desesperado. O Lucas veio por trás de mim e levantou meus braços me fazendo mirar corretamente, senti sua respiração no meu pescoço, e ele disse baixo em meu ouvido. - sempre do pescoço pra cima, não erra.

-  não por favor, pelo amor de Deus, eu não sei de nada. - o refém diz me fazendo ficar nervosa e ficar com a mão levemente trêmula.

- quer desistir agora é? - Lucas diz ainda no meu ouvido, como se já esperasse isso, ah ele está duvidando de mim.

- É claro que não. - disse firmando a mão e apontando a pistola na cabeça do homem que está ajoelhado em minha frente, contei mentalmente até três e respirei fundo, do nada o tempo pareceu ficar em câmera lenta, criei forças e atirei,  está feito. Meu coração acelerou e minha respiração saiu do ritmo, a adrenalina se espalhou e o corpo morto do homem caiu no chão e o sangue começou a se espalhar, o Lucas tomou a pistola da minha mão e continuou falando coisas com os homens que eu nem sequer prestei atenção, olhei ao redor e meio desnorteada andei até sua moto e fiquei apoiada nela, puta merda, eu matei alguém, eu, com as minhas próprias mãos, afinal armas não atiram sozinhas, certo? Eu que quis, eu que me ofereci, e o pior de tudo, é que eu gostei, eu matei alguém, e eu gostei, puta merda.
Fiquei presa em meus próprios pensamentos e nem prestei muita atenção ao redor, quando eu vi o céu já estava numa tonalidade não tão escura, devem ser umas quatro da manhã, senti alguém tocar meu braço, olhei em direção e é o Lucas.*

- ta tudo bem? - ele diz sem se importar muito.

- claro, porque não estaria. - digo e olho em seus olhos, ele me olhou de cima abaixo procurando algum vestígio de medo ou arrependimento, bom, ele não vai encontrar. - terminou?

- sim, vamo vaza. - ele me deu uma última olhada e subiu na moto e eu subi logo atras, e passei o caminho todo, que não foi muito demorado, pensando no que eu fiz, e quando eu vi já estamos de frente a casa do Lucas novamente, desci da moto e ele também, senti sua mão agarrar meu braço me puxando e andando até a parte de dentro da casa. Ele fechou a porta e quando eu vi estava contra a parede, sua mão desceu até minha cintura me puxando mais pra perto, deixando nossos rostos a centímetros de distância. - temos coisas pra fazer agora. Você deu seu tiro, agora eu faço oque eu quiser. - minhas mãos foram até sua nuca e ele me puxou começando um beijo urgente, agarrou meus cabelos e apertou com força minha bunda, ele realmente tem pegada, ele interrompeu o beijo colocando minhas pernas em sua cintura subindo até o andar de cima, me deixando livre para desferir beijos molhados em seu pescoço, eu realmente vou pra cama com o dono do morro.

Fim do capítulo 5....

Na mira do dono do morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora