Capítulo 7 - Amor, Guerra e Dever

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Neji caminhou no sentido de subir a montanha, passando pelo acampamento dos generais e indo até a tenda do Kazekage, que era bem afastada dos demais. Gaara gostava de privacidade. Parou de frente para a tenda e respirou fundo.

— Lee... — ele chamou do lado de fora — Lee, você está aí?!

Gaara acordou sonolento entre os braços de Rock Lee, com o moreno acordando também.

— Neji?! — ele perguntou confuso, jurando ter ouvido a voz do amigo do lado de fora.

— Lee... já amanheceu. Precisamos nos apresentar ao nosso regimento, antes que... — Neji engoliu — Antes que alguém desconfie que está aqui.

Lee e Gaara se entreolharam. O jovem Hyuuga estava certo. Não seria agradável se alguém fosse ali chamar pelo Kazekage e acabasse descobrindo seu romance secreto com um chuunin de Konoha. Ainda mais às vésperas de uma guerra.

— Eu já vou... — Lee disse levantando-se e vestindo-se com pressa, assim como o próprio Kazekage, que vestiu suas calças e a blusa de mangas, sem ter tempo de vestir a túnica.

Lee saiu de dentro da tenda se encontrando com Neji do lado de fora, que recusava-se a encará-lo. Lee terminava de ajustar seu colete de chunnin e fechá-lo, quando o próprio Kazekage também saiu da tenda.

Lee o abraçou uma última vez, com todo o carinho e amor que conseguiu e lhe deu um beijo doce na testa, seguido de um selinho nos lábios. Neji virou-se de costas, pois era doloroso demais olhar.

— Lee... — Gaara o chamou, mexendo as mãos e puxando um pouco de areia de sua própria cabaça, com ela, ele fez uma pequena cabaça, como uma cópia da sua própria, mas com apenas uns oito centímetros. Pequena o suficiente para caber no bolso de seu colete verde. Ele segurou o pequeno objeto com as mãos e entregou a Lee — Não é muito, mas vai te manter seguro quando precisar.

— Obrigado! — Lee recebeu o pequeno objeto de suas mãos o guardando no bolso — Mas espero não precisar — ele riu.

— Eu também espero — Gaara riu também, lhe dando mais um selar nos lábios — Volte à salvo pra mim!

— Eu vou! — respondeu com um sorriso determinado.

Depois virou-se e saiu com Neji. Quando se afastaram um pouco, Gaara chamou o Hyuuga.

— Neji... — virou-se para trás — Traga ele de volta para mim! — pediu com um leve curvar sorridente nos lábios. E o Hyuuga apenas fez uma pequena reverência em obediência ao Kage.

Depois disso, os dois ninjas de Konoha saltaram para longe da vista do Kazekage, que se deu ao luxo de permanecer alguns segundos parado, pensando na noite maravilhosa que teve com seu amado, e fantasiou por um momento, estar com ele novamente. Mas para isso, precisava focar-se, esquecer tudo e vencer aquela guerra! Quanto mais rápido ela acabasse, mais rápido estaria nos braços de seu amado novamente.

[...]

E assim, a Quarta Grande Guerra começou!

O Kazekage e todo seu regimento, lutaram contra antigos Kages revividos pelo jutsu proibido conhecido como edo tensei. Inclusive, lutou contra seu próprio pai e descobriu muito mais sobre sua mãe, seu tio Yashamaru, e sobre sua própria história.

Mais tarde naquele mesmo dia, em sua batalha com o edo tensei de Madara Uchiha, o Kazekage perdeu muitos homens e sentiu toda a dor de cada uma daquelas perdas. Mas as perdas estavam apenas começando.

Todos os regimentos foram para apenas um campo de batalha, lutar contra o Bijuu de dez caudas, a fim de dar suporte a Naruto, enquanto os cinco Kages continuavam batalhando contra o corpo revivido de Madara.

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