Asher.
- querido, seu pai é ocupado. Ele não pode sair a toda hora, você sabe. - ela pega uma bolsa e coloca todos meus remédios dentro, já perdi a conta de quantos tomo. - Temos que ir, vá se vestir agora. - ele coloca sobe meus braços uma blusa, um casaco e uma calça.
Assim saímos do hospital e entramos no carro de minha mãe. É um típico carro de dona de casa. Uma bola onde deviam ficar meus pés, cookies no banco de trás, provavelmente para venda de doces da escola de meu irmão, materiais de recorte e colagem e planilhas.
No caminho de casa noto que algo mudou, ou não tenha mudado e sim seja minha cabeça. A casa dos vizinhos deve ter sido pintada penso, e logo vejo a casa de meus pais, uma bela casa, para um belo casal e uma família bonita e sem problemas. Pena que a última parte não é verdade. Assim entro em casa.
- deixe suas coisas ali - ela me mostra um armário no hall, então a obedeço. - oi, amor. - ela fala para minha irmã de um ano ao lado de sua babá, assim a segura. - Aqui, olha seu irmaozão. Lembra? Ele está aqui!
Uma coisa que minha família nunca teve problemas em fazer foi ter filhos. São cinco no total, o mais velho sou eu, com diferença de segundos. pode não ser uma grande diferença mas Sarah ainda é mais nova, três anos depois vem Jeremy, após um ano vem o ilustre Lewis e por último Annie de um ano.
- oi, Annie. - não sei me comunicar com crianças, assim apenas a cumprimento e subo as escadas.
Enquanto subia olhei os quartos de meus irmãos. O de Sarah era incrivelmente branco, uma quarto extremamente organizado. O de Jeremy era bagunçado, para todo lado uma foto de uma mulher. Já de Lewis eram carros para todo lado já que descobriu sobre Hamilton e ficou obcecado.
Entro em meu quarto após um tempo. Está igual, realmente não o tocaram. Assim vou até atrás de meu guarda roupa e pego uma garrafa de vodka. Tempos sombrios de quando a bebia. Mas não posso dizer que não me diverti, infelizmente ela acabou depois de minha overdose. A brilhante ideia de tomar todos os remédios com uma dose não foi tão incrível, pelo menos não quando Jeremy me achou no chão, saindo correndo para chamar a mamãe grávida de Annie. Não sai do hospital desde aquele dia.
Olho para a garrafa, coloco as mãos na tampa de começo a desenroscar até que a senhora Paul grita para mim descer, assim coloco atrás do armário e desço.
- Está com vontade de comer? Estou fazendo um jantar especial, pela sua chegada!
Nunca fui tão próximo da mulher que me gerou e gerou as pessoas que chamo de irmãos. Não me leve a mal, sou grato por tudo, ela é carinhosa e me ama, mas não sinto que realmente somos próximos por amor e sim apenas pelo nosso laço sanguíneo
- não precisa, é sério. - odeio essas comemorações. - todo ano é assim.
Antes que termine de falar minha irmã chega com uma amiga, acho que conheço.
- Mãe, chegamos! - sarah grita e me olha com um rosto em choque
- Olá, Rebeca. - Assim me recordo do nome - está bem?
- olá, estou sim e a senhora? - ela pergunta com certa vergonha.
- A estou bem.
- ela pode dormir em casa hoje? - Sarah pergunta enquanto se sentava.
- pode! Para a comemoração! - ela diz com um tom agudo de emoção.
- que comemoração? - pergunto tentando não parecer estranho.
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Onde Acabam as Estrelas - Antes Do Para Sempre
Non-Fiction"Querido, Asher. Você é o sol, não uma estrela. Pode se perguntar qual a diferença, mas tem. O sol está no centro brilhando e iluminando, pode a ver outras estrelas maiores ou mais brilhantes, porém estão sozinhas, foram feitas para estarem sozinhas...