Capítulo 7

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... tudo de gente passando fora do prédio. Saímos do elevador e meu coração só aumentava as batidas.
- Acho que... -- Respirei fundo. John me olhou preocupado.
- Tudo bem se não conseguir. -- Ele passou o braço sobre meus ombros me puxando para perto dele.
- Acho que não vai dar. -- Meus olhos se encheram de lágrimas, pois parecia que eu estava presa naquele dia no banco e para todos que olhava via o rosto dos assaltantes vindo me pegar.
- Tudo bem, quer ficar aqui um pouco no saguão? Posso buscar um café e ficamos por aqui. -- John sugeriu.
- Não! Não me deixa aqui sozinha. -- Me desesperei.
- Não vou, fica calma. Vamos chamar o elevador e voltar para casa, ok? -- John me abraçou forte, enterrei meu rosto em seu peito e fechei os olhos na tentativa de suportar aquele medo exagerado que estava sentindo. O elevador chegou e só senti John nos levar para dentro e as portas se fecharem. - Já está tudo bem, estamos voltando para seu apartamento. -- Ele falava baixinho acariciando meus cabelos.
- Desculpa. -- Sussurrei chorando.
- Desculpa pelo que, pequena? É tudo um processo, hoje conseguimos descer até o hall do prédio. Quem sabe quando você se sentir a vontade novamente, podemos ir até a calçada e se quiser voltar está tudo bem também. Você passou por algo terrível e é completamente normal se sentir assim, Meg. Mas sei que devagar e respeitando seus limites você vai vencer essa fase ruim. -- Ele beijou minha testa em demostração de apoio. John sempre foi uma pessoa compreensível, carinhosa e atenciosa, mas ultimamente parece estar mais. Mais presente em minha vida, mais preocupado comigo, disposto a me ajudar realmente a passar por tudo isso.
- Obrigada. -- Falei olhando em seus olhos. O elevador abriu as portas e saímos em direção a meu apartamento.
- Ué, já voltaram? -- Elizabeth perguntou quando nos viu entrar. John apenas fez um gesto para que ela não perguntasse mais nada e ela entendeu, também com a cara de tristeza que eu estava era impossível não perceber que algo havia dado errado.
- Estou com o dia livre hoje, o que acha de passarmos o dia colocando nossas séries em dia e engordando mais uns quilos? -- John sempre conseguia me tirar um sorriso.
- Não quero te atrapalhar... Sei que está fazendo isso por pena de mim. -- Baixei o olhar triste. John mudou sua expressão completamente para sério.
- Pena? É isso que acha que sinto por você? É isso que acha que estou fazendo aqui? -- Senti decepção no seu tom de voz.
- Me perdoa, não quis falar isso. Não foi minha intenção, Johnny. -- Que merda! - Fica comigo hoje. Vou adorar relembrar os velhos tempos. -- Sorri fraco e notei que ele também soltou um sorriso de canto.
- Então Elizabeth, acho que seus serviços por aqui hoje estão suspensos. -- John falou abrindo a geladeira e vendo o que eu tinha para comer.
- Vai lá Beth, tire o dia de folga. -- Falei a abraçando.
- Mesmo? -- Ela confirmou.
- Claro, vou ficar bem.
- Pode deixar comigo que eu vou cuidar dela, não sei se tão bem e com tanta responsabilidade igual você, mas consigo mantê-la viva até amanhã. -- John abriu uma cerveja e me entregou outra. Elizabeth o olhou feio brincando.
- Acho muito bom que cuide mesmo. -- Rimos. - Mas falando sério, sei que com esse menino aqui você estará segura. Aproveitem e se comportem! -- Beth falou pegando sua bolsa e saindo.
Quando a porta bateu John tirou o tênis e foi correndo até o sofá pulando em cima igual criança.
- O que é isso? -- Brinquei o advertindo.
- Estamos sem supervisão, vamos aproveitar! -- Ele pulava enquanto ria. Virei os olhos bufando e fui até ele. Eu sabia que seria risada na certa passar o dia com ele.

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