- O que aconteceu? -- Perguntei assustada com John pulando da cama rapidamente.
- Alexander bateu o carro bêbado, está no hospital e não para de gritar seu nome lá.
- Então eu vou. -- Falei levantando.
- Não, pode deixar que eu resolvo isso para você. Sei que o Alex é um mala, mas também sei que ele não tem ninguém aqui na cidade e só tinha você. Deixar ele acidentado no hospital sozinho é desumano. Vou lá, prometo que volto rápido. Fica tranquila aqui, eu cuido de tudo. -- John falou vestindo a camiseta.
- Eu não sei o que seria de mim sem você. -- Respirei aliviada. John se aproximou colocando seus braços em minha volta sobre a cama me prendendo, nossos olhos se encontraram e por muito pouco não nós beijamos, mas confesso que eu estava com muita vontade.
- Eu faço por que gosto de você e somos amigos, amigos servem para isso. -- Ele me deu um beijo demorado no rosto. - Volto logo. -- Ele disse baixinho.
- Vou esperar. -- Respondi. John saiu e deitei novamente. Confesso que eu não estava nem um pouco preocupada com Alex, afinal já estava acostumada com ele beber e bater o carro, parar no hospital e me ligar para que eu fosse livrar a cara dele.Uma semana depois...
Eu estava progredindo bem as terapias, não estava tendo mais crises de pânico, consegui descer até o hall do prédio e ficar lá por um tempo lendo. Fui até a calçada da rua e me senti bem e a vontade para atravessar e entrar no café que havia na frente.
Hoje a noite eu e John sairíamos para jantar em um restaurante próximo, já que não nos víamos desde a noite que Alex se acidentou. No mesmo dia que John o deixou em casa, ele precisou viajar para resolver algumas coisas a respeito de algumas propriedades que ele tem no Canadá. Desde aí não nos vimos, mas hoje ele volta de lá e vamos sair. Eu estou ansiosa, comprei um vestido lindo e já estava me preparando para a noite.John estava com um ar diferente comigo, mais a vontade, íntimo. Confesso que eu também me sentia assim com ele, mas ao mesmo tempo sempre com aquele medo de jogar nossa amizade por água a baixo apenas por carência.
Conversamos sobre diversos assuntos, rimos muito e eu estava muito a vontade com ele. Como sentamos em uma daquelas mesas que tem sofás, ficamos bem próximos um do outro e por muitas vezes durante o jantar John pegava minha mão ou tocava em minha perna. Eu gostava do seu toque sútil em partes do meu corpo, não era invasivo e sim acolhedor.
Terminamos o jantar e resolvemos pedir mais uma garrafa de vinho, sou super fraca para vinho tinto, mas eu estava me divertindo tanto que nem pensei sobre isso.
Narração John On
Meus sentimentos com Megan mudaram de uma forma abrupta que até eu mesmo me assustei. Mas percebo que ela também está correspondendo a minhas investidas de forma igual e isso me mostra que devo continuar. Megan é uma mulher incrível, linda e o melhor de tudo, é minha melhor amiga! Ver ela passar por tudo que passou em um relacionamento tóxico, triste e sofrido me doía, mas era escolha dela estar ali e eu não poderia intervir em nada se não fosse solicitado a minha ajuda. Mas no momento em que ela deu o sinal verde eu corri para salvá-la.Meg e eu havíamos bebido demais essa noite, eu ainda estava sóbrio, mas ela nem um pouco, precisava deixá-la em casa em segurança.
- Você vai dormir aqui hoje, não é? -- Ela perguntou arrastando a fala e agarrada em meu pescoço rindo enquanto esperávamos o elevador para seu apartamento.
- Posso ficar se quiser. -- Falei com minhas mãos em sua cintura fina.
- Fica... Vai ser divertido. -- Ela sussurrou beijando meu pescoço. Eu podia sentir sua língua quente e molhada me dando leves chupões. Confesso que queria muito passar a noite com Meg, meu corpo inteiro mostrava isso visivelmente, mas minha consciência e boa moral me diziam que hoje não, pois Megan não estava em seu estado normal. Estava bêbada e alterada e transar com ela assim, seria muito errado e desrespeitoso com ela e eu me sentiria péssimo pela manhã.
- Vem, vamos entrar. -- O elevador chegou e a puxei para dentro. Me escorei na parede e Meg encostou seu corpo ao meu nos deixando frente a frente. Ela pegou minhas mãos que estavam em sua cintura e as levou até seu bumbum, mordiscou meu queixo e se pressionou contra meu membro rígido, aquilo me levou a loucura. As portas do elevador se abriram e saímos, Megan mal consegue caminhar, então eu a carregava, a segurando pela cintura. Chegamos em sua porta e eu precisava encontrar as chaves em sua pequena bolsa, Megan se escorou na parede ao lado da porta enquanto eu mexia na bolsa atrás das chaves. Ela ria e tentava me puxar para perto dela, mas eu resistia.
- Me beija? -- Ela perguntou baixinho me encarando.
- Não, você está bêbada e nem sabe o que quer. -- Falei.
- Quero você... -- Ela me puxou pela camisa. Fiquei com os braços em sua volta nos encarando.
- Não posso sequer tocar em você assim, não é da minha índole fazer isso, Meg e você sabe disso. -- Sussurrei com nossos narizes encostados enquanto me esquivava de seus lábios vermelhos.
- Só um beijo, Johnny. -- Ela tinha um poder absurdo sobre mim. Abriu o zíper do meu jeans sem nem eu perceber e começou a me massagear por cima da boxer. - Está gostando? -- Ela perguntou com voz sedutora.
- Demais. -- Sussurrei gemendo baixo. A senti colocar a mão por dentro da boxer e tirar meu membro para fora. Olhei para os lados e os corredores estavam vazios, seus olhos azuis penetravam minha alma. Eu não conseguia mais reagir a não ser sentir.
Meg aproxima nossos rostos e me beija, nesse momento eu voltei a si, tirei sua mão de mim e fechei minha calça.
- O que foi? -- ela perguntou.
- Você está bêbada e provavelmente eu também estou. Vamos entrar e dormir. Se ambos ainda estiverem sentindo a mesma coisa que agora, mas sóbrios, continuamos sem problema nenhum e principalmente, sem culpa nenhuma. Agora entra e vai para o quarto, se tranca lá e eu vou dormir aqui no sofá!
- Mas John... -- Ela choramingou.
- Sem mais! Vai, Meg. -- Beijei a testa dela e fechei a porta do seu quarto.

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Wonderwall
FanfictionMegan Kessler é uma atriz famosíssima de Hollywood que por um infortúnio da vida vira refém em um assalto ao banco em uma manhã que tinha tudo para ser tranquila. Após sobreviver a esse fatídico dia ela se vê traumatizada com tudo que aconteceu e p...