Alternative.-(ABO) Vkook-Taekook

20-visao a frente.

Taehyung ficou em silêncio por algum tempo, Apenas encarando Jeon, que parecia esperar por uma resposta.

Resposta está que não viria se dependesse unicamente dele, eles já haviam citado "cio" em uma de suas conversas antes, Taehyung se lembrava perfeitamente de ter pensado que era alguma espécie de fetiche estranho do casal. Mas o Jeon levava aquilo tão a sério a aquele ponto? De deixar o filho com a babá e ficar literalmente uma semana trancado no quarto?

O que ele faria por tanto tempo lá dentro? Qual era o objetivo por trás disso?

Apenas suspirou, desistindo daquele assunto, não era de sua conta afinal, desde que Jungkook não cometesse nenhum crime, tudo bem.

Só não queria estar por perto.

–Ta, tá bom, eu vou ficar mais um tempo com minha vó, pode me passar o endereço da casa?–perguntou, e o mais novo concordou com a Cabeça.

Não demorou muito para que Jeon e o bebê fossem embora, Taehyung permaneceu no hospital, esperando que pudesse novamente ficar com a idosa, foram longos minutos de espera até que a enfermeira o acordasse de seu transe encarando a parede.

Eram tantas dúvidas e nenhuma parecia ter resposta.

O que aconteceu com o Taehyung que estava ali antes dele? E qual era seu estado no mundo original?

Por que tudo aquilo estava acontecendo consigo? E o mais importante; por que especificamente Jungkook?

–Você já pode ficar com ela.–escutou a voz feminina com um sorriso gentil, e se levantou rápido, agradecendo e voltando para o quarto.

Quando entrou novamente teve o mesmo choque de realidade, a senhora não havia desaparecido, ainda estava ali.

Sorriu, tentando controlar o choro, será que conseguiria olhar para em algum momento sem ficar emocionado?

Queria tanto que ela pudesse ter visto as coisas que conquistou...

–Pensei que estivesse ido embora.–a velhinha admitiu, surpresa, e ele se sentou de frente para a maca, segurou na mão dela, e ela colocou a outra por cima da dele.

–E-eu se-senti sua falta, vó.–Admitiu, sentindo a garganta falhar, aquela era a frase mais sincera e verdadeira que disse desde que chegou ali, mesmo que ela não compreendesse seu real sentido.

–Eu sei, querido.–Ela sorriu leve, e deu um leve tapinha na mão dele.–Não vejo a hora de receber alta, detesto a comida daqui, e o desinfetante tem um cheiro muito forte.–Taehyung riu, aquela era a velha e boa Sr.Kim, mesmo que em circunstâncias diferentes.

Os dois continuaram conversando, Taehyung até mesmo se surpreendeu que em nenhum momento a idosa tenha citado a sua outra versão, ou algum acontecimento recente.

Não havia nenhuma pergunta que ele nao sabia a resposta, e aquilo era aliviador.

Queria poder ficar com ela por mais tempo, mas para sua infelicidade alguém bateu na porta e entrou.

E o Kim não poderia estar mais supreso, porque reconhecia quem estava ali.

Sem sombra de duvidas, era o seu pai.

Exatamente o mesmo de seu mundo.

Ver uma figura que conhecia e amava fez com que vacilasse um pouco, mas apenas por tempo suficiente até escutar o homem falar.

–Pensei que estivesse de férias.–não houve comprimento, sorriso, ou tom gentil, apenas um olhar estranho diante da mão de Taehyung segurando a da vó, como se não fosse algo comum vindo dele.