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Mundos completamente diferentes, definem duas pessoas diferentes, mas com algo em comum... O sentimento de solidão constante em suas vidas.
Celina uma garota candense tentando a vida na grande cidade de Los Ange...
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Não irei ser hipócrita e dizer que esperava uma mensagem da Celina hoje porque não, eu não esperava. O chamado dela me pegou de surpresa. Fiquei pensando se não era para ela estar trabalhando agora, mas ela nunca me chamou assim com urgência, então acredito que seja algo muito sério.
Sem pensar duas vezes, eu calço meus tênis e pego as chaves do carro. Passo o mais rápido possível pela sala para que ninguém venha me encher o saco e me impedir de encontrar a Celina. Coloco o endereço que a garota me mandou no GPS.
(...)
Vou dirigindo seguindo o GPS, era um lugar que eu nunca tinha ido, mas ficava aos arredores da praia de Santa Mônica. O que a Celina tá fazendo em Santa Mônica a essa hora?
O endereço era de uma parte isolada da praia, pouquíssimas pessoas estavam passando por lá, acredito que apenas moradores da região. Agora o desafio vai ser achar ela nesse lugar.
Por sorte não demorou muito para que eu visse a garota sentada na areia, ela estava abaixo de uma sombra de coqueiro, pois o sol já estava alto e quente. Desço até a areia da praia e vou até ela.
Celina parecia surpresa em ver, quase como se não esperasse que eu de fato fosse encontrá-la. O seu olhar era apreensivo, pude ver três caixinhas de suco de maracujá ao lado dela, duas amassadas e uma ainda acredito que houvesse algum líquido.
- É fã de suco de maracujá? — Pergunto e me sento ao lado dela na areia. A mesma tinha estendido um pano para não sujar nossas roupas
- Digamos que ouvi dizer que suco de maracujá acalmava... Mas, agora eu desacredito um pouco, porque não estou nada calma — Celina diz de forma rápida e com a voz um pouco trêmula
- Pra você estar faltando ao trabalho deve ter acontecido alguma coisa muito séria, né? — Pergunto e ela pega rapidamente a caixinha de suco na mão e dá repetidas sugadas no canudo até que acabasse por completo
- E-Então... — Ela fala esboçando um sorriso nervoso. Pego a mão dela e ela estava tremendo muito, estava gelada também e posso sentir a Celina estremecer ao meu toque — Você me olhando desse jeito tá me deixando mais nervosa... Dá pra olhar pro mar enquanto eu falo?
- Sério? — Pergunto incrédulo com exigência da garota. Ela me encara, aquele olhar dela já me transmitiu que sim, era sério. Volto o meu olhar para o mar, mas minha atenção continua total nela — Agora você está me deixando nervoso...
- Você já se apaixonou? — Celina me pergunta e eu viro pra ela chocado com a pergunta totalmente do nada e aleatória — Não olha pra mim...
- Desculpa — Paro alguns segundos para pensar — Acho que em algum momento eu pensei que eu estava apaixonado, mas... Não tenho certeza se era paixão mesmo
