Introdução.

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  Um barulho alto, que nunca fora ouvido na capital celestial, ecoava pelas ruas como uma sirene. Os deuses que passavam pela rua, olhavam atordoados uns para os outros em buscas de respostas, mas ninguém sabia o que estava acontecendo. Mais e mais deuses começaram a aparecer, tentando descobrir de onde vinha tal barulho, ou de quem era aquele bebê que chorava tão alto. Ficando em silêncio, todos seguiram de perto em busca de encontrar em que local estava a criança, e encararam mortificados os portões da residência de Xuan Zhen.

  — O que vamos fazer? Vamos entrar? 

  — Nós não podemos.

  — Não?

  — Está louco?! Entrar na casa do General Xuan Zhen? Ele é pelo menos 500 anos mais velho que a gente, se invadirmos a casa dele assim, o que acha que vai sobrar de nós para contar a história?

  — Alguém vá rápido chamar sua alteza! Ele deve saber o que está acontecendo.

   — An-harram... — uma voz suave chamou a atenção para si. — Devo saber por que precisariam de minha presença por aqui? 

   — Sua alteza. — Todos os presentes se abaixaram ao mesmo tempo, fazendo o homem vestido em branco balançar suas mãos timidamente, mandando todos levantarem.

  — Posso saber o que está acontecendo por aqui? — Xie lian perguntou, olhando ao seu redor até seus olhos chegarem aos portões da residência Xuan Zhen. Ele não precisava de mais respostas até ouvir o choro estridente de uma criança vindo de dentro do palácio. — Oh..

  — Esse choro já faz algum tempo e não sabemos o que está acontecendo. Ficamos com receio de entrar no palácio do General Xuan Zhen. Já batemos na porta, mas ninguém veio nos atender.

   — Nem mesmo alguém da corte mediana?

   — Não, sua alteza.

  Quanto mais Xie Lian andava, mais o mar de deuses ia se abrindo até ele estar frente a frente com os  portões de madeira escura. “Mu Qing? Mu Qing?”, ele chamou na matriz de comunicação e, sem resposta alguma, estranhou, tentando novamente. “Você está aí?”, sem respostas novamente. Ele colocou sua mão na maçaneta de ferro a qual estava nos portões, os empurrando levemente antes de entrar, dizendo:

   — Esperem aqui —e sua figura desapareceu caminhando para longe enquanto os portões se fechavam sozinhos.

   Todos estavam atônitos, sequer ousavam respirar ao se amontoar ao redor das portas do palácio do general Xuan Zhen. Todos queriam ver ao menos uma brechinha do que acontecia lá dentro, sua curiosidade gritando  enquanto barulho de choro ia cessando aos poucos, apenas atiçando-os ainda mais para chegar mais perto do portão. Seus ouvidos bem abertos para ouvir o mínimo de som possível, até que o único som que eles ouviram foi o alto do som do portão caindo com um estrondo.

   Eles estavam mortificados. Não havia tempo para ficarem envergonhados por serem pegos no flagra por serem curiosos em cara dura, não. Todos estavam surpresos ao ver uma criança nos braços de Xie lian, encarando-os com os seus olhos negros, olhando atentamente para eles. O cenho franzido não havia mudado em sua pequena expressão, o que havia mudado, até então, era que essa pequena carranca indicava que ele iria começar a chorar. Percebendo isso, Xie Lian tirou seu olhar da multidão e voltou a olhar para a pequena criança em seus braços, começando a balançá-la, colocando a cabeça do menor contra seu ombro e acalmando-a com uma voz suave.

— Shhh, shhh, foi só um susto, shhh, shhh, não precisa chorar, Mu Qing. — Todos assistiram essa cena com terror.

 O GENERAL XUAN ZHEN VIROU UMA CRIANÇA?!

Mu Qing é um... bebê?!Onde histórias criam vida. Descubra agora