3 - Eu sinto muito

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– Olá, sejam bem-vindos! Algum de vocês seria o NekoKenm?

Olho pra ele surpreso e sem acreditar. Eu estava todo esse tempo apaixonado por um cara?

Kuroo olha pra mim e parece quase morrer de tanto que ele se segurava pra não rir.

Ele coloca o seu braço por cima dos meus ombros e me puxa pra perto dele.

– É esse aqui, Kenma, e eu sou o Kuroo. – Ele me apresenta como se não soubesse de nada.

O rapaz a nossa frente sorri gentilmente e se senta conosco.

– Você é fofo, Kenma. Muito prazer, meu nome de verdade é S/N.

Sinto o meu rosto corar pelo seu elogio. Eu só queria ir embora daqui.

– Nós viemos aqui só pra encontrar esse cara, sério? – Lev pergunta indignado.

– É amigo do Kenma, Lev, e amigo do Kenma é nosso amigo também. – Kuroo me aproxima mais dele e fala tranquilamente.

S/N sorri de maneira amigável.

– Quantos anos você tem mesmo? – Kuroo pergunta.

– Quando conheci o Kenma eu tinha 15, mas fiz 16 recentemente.

– Parabéns atrasado então! – Kuroo diz alegremente.

S/N olha pra mim e eu assinto com a cabeça, o parabenizando também.

Me sinto envergonhado por ter achado que ele era uma mulher por todo esse tempo.

– Então você é mais novo que o Kenma? A quanto tempo você trabalha aqui? – Lev puxa conversa.

– Vão fazer 2 anos. – S/N responde gentilmente.

– E você não acha esquisito trabalhar em um lugar onde as funcionárias geralmente são mulheres? – Kuroo pergunta.

– É um pouco desconfortável porque os homens me olham com julgamento, mas nesses últimos 2 anos bastante mulher tem frequentado aqui.

Coro ao ouvir as suas palavras. É claro que as mulheres vão começar a frequentar esse café, você já viu o seu rosto?

– E você joga vôlei? – Lev continua a conversa.

– Só videogame. Não sou muito chegado a esportes.

– Que pena! Mas passa lá na nossa escola pra ver a gente jogar. – Lev o convida.

– Eu passo sim. Fico feliz que o Kenma tenha amigos tão legais.

Nossos olhares se encontram e eu desvio o meu. A minha visão começa a embaçar pelas lágrimas que começaram a surgir.

Me afasto do abraço do Kuroo e saio do café prestes a chorar.

• ● S/N POV

Kenma de repente sai do café, deixando eu e os seus amigos sozinhos.

– Mas o que deu nele? – Lev pergunta.

– Eu vou ver o que ele tem. Vocês podem fazer os seus pedidos com as garotas. – Digo.

Me levanto e saio do café, vendo Kenma parado na calçada.

– O que foi? – Eu pergunto sem entender.

– É-É que eu... – Ele funga – e-eu achei que...

Kenma se vira, ficando de frente pra mim, e eu pude ver o seu rosto coberto de lágrimas.

Me aproximo dele e o abraço, colocando a mão na parte de trás da sua cabeça e a encostando no meu peito.

– Oh não. Você não pode chorar, entendeu? O seu rosto é lindo até quando chora, mas eu não quero que você chore nessas circunstâncias.

Não há distância para o amor - Kenma KozumeOnde histórias criam vida. Descubra agora