Prólogo

55 12 98
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


— Viva a história que gostaria de contar a seus netos. — E o brinde que eles combinaram de fazer neste momento. Logo sorrindo um para o outro de uma forma apaixonada e muito feliz.

Lá estavam eles.

Comemorando mais uma bodas, ouvindo os debates fervorosos e divertidos se eram a bodas de 81 (Bodas de Cacau) ou se eram as 79 (Bodas de Café); não entendendo o porquê disso e achando graça por ninguém chutar um meio termo.

Olhavam cada convidado da festa surpresa com o coração quente, sentindo felizes por terem superado tantos problemas e hoje serem amados por tantas pessoas e conquistado tanto em suas vidas.

A casa simples de dois andares, havia comportado os filhos e até netos enquanto cresciam, e hoje pareciam ecoar um vácuo de nostalgia; trazendo ao casal a ideia de se mudarem a um lugar menor. Ou simplesmente alugar e viajar o mundo novamente, como fizeram na juventude e ver tudo o que mudou.

Mas já não havia lugares que gostariam de ir.

Em meio às conversas na festa revelaram a ideia de se mudar para um asilo muito bom e alugar a casa para custear parte dos valores.

Mas apenas de ouvir a palavra "Asilo" os ânimos mudaram, como se tal ideia fosse ruim e o peso da palavra já estivesse tão negativo por conta dos tons pejorativos de abandono que era impossível haver algo de bom.

Mas o lugar era um paraíso, haviam até viagens ao longo dos anos para locais exóticos e divertidos. Viam as fotos que os moradores postavam, e ficaram encantados com uma das viagens que uma das senhoras do lugar postou, com uma cobra em seus ombros toda feliz.

Mas custava a todos idealizar, que o casal tão querido já estavam aceitando estarem no fim de suas vidas, a fim de aproveitar este tempo restante. Mas para eles não havia nada fúnebre neste pensamento. Era como estar nas cenas pós-créditos de um filme lindo de romance.


Ao fim do dia, cansados de toda a agitação, se sentam na cama tirando as pantufas fofinhas checando o alarme. Não que tivessem de despertar cedo para trabalhar, já eram aposentados; mas era bom manter uma rotina ativa e não se entregar.

Ajeitaram os corpinhos doloridos no colchão ortopédico e se acomodaram entre os cobertores macios e confortáveis, felizes por ganharem uma festa tão carinhosa.

Ele olha para ela uma última vez antes de apagar, sorrindo ao ver seus curtos cabelos ralos e a pele toda manchada de sol entre as rugas. E ela por sua vez faz um carinho em seu rostinho de pele fina e igualmente manchada sentindo tão parecidos agora, tão diferentes do que eram no começo.

 E ela por sua vez faz um carinho em seu rostinho de pele fina e igualmente manchada sentindo tão parecidos agora, tão diferentes do que eram no começo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora