2236 Wards
Um dos primeiros papos que o casal teve foi debater como não se davam bem com as madrastas e riram da coincidência em seu encontro, vendo alguém que finalmente os entendia.
Ela tenta se acalmar compreendendo que de alguma forma realmente havia voltado no tempo, e que agora tem a chance de refazer todos os erros de sua vida. Imaginou que talvez tivesse morrido dormindo e aceitou o que viesse, ao pôr a mão no peito e fazer uma oração.
Se olhou no espelho:
O corpo magro de uma jovem se mostrava para ela, os seios pequenos ainda a crescer durinhos e em pé, a cintura fina e ossuda e pernas magrinhas de cambito. Longos cabelos castanhos e seus mesmos olhos castanhos claros com um toque de mel.
Se achou linda como nunca achou quando tinha esta idade, sempre reclamando da falta de seio e da magreza. Invejando as curvas de outras garotas. Como era boba.
Correu para o armário olhando as roupas antigas da época e rindo da moda; e desta forma encontrou seu uniforme e olhou seu material percebendo ter seus dezesseis anos, e logo sentiu um grande peso lhe cair. Afinal ainda levaria anos para conhecer seu amado marido.
Onde ele estaria?
E se algo fizer com que jamais se conheçam?
Lembrou que o conheceu depois de ir morar fora por conta da faculdade, mas que seu encontro acabou sendo totalmente sem querer, durante uma viagem que fez escondido de seu pai. Fingiu que ia à faculdade e passou uma semana com as amigas.
Tanta coisa poderia ocorrer até que pudessem se reencontrar...
Respirou fundo espantando o medo, e pegou sua mochila, procurando um caderno onde poderia escrever e organizar suas ideias. Onde ele morava nesta época? Ele contou, mas onde era? Na carta estranha dizia que ambos foram escolhidos, então ele também se lembraria dela? Qual deveria ser seu foco? Procurar por ele ou reviver sua vida até o momento?
Mas não tinha tempo para enrolar. Tinha de ir à escola. Colégio.
Jogou a mochila nas costas e saiu pela porta dando uma última olhada no quarto de forma saudosa: A parede branca com móveis de madeira maciça lhe davam um tom confortável, perto dos móveis modernos todos de um material tão vagabundo e fraco.
Seguiu pelo corredor vendo os quadros de fotos sentindo o coração quentinho. Lembrou que seu pai havia falecido por conta do uso de cigarro e começou a pensar como ter uma conversa séria com ele sobre isso, segurando o choro para entrar no ônibus escolar.
Ao adentrar o lugar ela passa os olhos sobre cada um ali, lembrando de quem eram com certo saudosismo. Seria um bom recomeço, agora sabia como lidar com aquilo, com todos e sabia o que fazer sobre tudo que irá ocorrer em sua vida. Ou pelo menos imaginava isso. Afinal ainda não poderia comandar o que os demais fariam.
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Segunda Chance
RomanceUm feliz casal comemora suas bodas, vendo com alegria tudo que já passaram juntos. Mas ao acordar na manhã seguinte se percebem em seus corpos jovens, tendo a chance de refazer tudo que já viveram. Seu objetivo é poder se reencontrar e vivenciar o m...