XLVII

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Capítulo XLVII: A história de Hanma
03/01 Segunda-Feira
Resumo: Hanma conta sua história e Monoma se torna ativista

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Keisuke ficou encarando a porta enquanto todos se serviam, preocupação com o melhor amigo o dominando, afinal ele sabia que Hanma não estava bem e ferir Kazutora poderia ser fácil.

- Baji-san? - Chifuyu o chamou com preocupação e Keisuke suspirou antes de começar a preparar três pratos.

- Eu sei que ele estar aqui com a gente é para que Kisaki não o use, mas Hanma não consegue lidar bem com tantos alunos heróis por perto - Contou - O passado sempre volta para o atormentar, todas as vezes.

- O que quer dizer com isso? - Chifuyu franziu o cenho.

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Hanma suspirou enquanto encarava Kazutora e Shouto, que era terrível em tragar um cigarro, olhou para as próprias mãos antes de soltar o ar o vendo condensar.

- Eu tinha um melhor amigo, quando era pequeno, nós dois éramos inseparáveis apesar de ele ser três anos mais velho, como toda criança queríamos, os dois, nos tornar heróis, o dia que descobrimos que eu era apeculiar também foi o dia que minha irmãzinha nasceu, meus pais simplesmente me deixaram de lado, colocando toda a fé nela, mas eu não a odiava, eu queria poder a proteger do que eu estava enfrentando, foi quando me lancei na violência, meu amigo, ele tinha uma peculiaridade e jurou se tornar um herói por nós dois e nos proteger.

Keisuke saiu da casa caminhando até eles antes de entregar os pratos de comida para Kazutora e Hanma, sentando a seguir, Shouto se quisesse teria de se virar para comer, jogando seu cigarro na neve, Hanma passou a comer.

- Ele entrou para a escola de heróis e nós ficamos em Tóquio, nas férias de inverno ele me convidou para conhecer a cidade onde estava, meus pais me obrigaram a levar minha irmã junto já que ela, ao contrário de mim, tinha futuro, mas ele estava diferente, mais arrogante, ele já tinha a licença e a usava para me machucar com sua peculiaridade para fazer piada com seus amigos, eu não entendia o que estava acontecendo, porque ele estava agindo assim, em uma tarde, quase no fim das férias, um vilão atacou o café onde estávamos, ele destruiu o prédio, meu amigo começou a retirar todos os civis de lá, mas ele simplesmente ignorou a mim e a minha irmã, uma pilastra caiu nas pernas dela, eu implorei por ajuda, implorei por ela, que era peculiar, que tinha um futuro, diferente de mim, ele me olhou nos olhos e disse que herói nenhum perderia seu tempo com apeculiares de merda e que era melhor para o mundo se eu morresse ali, eu fui achado horas depois por heróis de resgate, paralisado ao lado do corpo sem vida dela, eles me ajudaram até descobrir minha falta de poder e me mandarem embora, pouco depois meus pais foram torturados e mortos por saqueadores, peculiares.

Shouto encarou o cigarro em sua mão sem saber o que dizer, ele sabia que essa sociedade era suja, mas, a cada minuto que passava ao lado deles, ele descobria algo novo e ainda mais revoltante.

Kazutora apertou a mão de Hanma em conforto enquanto Baji se mantinha em silencio, em apoio mudo.

- Eu sei que isso não vai aliviar sua dor, mas... talvez você entenda o porque de eu odiar heróis tanto quanto vocês - Shouto se sentou antes de começar a narrar sua própria história.

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Mineta estava proibido de deixar o dormitório masculino até que Nezu tomasse sua decisão e enviasse um e-mail para Eraserhead, enquanto isso, o professor acalmava suas alunas, ele mesmo tinha estado indignado por terem esperado tanto tempo para tomarem uma medida definitiva em relação ao caso dele.

Foi ali que Trevo o encontrou e foi se sentar ao lado de Uraraka que tencionou, assustava enquanto o delinquente digitava freneticamente, esperando Eraserhead terminar de explicar a situação para suas alunas.

O caso de Mineta não era porque a U.A. não queria fazer nada, era porque o garoto tinha um tio que fazia parte da Comissão de Heróis e, se fosse transferido ou expulso, a Comissão iria interferir e tentar decidir, a partir de então, qualquer coisinha sobre a U.A., por isso eles ficaram de mãos atadas até que algo assim viesse a tona.

Trevo bufou ao ouvir o final do discurso antes de fechar o notebook e encarar o herói.

- Movimento de heróis foram identificados em Kanto por Tenjiku.

- São as agências chegando para a reunião - Eraser explicou - Essa noite, nós vamos até lá, já sabe quem vai levar?

- Hai, Takemichy usou sua habilidade há alguns dias, inclusive o futuro não parece nada promissor já que ele parece bem abalado, além dele teremos mais alguns para nossa segurança.

- Eu já avisei Sir que eu irei presidir a reunião para servir de intermediário.

- Bom - Trevo se levantou antes de puxar um ursinho de pelúcia verde de seu moletom o entregando para Jirou - O devolva quando se sentir melhor.

O adolescente saiu deixando as alunas e professor sozinhos.

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Jirou deitou em sua cama sendo abraçada por Momo e abraçou o ursinho que ganhou o apertando contra si enquanto escondia o rosto nos peitos da vice representante.

- O que Aizawa-sensei está fazendo junto aos delinquentes? - Murmurou fazendo a morena suspirar.

- Vai saber, eu só sei que é uma operação importante.

- Eu espero que isso ajude os apeculiares de alguma forma - Kyoka suspirou - Eu estava pensando no que eu poderia fazer, além de só falar que sou diferente, pensei em, talvez, usarmos a banda para isso, trazer um pouco de consciência, nós somos a 1-A, isso deve fazer alguma diferença.

- Bem, nós não somos os únicos pensando nisso, tem visto as redes sociais?

- Na verdade, não, eu só entro no celular para ligar pros meus pais.

Yaomomo pegou o próprio celular de cima da mesa de cabeceira antes de o desbloquear entrando no instagram e nos stories de Monoma, mostrando para Kyoka.

O aluno 1-B, desde que voltou, vinha fazendo várias ações falando sobre os apeculiares e que as leis deveriam ser revistas para os ajudar, inclusive puxando seus colegas para isso, tudo sendo apoiado pela U.A., ele vinha recebendo muito hate, mas claro que não era algo tão cotidiano que pararia Neito do que estava convencido a fazer.

Kyoka riu antes de fechar os olhos, aproveitando os braços quentinhos da namorada, sim, assim que se sentisse melhor, começaria a planejar o que fazer.

Wellcome To Tokyo, Motherfucking HeroesOnde histórias criam vida. Descubra agora