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Han e Minho andavam pelo parque tranquilamente curtindo o som que ecoava pelo ambiente

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Han e Minho andavam pelo parque tranquilamente curtindo o som que ecoava pelo ambiente. Naquele momento havia casais apaixonados passeando, crianças brincando e rindo, um moço tocava violão e outro convidava as pessoas para experimentarem os seus deliciosos picolés.

Para uma pessoa estressada e que gosta de ver o lado negativo das coisas, aqueles barulhos poderiam ser extremamente irritantes e fazer parecer um ambiente horrível para se estar. No entanto para quem saber aproveitar o seu tempo na terra da melhor maneira possível poderia dizer que aqueles barulhos chegavam a ser relaxante, pelo menos era assim para Han Jisung.

— O que está pensando? — Minho perguntou.

— Escutando os sons do parque, eu gosto de fazer isso — Jisung respondeu abrindo um pequeno sorriso — As crianças brincando me trazem boas memórias da infância, quando eu brincava na rua até tarde, assistia desenhos animados de manhã e minha mãe fazia docinhos deliciosos. O violão lembra do meu pai tocando nas festinhas de família e sempre sorrindo alegremente para todos, os picolés lembram que todo dia após a aula meus amigos e eu íamos tomar sorvete.

— São lembranças muito boas, mas você parece falar com uma dose de saudade na voz, houve... alguma coisa?

— Minha mãe ficou doente quando Jun ainda era um bebê e a doença acabou a levando de mim, meu pai ficou tão mal... — O sorriso de Jisung sumiu e ele olhava para o céu — Meu pai não aguentou a pressão de cuidar de um bebê sozinho e foi embora, então ficou apenas eu e HyeongJun no mundo e sem ter para onde ir, até conhecer minha melhor amiga, a Jihyo — Ele olhou para Minho e abriu novamente um dos seus doces sorrisos — Não culpo meu pai, remoer meu passado vai fazer alguma diferença no meu presente? Não, vai apenas me manter empacado na mesma situação e por isso prefiro não pensar nas coisas ruins e sim me manter somente com as boas lembranças e assim eu consigo seguir em frente, dia após dia, sendo a melhor versão de mim mesmo para aqueles que eu amo.

— Toda vez que você abre a boca 'pra falar parece que estou diante de um grande filósofo, sabia? Você diz coisas lindas, Sunggie — Minho sorriu e segurou as mãos de Jisung, o deixando surpreso — E vendo esses casais, o que te faz pensar?

— Na existência do amor, sempre que somos desiludidos e acabamos de coração partido pensamos que o amor não existe e que nunca mais iremos amar. No entanto, não é assim que as coisas funcionam, o amor existe sim e está em todo lugar por menor que seja o gesto, ainda é amor.

— Eu nunca acreditei no amor, mas pensando agora, você está certo. Eu dizia não acreditar no amor mas ainda assim dizia "eu te amo" para o meu irmão, passava tempo caminhando com o meu cunhado ou brincando com o meu sobrinho, isso são atos de amor. Obrigado, por me fazer perceber que vale muito a pena acreditar no amor.

— Eu que agradeço por você ter me ensinado uma nova forma de amar, nunca havia experimentado o amor romântico entre duas pessoas, mas o que eu sinto por você é extremamente forte e chega a queimar meu coração apenas de ver o seu sorriso, é como se eu estivesse sob efeito de alguma droga.

Minho olhava os olhos de Jisung como se pudesse ver as mais belas estrelas brilhando no seu olhar, já Han jurava que dentro dos olhos de Minho havia todo um universo misterioso e com certeza estaria disposto a explorar.

Sung não se aguentou e puxou o Lee para mais perto e fez questão de que seus lábios se tocassem, Minho ficou um pouco surpreso pelo ato repentino mas não demorou para que retribuísse.

E com aquele selar, Minho agora tinha duas certezas: uma era de que não podemos escapar da morte.

E a outra

Era de que os lábios de Han Jisung eram tão doces quanto as trufas que fazia.

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TRUFAS //MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora