O universo só podia estar conspirando contra Minho, ele não via outra hipótese.
Agora estava na sala de Bang Chan, cada um sentado numa cadeira e conversando durante o horário do almoço. No entanto, Minho havia esquecido de trazer seu almoço e não havia um restaurante perto que não estivesse lotado.
— Vou te contar um negócio, também esqueci o meu almoço — Chan contou e colocou a mão no seu bolso — Mas aí eu comprei isso aqui para comermos — Tirou do bolso algumas trufas e as deixou em cima da mesa.
Havia várias e eram tantos sabores diferentes que alguns Minho nunca havia experimentado.
Pegou a de leite ninho e a colocou na boca, sentindo o gostinho doce agradar o seu paladar. O Lee desde de pequeno era muito chato com comida e não comia qualquer coisa, mas essa trufa com com certeza havia entrado para lista de guloseimas que ele poderia comer todos os dias sem reclamar.
Então ele pegou outra, e outra, e mais uma, quando já estava na quinta decidiu perguntar para o Bang:
— Hyung, onde comprou essas trufas deliciosas?
— Você não vai acreditar, eu comprei elas com um carinha no semáforo, muito gente boa — Ele contou abrindo um sorriso grande e por alguns segundos Minho paralisou, meros segundos, depois voltou a comer com o pensamento que aquele cara não devia ser o único na cidade toda que vendia trufas na rua, não podia ser coincidência — Me disse que ele mesmo que faz as trufas, o cara tem realmente talento com doce.
— Com certeza, nunca comi uma trufa tão gostosa.
— Eu tive uma ideia, e se nós chamarmos ele para trabalhar na confeitaria, não acha boa ideia? — Bang Chan sugeriu.
A empresa onde trabalhavam era do ramo alimentício, focada na área de fazer pratos doces. A confeitaria que havia começado tão pequena agora tinha várias espalhadas pelo país todo e por isso precisava de uma grande empresa para administrar bem cada uma delas.
— Está louco? O nosso chefe iria nos demitir.
— Por quê? Você sabe bem que a confeitaria perto do parque central está em falta de funcionários porque aqueles três jovens foram embora do país, precisamos de mais funcionários.
— E vai pegar qualquer um na rua porque as trufas dele são gostosas?
— Ele precisa de dinheiro e faz bons doces, ele teria uma semana de experiência para vermos se ele se sairia bem e depois iríamos falar com o chefe para contratá-lo, viu só? Não tem problemas.
Minho desistiu de tentar argumentar, ele não queria admitir o fato que tinha medo desse moço ser o mesmo que ele havia tratado mal, não saberia olhar nos seus olhos depois do que havia feito e agora a culpa pesava os seus ombros.
Após mais longas horas de trabalho, Minho pode se despedir do seu amigo e voltar para o conforto da sua casa. No entanto o que encontrou foi uma bagunça de papéis rabiscados por toda a sala e um pequeno Jeongin pulando o sofá.
— Oi, tio Minho — O menino disse sorrindo e mostrando seus dentinhos adoráveis.
— Oi pequeno, onde está o seu pai?
— No quarto, tio.
Minho nem ao menos chegou a entrar no cômodo pois ouviu a voz de Hyunjin vindo do celular de Felix e percebeu que os dois estavam conversando e pareciam bem, pelo visto logo o Lee mais novo voltaria para casa com o filho e Minho poderia ter finalmente todo o seu apartamento para si mesmo.
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TRUFAS //Minsung
Hayran Kurgu[🍬] Onde Jisung vendia trufas no semáforo. Ou Onde Minho não tinha tempo e paciência para ficar naquele trânsito.