cabana 28

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-A cidade de Keddie, localizada no norte da Califórnia, sempre abrigou diversos viajantes em um resort que chamava atenção por sua beleza natural e pelas cabanas feitas de madeira. Muitas pessoas viam o local como ideal para o descanso e até mesmo para a criação temporária de uma família - pelo menos era o que todos pensavam antes do dia 11 abril de 1981.

Tudo começou quando Glenna Susan Sharp, mãe de John, de 15 anos, Sheila, de 14, Tina, de 12, Rick, de 10, e Greg, de cinco, se separou do marido e mudou-se para Keddie. Chegando lá, a família, que procurava por um local tranquilo, ocupou a cabine 28 do resort. Todavia, não demorou muito para que a área deixasse de ser lembrada como um paraíso, e sim como o cenário de um brutal crime.

Era mais um dia comum em Keddie. Glenna estava na cabana e esperava por seu filho, John, e sua amiga, Dana Wingate, que já estavam a caminho de casa devido à carona do jovem estudante Craig Walters. No mesmo dia, Tina estava na residência da família Seabolt para assistir televisão. Quando Sheila chegou ao local, a garota foi para casa, enquanto a mais velha passou a noite na casa dos vizinhos.

Dessa maneira, a mãe estava na cabine 28 acompanhada de John, sua amiga, Dana, e de seus filhos mais novos, Rick e Greg, além de um amigo das crianças, Justin Smartt.

Aquela noite foi marcada por um crime brutal. Na manhã do dia seguinte, Sheila retornou a sua casa e, ao entrar na cabana, encontrou os corpos de Glenna, John e Dana amarrados com arame e fita adesiva, próximos a duas facas ensanguentadas e um martelo.

Olhando ao redor, a garota percebeu que a garganta de John havia sido cortada, enquanto Dana havia sido estrangulada e apresentava ferimentos na cabeça. Já sua mãe, estava sem calça, amordaçada com sua calcinha, havia sido esfaqueada no peito e teve sua garganta cortada. Ademais, foi encontrada a coronha de uma pistola, uma parte da arma que dá estabilidade, precisão e rapidez na hora de realizar o tiro.

Mais tarde, a perícia concluiu que os três sofreram traumatismo craniano que poderiam ter sido causados por um martelo. A autópsia declarou que todos morreram devido ao trauma na cabeça e aos ferimentos causados por facas.

Todavia, a cena não era a única coisa a ser questionada, uma vez que Tina, que havia caminhado para sua casa na noite anterior, estava desaparecida, e as três crianças, Rick, Greg e Justin estavam em um quarto na mesma casa e não foram vítimas dos criminosos.

Assustada ao ver os corpos de seus entes queridos, Sheila voltou à casa dos Seabolts e contou o que havia encontrado. Foi quando James Seabolt decidiu ir à casa de Glenna para socorrer as crianças pela janela do quarto. Durante seu ato, o homem entrou na casa pelas portas do fundo para checar se mais alguém estava vivo, causando uma possível contaminação das evidências do crime.

O início da investigação

família Seabolt, com quem Sheila havia passado à noite, declarou que não tinha ouvido nenhum barulho suspeito. Porém, enquanto as autoridades buscavam por alguma pista, um casal, também morador do resort, afirmou que foi acordado às 1h30 da manhã com supostos gritos, mas não soube informar de onde o som vinha.

Ao avistar o local pela primeira vez, a polícia notou a ausência de marcas na porta, o que indicava que o criminoso - ou criminosos - havia entrado na casa sem usar a força.

Além disso, a casa estava com as luzes apagadas, o telefone encontrava-se fora do gancho e as cortinhas estavam fechadas. Ainda na procura por alguma pista, as autoridades encontraram uma impressão digital no corrimão da escada que levava até a porta dos fundos da cabana 28.

Mesmo sem descobrir muitos rastros, os policiais decidiram seguir a investigação e entrevistaram diversos suspeitos. Entre eles, estava um morador de Keddie que havia desaparecido pouco tempo após os assassinatos. Ele foi encontrado em Oregon e foi submetido a um exame detector de mentiras, mas logo foi liberado.

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