Até onde você é capaz de ir por causa de seus laços sanguíneos?
Kael Brown tinha uma única missão: se infiltrar na máfia americana e matar o capo e seu filho para que pudesse vingar seu pai e retomar a honra de sua família. Mas ele não esperava que...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Rachel Ackerman se arrependia amargamente de ter implorado aos deuses que lhe enviassem algo que a tirasse do tédio. Ser herdeira e médica da máfia fazia sua vida ser bastante movimentada, mas aquela noite, em especial, estava mais parada do que água de piscina e, como se isso não bastasse, o outro médico da máfia, que era responsável por chamadas de emergência, havia resolvido tirar férias. E agora só restava ela. Por isso, era sua obrigação atender o chamado do herdeiro americano.
Ela foi levada rapidamente ao galpão onde o herdeiro e o soldado que foram feridos estavam. Isso em menos de dez minutos. Ela saltou do veículo e adentrou o local escuro com sua pequena mala contendo os itens que usaria nos primeiros socorros.
- Brandon? - Rachel falou, chamando a atenção de Brandon.
- O senhor precisa se acalmar - a médica disse, se aproximando do corpo do soldado que tinha sua cabeça deitada no colo de Brandon e fazendo os exames padrões como verificar os batimentos cardíacos e "estudar" o ferimento externamente. - Vamos precisar levá-lo ao meu consultório, aqui não tenho nenhuma estrutura pra fazer uma cirurgia para remover a bala.
- Como queira! O que preciso fazer? - Brandon se aproximou dela, tentando raciocinar e não surtar de vez.
- Carregue-o para o carro, precisamos ser rápidos. Se não conseguirmos parar o sangramento, é melhor nem pensar no que causaria...
Prontamente Brandon faz o que a médica lhe pediu. Pegando Kael com cuidado nos braços, o levando até o carro, o acomodando no banco de trás e assumindo o volante, aguardando Rachel entrar. Logo ela estava ao seu lado, no banco do carona.
Rachel havia passado o endereço de seu consultório e Brandon pisou fundo no acelerador, indo o mais rápido que podia e chegando em fração de segundos ao local, tirando Kael do veículo e acompanhando Rachel para dentro do local.
O consultório era em um modelo padrão, como uma recepção e duas salas além de um pequeno corredor. Rachel indicou que Brandon entrasse na da direita e tirasse a roupa de Kael enquanto ela se preparava para a cirurgia.
Brandon apenas assentiu, nervoso, tirando a roupa de Kael com cuidado, ensopada de sangue, podendo ver seu ferimento ainda mais nítido. O estrago tinha sido pior do que ele imaginava, o que só o deixou ainda mais angustiado. Ele não podia perdê-lo...
- Ok, agora é comigo! - Rachel falou, entrando na sala com uma bandeja cheio de objetos de uso cirúrgico.
° ° ° °
Kael sentia que suas pálpebras pesavam uma tonelada e, por mais que se esforçasse, não conseguia abrir os olhos. Tentou mover seu corpo, para mudar de posição, mas praguejou ao sentir dor em lugares até que achava impossíveis de doer. Mas isso era um sinal de que o tiro não o tinha matado, certo?! Ele continuou tentando até finalmente conseguir abrir seus olhos e sentiu a luz branca lhe atingir como facas, o cômodo parecia exageradamente claro e o teto branco só tornava aquilo tudo pior.
