Os pais de Hermione estão esperando na escuridão quando ela irrompe pela cortina em um tapa raivoso de contas. Ela está fora e correndo antes que sua mãe possa proferir um assustado, — Hermione?
— Hermione!
Ela ouve seu pai ordenando que ela pare, mas apesar do fato de que ela estava sem fôlego no terceiro degrau, ela não consegue parar de correr de volta na direção do hotel. A fúria a está cegando, mas pior do que a fúria – porque como ele ousa, como ele ousa tentar absolvê-la – é o quanto ela quer dar meia volta e correr de volta.
Há alguém mágico naquele pequeno trailer desagradável.
Seu estômago se revira quando ela desacelera até parar antes de cruzar a estrada principal. Ela está sem fôlego, doente.
— Hermione, o que diabos? — sua mãe diz, ofegante ao alcançá-la. — Ele disse algo para te chatear? Ele te machucou?
— Não, — Hermione sussurra. — Ele é como eu. Ele é mágico, como eu.
Helen Granger dá um súbito passo para trás, e Hermione acha que vê medo nos olhos de sua mãe, medo misturado com simpatia e algo que parece um pouco com tristeza.
— Ele conhece você? — sua mãe diz, e Hermione balança a cabeça violentamente não.
— Não, ele não me conhece. Ele não sabe nada sobre mim, — ela sussurra e então há uma interrupção no trânsito, e ela sai novamente.
.
No hotel ela não fica melhor. A náusea passa e a escuridão nos cantos de sua visão, mas ela está inquieta e hostil, andando de um lado para o outro enquanto seus pais falam em voz baixa no quarto ao lado. Finalmente, ela não aguenta mais e pega um cardigã pálido e fino, jogando-o por cima de sua camiseta.
Duas batidas rápidas na porta ao lado trazem silêncio do outro lado.
— Eu vou sair —, ela chama.
— Amor, — sua mãe diz finalmente. — Você não vai sair procurando...
— Não. Eu não estou procurando por Santiago, — ela diz, e fecha a porta atrás dela.
Ela sabe quem está procurando, embora não se permita saber. É impossível e louco. Talvez os eventos de hoje tenham perturbado sua mente. Porque o mago que ela procura está morto. Ela observou a luz deixar seus olhos; ela ficou parada e não fez nada enquanto ele morria, e nada vai mudar isso. Certamente não o perdão de algum maldito médium de praia. Um mago — sua mente insiste — um maldito médium de praia mágico. Mas não faz diferença se ele é um mago ou não, porque isso não muda nada. Ela não pode voltar e mudar o que não fez, e espiar pelas janelas sujas procurando por um homem morto é pior do que insensato.
É só que eles falaram dele, que ela o viu novamente hoje, fresco em suas próprias memórias, ela diz a si mesma. Essa é a única razão.
Mas ela não consegue parar de olhar, pressionando o rosto contra as janelas sujas, os olhos se esforçando contra a escuridão, e quando ela finalmente o vê, comprido e enrolado em seu banco em um lugar de aparência decadente chamado The Sandbar, seu coração grita sim antes que ela possa dizer a si mesma que ela perdeu a cabeça completamente. Ela abre a porta.
A sala está cheia de fumaça e dominada por um bar comprido e sujo. Ela está vagamente ciente de que há outras pessoas na sala que se viraram ao som da porta se abrindo, mas tudo o que ela vê são mãos de aranha familiares repousando sobre madeira escura.
Ele olha para cima e acena com a cabeça como se estivesse esperando por ela, e de repente ela fica apavorada. Porque não é Santiago o fraudador do bar, o cabelo preto enrolado em caracóis; é Snape. Ela se sente alternadamente pálida e corada, e nenhuma palavra sai de seus lábios. Ela simplesmente fica ali, olhando para ele.
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Dark Santiago | Sevmione
FanfictionMundos mágicos e trouxas colidem quando dois sobreviventes deslocados da segunda guerra se encontram em um lugar improvável. [Tradução autorizada de Dark Santiago de Lariope. Não permito a repostagem da minha tradução]