Parte III

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— Uma esfinge? — Sam perguntou cético — Nós temos alguns livros que falam sobre, não tem nada sobre decapitações ou escritas nas paredes... Pelo contrário, elas são sinal de boa sorte e geralmente guardam tesouros. Sempre imaginei que elas devessem viver em museus ou algo do tipo.

— Na verdade, Dean pode estar certo — Castiel murmurou sem olhar o namorado, ele pegou uma das fotos de uma das cenas de crime e pareceu analisar — Explica os hieróglifos nas paredes. A tradução que eu e Rowena fizemos soa arcaica o suficiente para isso.

— E esfinges não estão só nos mitos egípcios — O Winchester mais velho comentou, atraindo os olhares para si — Eu não sou um completo idiota! Elas devoravam semideuses lá na Grécia, ou algo do tipo, eu lembro de ter lido algo sobre isso...

— Surpreendentemente — Crowley começou — Dean está certo.

— Agora que já sabemos o que é, como derrotamos? — O loiro perguntou se sentando no sofá e lançando olhares vez ou outra para Cas, ele queria pedir desculpas, mas o moreno sequer o olhava por mais que um segundo além do necessário.

— Que tal você usar sua cabeça dura para matá-la? — O rei demônio sugeriu, conseguindo arrancar uma risadinha de Sam.

— Cala a boca, Crowley — O Winchester mais velho resmungou.

— Que tal isso? — Castiel perguntou mostrando sua espada, Crowley ergueu as sobrancelhas como se parecesse uma boa ideia.

— Não tem nenhum indício de como derrotarmos isso nos livros — Sam bufou — Eu vou procurar mais, mas... Esfinges não deveriam ser do mal.

— Vai ver ela pirou — Dean sugeriu e fez um sinal com a mão indicando que ela poderia ter um parafuso a menos — Além do mais, não é porque você gosta de história egípcia que tem que adotar seus monstrinhos favoritos.

— Eu não estou... — Antes que Sam pudesse repreender o irmão, Cas pigarreou e lançou um olhar gélido ao caçador mais velho. Dean engoliu em seco percebendo que o anjo havia se colocado no mesmo lugar dos "monstrinhos".

— Temos algumas poucas horas, vamos achar algo que ajude — disse encerrando o assunto.

Depois disso cada um voltou para sua função: Sam retomou os estudos dos livros da biblioteca dos homens de letras; Crowley continuou fazendo comentários sarcásticos sobre a busca do mais alto; Dean traçou um mapa do local onde encontraria a esfinge e, no tempo restante, tentou encontrar uma brecha para conversar com seu namorado a sós. A verdade é que ninguém conseguia se concentrar muito bem com aquela tensão no ar, por isso, quando Castiel avisou que iria tomar ar fresco e Dean saiu logo atrás dele, os outros dois respiraram aliviados.

— Eu vim por um filme de ação, mas acho que vou ter que me contentar com uma comédia romântica ruim — O demônio falou buscando um copo. Sam o julgou com os olhos ao perceber as intenções de Crowley com aquilo, não que o rei do inferno tenha se importado, ele simplesmente encostou o objeto de vidro na porta para poder escutar melhor a briga do casal.

— Você não tem poderes demoníacos para isso? — Sammy questionou sem saber se achava graça da situação ou se deveria ficar preocupado.

— E mesmo assim o vidro ajuda como um amplificador, agora fique quieto! Está na melhor parte.

~~~

— O que você quer, Dean? — O anjo perguntou calmo, seus olhos estavam fixos no céu claro. O loiro torceu as mãos.

— Cas, eu... — O Winchester expirou o ar como se estivesse com dificuldades para se manter despreocupado, a verdade é que ele estava tenso por tudo que estava acontecendo entre ele e Castiel — Eu não queria...

Screaming and fighting - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora