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O encontro com os comensais fez com que Regulus ficasse distante e pensativo. Uma semana havia passado do ocorrido, mas ainda estava com ele em sua mente.
Passava a maior parte do tempo em seu quarto, analisando suas opções acerca de alguns assuntos. Quando se encontrava com os outros, era apenas quando faziam suas refeições, as quais se passavam em completo silêncio.
Insônia estava sendo uma grande companheira e naquela noite em específico o sonserino pensava sobre Harry.
Não sabia se iria, de fato, participar da infância do garoto. Queria ver seus primeiros passos, ouvir as primeiras palavras que falaria, acompanhar o seu crescimento, o dar conselhos sobre alguns assuntos e poder ser alguém na vida dele. Alguém que o pequeno Potter pudesse confiar.
O Black sabia que no antigo destino do menino de ouro, ele era apenas pressionado a fazer os desejos dos mais velhos, não sendo levado em consideração aquilo que ele queria. Uma vida marcada apenas por lutas e dores.
Agora com seus pais vivos e seus padrinhos presentes, desejava profundamente que ele tivesse uma boa vida. Aproveitando sua infância, adolescência, juventude e vida adulta da maneira que deve ser.
Harry merece ser feliz.
Um suspiro saiu por seus lábios ao se lembrar do que aconteceria para que isso fosse possível. Era como se fosse uma história trouxa em que um sacrifício resolvia tudo.
Não estava com medo de enfrentar o Lorde, até porque não necessitaria de um duelo. Ele apenas iria o exterminar do mundo, em questão de segundos. O problema era a situação que sucederá.
Regulus não possuia muitas opções, era isso ou ter que dividir seu poder com uma segunda pessoa. Compartilhando entre si não somente a magia mas também sentimentos, principalmente os ruins. A união viria da dor e mesmo que não soubesse quem era a ajuda que a profecia menciona, não a queria.
Preferia a morrer a compartilhar seus piores momentos com alguém, literalmente.
As tormentas seriam descobertas por essa pessoa e não desejava a seu pior inimigo ser forçado a assistir os anos de pura agonia e dor que ele passou. Não poderia ir com a segunda opção, por mais tentadora que ela lhe parecesse.
Em sua mente veio a imagem de James com os olhos brilhando em lágrimas, após esse assunto ser mencionado. Se sentia fraco e estúpido por ter deixado que eles descobrissem que era necessária a sua morte para cumprir seu papel e matar Voldemort.
O sonserino e o grifinório estavam envolvidos de uma forma que Regulus não sabia como acabar, se é que poderia fazer isso.
Era um idiota que era apaixonado pelo melhor amigo do seu irmão, nos tempos em Hogwarts. O pior de tudo é que mesmo trancado a sete chaves, o sentimento permanecia.
