Capítulo 8

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Ivy

O tigre vira numa entrada entre duas rochas enormes e eu tenho que me abaixar para não bater a cabeça. Se não fosse o calor dele, eu já teria partido dessa para uma melhor. Apesar do clima estar esquentando lentamente ainda estava frio pra porra. Erick entra ainda mais fundo na caverna até chegar a vários túneis escavados. Lá dentro era mais quente e eu já começava a sorrir pensando na água termal.

Não tinha mais nada que eu queria agora do que um banho decente, chega de água fria, chega de tomar banho no rio e em mini cachoeiras.

Ergo uma mão e com um estalar de dedos uma chama acende na palma da minha mão. Os corredores eram enormes e assim que viramos no último, meu queixo cai.

O lugar era simplesmente enorme e muito bonito por sinal. Piscinas naturais enormes e azuis escondidas sob uma montanha, tinha até uma fonte correndo entre as rochas e renovava a água. O teto era alto e eu conseguia até ver uma fina fumaça de vapor formando uma sauna natural.

Eu nunca tinha ido numa sauna, só tinha ouvido falar e era melhor do que eu imaginava. Isso não era totalmente natural, tinha que ser obra de pessoas também.

Erick para e eu desço de suas costas, largando a toalha no chão e correndo até a fonte mais próxima.

Dou um mergulho de canhão e me deixo ser abraçada pela água escaldante.

Ai cacete, que delícia.

— Aí, Tigrão, eu não botava muita fé em você mas, porra... — apoio-me na borda de pedra polida da piscina. — Isso era exatamente o que eu precisava.

Rio sozinha. Se um dia eu fui triste não lembro.

Erick não estava mais em lugar nenhum a vista, então eu decido apenas recostar a cabeça na borda e aproveitar o meu momento. Ele ia aparecer alguma hora.

— Achei que estaria com fome.

Olho pro alto e Erick joga uma mochila perto de mim.

Eu a abro imediatamente. Água quente e comida... Acho que morri e realmente fui pro céu.

Quem disse que uma vida de crime e patifaria não compensa? Assim que a abro vejo mais provisões do que as que eu tinha pensado em trazer comigo antes de sair fugida da alcatéia.

— Cacete, tem comida aqui pro ano todo — viro-me em sua direção e ele já estava na água do outro lado da piscina. Pego um embrulho sem nem saber o que era e um suspiro de puro prazer escapa ao sentir o gosto de algo extremamente divino que eu não fazia ideia do que era.

— Quando você pretendia contar isso pra mim? — pergunto boba com sua atitude.

— Escondi essas coisas aqui pra não ter que levá-las comigo, iriam me atrasar.

— E pra onde você estava indo? Magnoria Falls?

— Sim.

— Para quê? Lá só tem gente esnobe ou gente passando fome, nunca me contou o que estava fazendo lá — eu, definitivamente, não entendia.

— Estava indo pra alcateia. Sim, notícias chegaram que as coisas não estavam indo bem lá e eu estava indo ver se podia fazer algo pra ajudar.

— Por que você? Por que se incomodar?

— Se eu não fosse, ninguém mais ia tentar.

— Como sabia que estávamos com fome? Porque você foi...

— Era a alcateia dela.

— Quem? — pergunto confusa, mas logo entendo de quem ele falava — Ah sim, foi mal... Qual era o nome dela?

Pergunto mais na esperança dele continuar conversando comigo, vai ver eu até conhecia ela.

— Lyanna — ele diz cabisbaixo.

Não conheço.

— E como sabia da alcateia? — mudo de assunto antes que ele se fechasse completamente de novo.

— Lobos fugindo de lá chegaram no meu território, vocês estavam passando fome de propósito.

— Quê?

— O seu Supremo ordenou que a alcateia fosse isolada e cortou o suprimento de comida. Aparentemente alguém disse a ele que a companheira dele era daquela alcateia também, mas nunca foi encontrada. Ele fez isso pra se vingar, achou que alguém estava escondendo ela.

Termino de comer enquanto absorvo a informação. Sempre soube que o Supremo era um cuzão, mas isso foi longe demais

— Pelo menos não temos mais que nos preocupar com aquele filho da puta, né? — tento animar um pouco o clima.

Erick recosta a cabeça na borda e olha pro teto. Ele mantinha distância e eu não sabia o porquê. Espero até que ele feche os olhos e me aproximo, apoiando-me na borda indo até ele devagar. Só nos meus sonhos mais malucos eu estaria nua numa piscina com um cara tão bonito quanto ele e não tentaria tirar vantagem da situação.

De repente, tenho uma ideia. Ele me mataria depois que eu fizesse, mas, quem liga?

Chego mais perto, mais perto. Estou a meio metro de distância dele quando enterro meu braço na piscina e jogo água bem na cara dele. Ao contrário do que eu esperava, Erick não vem furioso na minha direção. Aparentemente o assunto o deixou cabisbaixo de verdade, eu quase peço desculpas quando sinto um jato de água na minha cara também.

Ele mergulha e eu grito. Meu nado desesperado mal sai do lugar e ele ressurge na minha frente agarrando minha cintura.

— Aonde pensa que vai?

Ele cola nossos corpos. Pela primeira vez em anos me sinto nervosa com a proximidade e intensamente excitada como se estivesse prestes a perder a virgindade, o jeito que ele abocanha meu pescoço me deixa a flor da pele, o contato de sua língua sugando as gotas de água fazia o cabelo na minha nuca se eriçar.

Erick atinge meu ponto fraco em cheio, puxando meu cabelo e forçando minha cabeça pra trás, dando livre acesso a ele. Não consigo conter os gemidos involuntários que correspondiam a cada movimento de sua língua, nem ao menos tenho a intenção de fazê-lo. Ergo as mãos para tocar seu abdômen e costas, mas ele segura minhas mãos e as põe nas minhas costas, eu as mantenho ali, temendo que ele parasse.

Tento me livrar de seu aperto, ávida para beijá-lo, para que ele continuasse o que estava fazendo em outro lugar, mas ele puxa meu cabelo ainda mais.

— Você só vai sair daqui quando eu quiser — seu tom era de ameaça. Eu solto um grunhido baixo em resposta, ele gostava de mandar em todos os sentidos e não apenas pra tentar me manter viva.

Erick morde minha orelha e eu rio sem fôlego, sentindo um tesão inexplicável por ele. Atendendo aos meus anseios silenciosos, ele afrouxa o aperto no meu cabelo e me beija com vontade. Fico entorpecida com o ato, meu corpo arrepia e eu aperto as coxas tentando apaziguar a excitação ardendo entre minhas pernas. Erick me põe contra a borda da piscina, a mão firme ao redor do meu pescoço e a outra na minha cintura, descendo lentamente em direção a minha bunda.

Quando seu pau chega a roçar contra mim eu não resisto e solto minhas mãos para tocá-lo. Erick morde meus lábios quando começo a acariciá-lo.

— Você gosta de provocar, não é?

— Ainda tem dúvidas? — devolvo com um sorriso convencido.

— Ainda tem dúvidas? — devolvo com um sorriso convencido

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A Protegida do TigreOnde histórias criam vida. Descubra agora