Ivy
O tigre vira numa entrada entre duas rochas enormes e eu tenho que me abaixar para não bater a cabeça. Se não fosse o calor dele, eu já teria partido dessa para uma melhor. Apesar do clima estar esquentando lentamente ainda estava frio pra porra. Erick entra ainda mais fundo na caverna até chegar a vários túneis escavados. Lá dentro era mais quente e eu já começava a sorrir pensando na água termal.
Não tinha mais nada que eu queria agora do que um banho decente, chega de água fria, chega de tomar banho no rio e em mini cachoeiras.
Ergo uma mão e com um estalar de dedos uma chama acende na palma da minha mão. Os corredores eram enormes e assim que viramos no último, meu queixo cai.
O lugar era simplesmente enorme e muito bonito por sinal. Piscinas naturais enormes e azuis escondidas sob uma montanha, tinha até uma fonte correndo entre as rochas e renovava a água. O teto era alto e eu conseguia até ver uma fina fumaça de vapor formando uma sauna natural.
Eu nunca tinha ido numa sauna, só tinha ouvido falar e era melhor do que eu imaginava. Isso não era totalmente natural, tinha que ser obra de pessoas também.
Erick para e eu desço de suas costas, largando a toalha no chão e correndo até a fonte mais próxima.
Dou um mergulho de canhão e me deixo ser abraçada pela água escaldante.
Ai cacete, que delícia.
— Aí, Tigrão, eu não botava muita fé em você mas, porra... — apoio-me na borda de pedra polida da piscina. — Isso era exatamente o que eu precisava.
Rio sozinha. Se um dia eu fui triste não lembro.
Erick não estava mais em lugar nenhum a vista, então eu decido apenas recostar a cabeça na borda e aproveitar o meu momento. Ele ia aparecer alguma hora.
— Achei que estaria com fome.
Olho pro alto e Erick joga uma mochila perto de mim.
Eu a abro imediatamente. Água quente e comida... Acho que morri e realmente fui pro céu.
Quem disse que uma vida de crime e patifaria não compensa? Assim que a abro vejo mais provisões do que as que eu tinha pensado em trazer comigo antes de sair fugida da alcatéia.
— Cacete, tem comida aqui pro ano todo — viro-me em sua direção e ele já estava na água do outro lado da piscina. Pego um embrulho sem nem saber o que era e um suspiro de puro prazer escapa ao sentir o gosto de algo extremamente divino que eu não fazia ideia do que era.
— Quando você pretendia contar isso pra mim? — pergunto boba com sua atitude.
— Escondi essas coisas aqui pra não ter que levá-las comigo, iriam me atrasar.
— E pra onde você estava indo? Magnoria Falls?
— Sim.
— Para quê? Lá só tem gente esnobe ou gente passando fome, nunca me contou o que estava fazendo lá — eu, definitivamente, não entendia.
— Estava indo pra alcateia. Sim, notícias chegaram que as coisas não estavam indo bem lá e eu estava indo ver se podia fazer algo pra ajudar.
— Por que você? Por que se incomodar?
— Se eu não fosse, ninguém mais ia tentar.
— Como sabia que estávamos com fome? Porque você foi...
— Era a alcateia dela.
— Quem? — pergunto confusa, mas logo entendo de quem ele falava — Ah sim, foi mal... Qual era o nome dela?
Pergunto mais na esperança dele continuar conversando comigo, vai ver eu até conhecia ela.
— Lyanna — ele diz cabisbaixo.
Não conheço.
— E como sabia da alcateia? — mudo de assunto antes que ele se fechasse completamente de novo.
— Lobos fugindo de lá chegaram no meu território, vocês estavam passando fome de propósito.
— Quê?
— O seu Supremo ordenou que a alcateia fosse isolada e cortou o suprimento de comida. Aparentemente alguém disse a ele que a companheira dele era daquela alcateia também, mas nunca foi encontrada. Ele fez isso pra se vingar, achou que alguém estava escondendo ela.
Termino de comer enquanto absorvo a informação. Sempre soube que o Supremo era um cuzão, mas isso foi longe demais
— Pelo menos não temos mais que nos preocupar com aquele filho da puta, né? — tento animar um pouco o clima.
Erick recosta a cabeça na borda e olha pro teto. Ele mantinha distância e eu não sabia o porquê. Espero até que ele feche os olhos e me aproximo, apoiando-me na borda indo até ele devagar. Só nos meus sonhos mais malucos eu estaria nua numa piscina com um cara tão bonito quanto ele e não tentaria tirar vantagem da situação.
De repente, tenho uma ideia. Ele me mataria depois que eu fizesse, mas, quem liga?
Chego mais perto, mais perto. Estou a meio metro de distância dele quando enterro meu braço na piscina e jogo água bem na cara dele. Ao contrário do que eu esperava, Erick não vem furioso na minha direção. Aparentemente o assunto o deixou cabisbaixo de verdade, eu quase peço desculpas quando sinto um jato de água na minha cara também.
Ele mergulha e eu grito. Meu nado desesperado mal sai do lugar e ele ressurge na minha frente agarrando minha cintura.
— Aonde pensa que vai?
Ele cola nossos corpos. Pela primeira vez em anos me sinto nervosa com a proximidade e intensamente excitada como se estivesse prestes a perder a virgindade, o jeito que ele abocanha meu pescoço me deixa a flor da pele, o contato de sua língua sugando as gotas de água fazia o cabelo na minha nuca se eriçar.
Erick atinge meu ponto fraco em cheio, puxando meu cabelo e forçando minha cabeça pra trás, dando livre acesso a ele. Não consigo conter os gemidos involuntários que correspondiam a cada movimento de sua língua, nem ao menos tenho a intenção de fazê-lo. Ergo as mãos para tocar seu abdômen e costas, mas ele segura minhas mãos e as põe nas minhas costas, eu as mantenho ali, temendo que ele parasse.
Tento me livrar de seu aperto, ávida para beijá-lo, para que ele continuasse o que estava fazendo em outro lugar, mas ele puxa meu cabelo ainda mais.
— Você só vai sair daqui quando eu quiser — seu tom era de ameaça. Eu solto um grunhido baixo em resposta, ele gostava de mandar em todos os sentidos e não apenas pra tentar me manter viva.
Erick morde minha orelha e eu rio sem fôlego, sentindo um tesão inexplicável por ele. Atendendo aos meus anseios silenciosos, ele afrouxa o aperto no meu cabelo e me beija com vontade. Fico entorpecida com o ato, meu corpo arrepia e eu aperto as coxas tentando apaziguar a excitação ardendo entre minhas pernas. Erick me põe contra a borda da piscina, a mão firme ao redor do meu pescoço e a outra na minha cintura, descendo lentamente em direção a minha bunda.
Quando seu pau chega a roçar contra mim eu não resisto e solto minhas mãos para tocá-lo. Erick morde meus lábios quando começo a acariciá-lo.
— Você gosta de provocar, não é?
— Ainda tem dúvidas? — devolvo com um sorriso convencido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Protegida do Tigre
Romansa🏆 História ganhadora do concurso Zueira Não Ganhei Porra Nenhuma 🏆 #1 Lugar em absolutamente lugar nenhum 🔥 Tá passada (o)? Se continuar lendo esse livro eu prometo que você pode esperar mais abobrinhas como essa 😌 E vamos de sinopse: Faminta...