capítulo 4

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— Liam — irrompeu minha mãe, sacudindo - me até que eu acordasse.

Ela acendeu a luz, ofuscado minha visão, e tive que esfregar os olhos para me adaptar.

— acorde, Liam. Tenho uma proposta para você

Olhei para o despertador: eram sete e pouco da manhã.

Cinco horas de sono

— dormir mais? — balbuciei

— não, querido. Sente-se. Temos um assunto serio para discutir.

Fiz um esforço enorme para me sentar. Minhas roupas estavam amassadas e meus cabelos se rebelavam para todos os lados. Minha mãe batia palmas como se isso fosse acelerar o processo.

— Vamos, Liam. Preciso falar com você.

Eu me espreguiçei duas vezes.

— o que é? — perguntei

— você precisa se inscrever na seleção. Acho que daria um príncipe excelente.

Era cedo demais para aquilo.

— Mãe, serio, eu... — suspirei enquanto lembrava minha promessa a Brett na noite anterior de que ia pelo menos tentar. Mas, agora, à luz do dia, não estava muito certo de que queria me submeter a aquilo.

– Sei que você é contra, mas pensei em um acordo para você mudar de ideia.

Apurei os ouvidos. O que ela tinha a oferecer?

— Seu pai e eu conversamos ontem e decidimos que você já está maduro o bastante para trabalhar sozinho. Você toca piano tão bem quanto eu, e com um pouco de esforço vai ficar perfeito no violino. E sua voz... bem, se você quer minha opinião, não a melhor na Província.

Sorri, um pouco grogue de sono:

— obrigado, mãe. De verdade.

Acontece que eu não dava tanta importância a trabalhar sozinho. Não entendia como isso seria um incentivo.

— mas não e só isso. Você pode pegar seus próprios trabalhos, ir sozinho e... ficar com metade do que você ganhar — ela disse, meio que fazendo uma careta.

Arregalei os olhos.

— mas só se você participar da seleção.

Minha mãe sorriu. Ela sabia que assim me ganharia, embora eu achasse que ela esperava um pouco mais de resistência da minha parte. Mas como eu poderia resistir? Eu já ia me inscrever mesmo, e ela dava a chance de eu ganhar um pouco de dinheiro só para mim!

— você sabe que o máximo que posso fazer é  me inscrever, certo? Não tem como garantir que eles me sorteiem.

— eu se, mas não custa tenta.

— nosaa, mãe... — balancei a cabeça, ainda chocado. —  Tudo bem. Preencho hoje o formulário.  É sério o negócio do dinheiro?

— claro que é. Cedo ou tarde você ia trabalhar sozinho mesmo. E vai ser bom para você ser responsável por seu próprio dinheiro. Só não se esqueça da família. Ainda precisamos de você.

— claro, mãe. Como esquecer todas as broncas?

Dei uma piscadinha e ela riu. O que estava feito.

Tomei um banho rápido e tenta digerir tudo que tinha acontecido em menos de vinte quatro horas.

Depois de preencher formulário, levei ele até minha mãe.

— você fez mesmo — May perguntou animada e eu concordei com a cabeça

Acenei com a cabeça e olhei minha mãe, acenado com a cabeça e seguimos até o departamento de serviços Provinciais para entregamos o papel. E era definitivo eu estava concorrendo para a seleção.

Uma semana depois eu convenci Brett a vir a casa da árvore e arrumei o melhor jantar que pude para ele mas as coisas saíram pior que eu imaginava e acabei ganhando um coração partido e muita vontade de ir para o mais longe possível dele e tudo que envolvia meu ex - namorado  e nada melhor que ser sorteado para realizar isso.

Dois dias depois do término, eu estava sentando com minha família assistindo o sorteio e comentando sobre os selecionados.

— senhor Josh Stoles, de Hasnport, Três. — Peter disse sorrindo para a câmera e a foto de um garoto delicado com pele de porcelana apareceu na tv. E Theo parecia animado.

— senhor Trevor Keeper, de Waverly, Quatro.

Um garoto sardento. Ele parecia mais velho, mais maduro. Theo cochichou algo com o rei.

— senhor Jackson Castley, de Paloma, Três.

Era um moreno de olhos flamejantes. Talvez tivesse a minha idade, mas parecia mais... vivida.

Virei para minha mãe no sofá:

— ela não parece um pouco...

— Liam Dunbar, de Beacon Hills, Cinco.

Voltei meus olhos para a tv. Lá estava minha foto, tirada antes de descobrir que Brett queria uma vida comigo e guardava dinheiro para nosso casamento. Eu parecia radiante, esperançoso, lindo. Dava para notar que eu estava apaixonado
E algum imbecil achou que era pelo príncipe Theo.

Minha mãe  e May gritaram como nunca na vida. Gerad se empolgou também jogando a pipoca no chão.

Perdi a expressão no rosto do Theo.

O telefone tocou e não parou até  eu ir direto para o Palácio no dia seguinte.

a seleção versão thiamOnde histórias criam vida. Descubra agora