"Deixe-me te iludir e brincar com você.
Sim querida, deixe-me apossar de sua
mente e seu corpo enquanto degusto
sua alma." - Queen the Vampire
Unsainted
InUmano
O sorriso no entanto se alargou como se sentisse o cheiro que ainda emanava de ti e uma gota pingou de seus lábios e certeira caiu sobre seu ombro desnudo ainda quente e com cheiro forte de ferro.
Seus olhos se arregalaram sentindo um certo desespero tomar conta de si com uma rapidez inimaginável, sua boca aos poucos se tornou seca conforme a surdez momentânea causada pelo excesso de adrenalina produzida induzia o seu corpo ao retardo no qual fazia seu coração parecer um tambor onde sua única função era ouvir as batidas cada vez mais altas além de sua própria respiração, seus olhos desviaram para as gotas vermelhas em seu ombro e mesmo que seu instinto de sobrevivência gritasse para correr, para não olhar pra cima, você o fez. Pior do que encontrar algo era ter a certeza de que era observada e não fazer a menor ideia da criatura que estava a seu encalço, o medo percorria cada centímetro do seu corpo conforme se arrastava da cama sentindo as pernas tremerem de leve e por fim uma brisa que não fazia a menor ideia de onde vinha, sentia como se acariciasse seus fios e dedilhasse seu corpo como um violão mas sem encostar em você, procurou pela bolsa e não encontrou e seu celular também não estava em lugar algum, seus passos foram lentos sentindo a madeira ranger abaixo de ti e quando finalmente chegou onde parecia ser uma porta a abrindo lentamente sentiu um inspirar alto e algo tocar em seu ombro além do hálito quente esquentando seus ouvidos e as palavras que te fizeram praticamente hiperventilar:
-- Corre.
No automático não se importando mais em fazer barulho desceu o que pareciam ser as escadas correu tanto que sentiu estar ainda mais perdida, principalmente quando as risadas começaram a ecoar no andar de cima, seu corpo estava desgastado e fraco e você não compreendia como ou o por quê. No entanto, sentia que estava correndo por sua vida, achando que a sua frente naquele breu estava a saída tentou içar o que jurou ser uma porta e no fim sentiu um tranco na cintura desmaiando com a pressão em seu pescoço torcendo que tal cenário fosse um pesadelo que que acordasse logo.
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Seu corpo se debatia sobre os lençóis, dos seus lábios saiam as palavras não, por-favor, me deixe ir embora e por fim quando despertou em um grito sentando na cama e respirando fundo senti as lágrimas correndo por seu belo rosto enquanto o medo tomava conta de seus olhos, ainda desacreditada se pôs de pé e caçou a luz e ao acender se deparou com seu próprio quarto. O coração acelerou e a mente nublou tão rapidamente que precisou se apoiar, estava fraca e sem entender como um pesadelo pode ser tão... Real.
Se arrastando para o banheiro ligou as luzes, na verdade repetiu esse processo pela casa toda e agora de frente para o espelho do banheiro com a torneira aberta lavava o rosto, ao fechar os olhos flashes de um sorriso branco com presas afiadas vinha a sua memória e apenas isso e ao levantar e olhar no espelho teve a certeza de que estava alucinando, via um loiro de olhos arco-íris te olhando da porta, mas ao virar o rosto em busca dele nada.
Assim trancou a porta e tirou as roupas conferindo em como o corpo estava normal, mas cansado do que deveria.
-- Será que me doparam naquela boate? Mas como vim parar em casa? -- Adentrou a ducha fria lavando bem os cabelos tentando recordar de algo que lhe garantisse mais clareza, porém sua última memória sã era de estar a espera do uber para ir para casa, ao sair do chuveiro ainda enrolada na toalha chegou o telefone e as mensagens do aplicativo:
"Cheguei bem amiga. Vê se não perde a hora."
Não se lembrava de ter enviado tal mensagem e muito menos saberia lidar com o que leu depois.
"Parece que se enturmou bem. Nos vemos no trabalho."
Abaixo uma foto sua agarrada a um loiro na porta da boate, ele com o rosto enfiado em seu pescoço e suas mãos no peitoral dele e seus olhos fechados.
-- Mas que porra é essa? Eu fiquei com alguém? Eu? Sn, peguei alguém na balada?
Comentou por alto sentindo a cabeça rodar, afinal não fazia parte de você se divertir desse jeito e na primeira saída já garantiu um contato?
Respirou fundo e decidiu que seus pensamentos fluiriam melhor depois de se alimentar e estava tão absorta que não percebeu ou sequer sentiu que haviam dois furos na parte interna de sua coxa e talvez, só talvez se tivesse sentindo compreenderia o que estava acontecendo.
A comida em sua boca parecia sem sabor enquanto tudo ainda estava obsoleto. Apesar da sua vontade ser correr para a cafeteria e pergunta o que Ayla sabia/recordava, existia o seu lado intuitivo que te mandava ficar em casa e assim você o fez. Mandou uma mensagem para Ayla pedindo que a cobrisse no trabalho e deixando claro que compensaria no dia seguinte
Se desvinculando do celular passou o restante das horas antes de dormir assistindo séries e se alimentando como se seu corpo não visse comida há séculos.
O relógio marcou 23:30hs em ponto quando uma sensação aterradora tomou posse de seu corpo e você em plena faculdades mentais o atribuiu ao fato da série ter cenas deveras assustadoras e assim limpou toda a bagunça se certificou de que as portas e janelas estavam trancadas e por fim se deitou apagando com tanta facilidade em sua cama que mais uma vez constatou que o pesadelo da noite anterior acabou com você.
Ledo engano, ele estava apenas começando e a prova viva disso eram os orbes arco-íris a espera do seu sonhar, para se apossar de seu sangue sem saber que assim caminhava em direção a própria ruína.
Why won't you die?
Your blood in mine
We'll be fine
Then your body will be minePor que você não morre?
Seu sangue no meu
Nós ficaremos bem
Então seu corpo será meu
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𝗨𝗻𝘀𝗮𝗶𝗻𝘁𝗲𝗱 | 𝗗𝗼𝘂𝗺𝗮 (concluída)
Vampiri𝗨𝗻𝘀𝗮𝗶𝗻𝘁𝗲𝗱 - 𝗜𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲 𝗗𝗼𝘂𝗺𝗮| Seu cheiro era o melhor dos afrodisíacos; Seu sangue o vinho mais doce e saboroso; Seu corpo a maior das faturas; E seus gemidos a melhor das músicas. Não permito adaptações de nada do que escrevo. 𝗨�...