Gatinho manhoso, grr. 🐅

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- Grr... - ronronou alto minha panterinha, enquanto eu acariciava suas orelhas negras, me assustando.

- Minha esmeralda, não me assuste, por favor, sim? - eu sussurrei ao mesmo tempo que botava minha mão no coração, abalado pelo susto.

Jungkook me olhou como se estivesse pedindo desculpas, deu-me um olhar esverdeado de cãozinho abandonado quando notou que minhas carícias tinham acabado porque estava focado no susto que levei.

- Ah, quer suas carícias de volta, não é, gatinho? - o lancei um sorriso cúmplice e me levantei para abracá-lo, a pantera que eu apelidei carinhosamente de gatinho era um animal enorme, daria facilmente dois de mim.

Jun delirava com os carinhos que eu fazia nele, estava em paz, sem caos, sem barulho, apenas minha respiração ricocheteando em seu grande pescoço, pela posição que estávamos.

Eu acariciava e mimava muito o gatinho híbrido que eu sabia que lutara em demasia pela própria sobrevivência, humanos são tão cruéis...

Meu pantera híbrido era fugitivo de experimentos de guerra e dela própria, um sobrevivente nato. O governo sabia de sua existência, eles o viam como um herói por ter lutado pelo próprio país em conflitos com potências ocidentais e, até mesmo, orientais.

Eu também o via como meu herói mas, além disso, como meu poço de amor.

Jeon Jungkook era o ser que eu mais amava em todo o universo, e eu tinha noção disso. Todo o meu amor era concentrado em uma única criatura: Jun.

Eu o amava infinitamente, em escalas maiores do que a própria ciência poderia medir.

Amava meu gatinho arisco.

Fui desperto de meus pensamentos com os rugidinhos de resmungo que vieram de meu pantera.

- Vamos, minha esmeralda, volte à sua forma humana, okay? - ouvi ele ronronar e se levantar preguiçoso, estávamos sentados no tapete felpudo de nossa sala de estar.

Vi o corpo humano aparecer em minha frente, nu, vi seu torço e braços fortes por genética e exercícios, seus olhos verdes atraentes, a pele amorenada e os cabelos cumpridinhos em tom escuro.

- Vá tomar um banho e se vestir, amor, irei fazer algo sustentável para ti. - disse a ele e dei um sorriso compreensível, ele veio até mim para me beijar em agradecimento.

- Tudo bem, paixão. - me respondeu em um sussurro por estar pertinho de mim, com sua voz rouquinha, me lançou um sorriso enorme repleto de dentinhos grandinhos, meu garoto dentuço.

O observei subir até nosso quarto para se arrumar para comer. Só quando ouvi o chuveiro ser ligado comecei a preparar nosso jantar.

Minha comida geralmente era algo focado mais em saladas e suplementos básicos.

Já a de Jungkook era diferente, eu também focava em seus suplementos básicos, mas a única divergência é que os meus suplementos básicos e os dele são diferentes, enquanto em minha alimentação eu focava em saladas, grãos e coisas do tipo, na dele eu focava em carne. Bastante carne.

Qual é, minha esmeralda é uma pantera imensa, ele precisa de carne, isso é um fato.

Já estava terminando de temperar seus bifes, quando o vi descer.

Ele estava bonito, como sempre, trajado apenas com uma calça moletom de cor vermelha e com seus fios bagunçados.

O vi caminhar até mim e me abraçar por trás me dando beijinhos no pescoço, me encolhi em cócegas e ri.

- C-coração, pare, por f-favor. - falei para ele me encolhendo sem parar, estava gargalhando.

- Mas o quê foi? Amor, não estou fazendo nada, ué. - ele disse intensificando as cócegas.

- Meu santo Deus de Israel, Jungkook, irei desmaiar! - já estava prestes a me desmontar no chão, apenas não cai porque ele me segurava.

Mas eu esqueci de uma coisa, Jungkook, por ser uma pantera, era muitíssimo protetor, tipo, muito mesmo.

Senti a vibração em minha cintura parar na mesma hora em que falei, ele me virou para si, me checou de cima a baixo, de lado para o outro até dizer em um tom grave, potente e sério, muito sério:

- Paixão, você está bem?

- Minha esmeralda, era uma metáfora, amor, eu não desmaiaria, estava apenas um pouco desesperado pelas cosquinhas, não se preocupe, sim? - disse rapidamente para ele se acalmar, quando Jungkook tem seus piques de super proteção comigo eu tento o acalmar o mais rápido possível, não é bom ver uma pantera estressada por preocupação...

- Tem certeza? Não brinque com minha sanidade de proteção, Park... - ele me disse ainda sério, ele estava com o maxilar trincado, isso significa que ele quase surtou quando disse que ia desmaiar.

- Me desculpe, Jun, eu esqueço de sua super proteção e o quanto leva ela ao pé da letra, a frase saiu sem querer, prometo tentar não fazer mais isso, sim? - lhe lancei um sorrisinho envergonhado de pedido de desculpas.

Quando menos esperei, Jun enfiou seu nariz em meu pescoço se pendurando lá como um coala se pendura na mãe.

Ele costumava fazer isso por manhosidade ou quando ficava muito nervoso. Logo entendi que dessa vez foi porque ele ficou nervoso com o que falei.

- Por favor, não faça mais isso, sabe o quanto fico assustado e atento em até mesmo pensar ou sonhar com alguma coisa de ruim acontecendo com você... - disse ele com sua voz abafada por ainda estar me cheirando.

- Desculpe, amor... Entendo sua preocupação. - disse e logo arranquei sua cabeça de meu pescoço e o beijei, um beijo de amantes, ardendo no escarlate da paixão mais pura.

🐅

Lá estava eu novamente com o gatinho encima de mim, dessa vez em sua forma humana, estávamos em nossa cama.

Ele estava deitado em meu peitoral e eu estava acariciando suas madeixas escuras enquanto ele alisava minha cintura, estava se ninando, soltava ronronos cheios de carinho, amor e preguiça pura, ele delirava, amava isso.

Eu observava meu panterinha lutar contra o sono tentando não deixar seus olhos se fecharem enquanto me olhava. Acho que ele não queria parar de me mirar, essa esmeraldazinha boba.

Tirei uma mão minha que estava em seus fios e a coloquei para massagear e acarinhar seu rosto, toquei seu maxilar, olhos, boca, nariz, dentinhos, pintinha abaixo dos lábios, sombrancelha, tudo.

E então ele rosnou.

- Amor, pare de me fazer delirar enquanto tento não dormir! Quero ficar te olhando pra sempre e isso nunca irá acontecer se você ficar me fazendo carinhos gostosos assim, poxa. - murmurou com um bico de braveza.

Então acariciei suas orelhas, oh, as orelhas... Um dos pontos fracos de minha pantera.

- O que disse, minha esmeralda? - perguntei, sabendo a dificuldade do outro de falar pelo enorme dengo.

- P-pare c-com isso! - gaguejou ao mesmo tempo que lutava bravamente para não fechar os olhinhos de jade.

Eu queria que ele descansasse, gostava quando ele dormia, amava mimá-lo. Então resolvi fazer carinho em seu pescoço também, o arrastei até uma altura em que meus lábios pudessem o tocar.

O dava beijinhos no pescoço e ao mesmo tempo acariciava suas orelhas sensíveis até reparar que o corpo grande de meu amor estava totalmente relaxado e os olhinhos verdes estavam fechadinhos enquanto ele me agarrava entre seus braços, me prendendo pela cintura em um sono profundo.

- Eu te amo, meu pantera. - dou um beijinho em seus lábios e depois em sua pintinha embaixo deles o vendo me agarrar mais ainda como se estivesse me respondendo, mesmo estando no mundo dos sonhos.

Minha panterinha. A pedrinha de esmeralda mais linda, carinhosa, amorosa, dengosa e protetora de todas.

Meu gatinho dos olhos de esmeralda.

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oioi, aqui é a nana 🙋
cometi a loucura de fazer (ou tentar) outra one... e eu literalmente não sei se foi uma boa ideia, mas as vezes temos que pôr nossa cara no jogo, não é mesmo?
escrever é algo que transmite loucura e desabafo, é uma das melhores sensações!
bom, tentei fazer meu melhor de uma forma em que eu precise sair de minha zona de conforto, afinal, a arte foi feita para ser perigosa, não? 😉

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⏰ Última atualização: Jun 02, 2022 ⏰

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Meu Gatinho Dos Olhos De Esmeralda. (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora