Junho de 1937

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Junho de 1937 - Estação de trem - norte da Inglaterra

Meu nome é Marie Peterson e nunca na minha vida pensei que viveria algo assim, uma guerra mundial, onde todos os países estariam lutando juntos para combater apenas um mal, estou agora indo para o desconhecido, um lugar onde eles abrigam jovens e os separam da sua família para proteção, não sei o que virá, estou com medo, mas não há o que eu possa fazer, apenas seguir.

- Bilhetes! Bilhetes por favor!

Havia um garoto na minha frente ele era bem lerdo pelo visto, e parecia ser de uma família abastada, pelas roupas e seu modo de se arrumar, tinha os olhos azuis, e os cabelos ondulados e castanhos, branco como leite.

- Ei! Estão pedindo o bilhete.

Então ele olhou-me e apenas seguiu a minha frente sem dizer uma palavra, demos nossos bilhetes e entramos no vagão de trem, o mesmo garoto sentou de frente para mim perto a uma janela assim como eu, ao meu lado, mais dois jovens um garoto loiro e com olhos verdes, e uma garota ruiva com olhos azuis bem mais alta do que eu, parecíamos ter quase a mesma idade.

Ao passar algumas horas aquela garota ruiva me chamou:

- Ei!

Olhei-lhe:

- qual é seu nome

- é Marie, Marie Peterson

- ah! O meu é Ema, Ema Solon, prazer Marie.

- prazer Ema!

Demos as mãos e sorrimos, passado mais algumas horas, abrimos nossas bolsas e dividimos um lanche:

- olha só eu trouxe o mesmo que vocês, sanduíche de frango assado

Todos riem

- prazer sou Peter Armand

- prazer Peter - dizemos

Ao ver o garoto comendo sozinho fiquei com pena e resolvi dividir meu lanche com ele, ao fazer isso, todos fizeram o mesmo.

Ele dá um sorriso e pega o lanche, e divide o dele.

- tome, obrigado

Pegamos o lanche e perguntamos seu nome:

- meu nome é Theodore Chammet

Passado mais 4 horas chegamos a um lugar como um castelo, cheio de jardins que rodeavam aquele lugar, então vimos vários jovens brincando na área e ficamos entusiasmados ao ver tudo aquilo.

- Bom, agora que estão todos aqui, quero que entendam algumas regras - dizia uma senhora com um coque baixo e uma cara tão ranzinza quanto o seu tom de voz

- É proibido gritar, é proibido correr, é proibido brigar, é proibido comer fora da cantina, é proibido dormir em outros quartos que não seja o seu... Não! Não toque nos artefatos históricos - ela grita para Emma que toca numa estátua.

Todos riem disfarçadamente com a situação e ela continua:

- É proibido barulho, é proibido sair sem um acompanhante, se não tiver nenhuma objeção sobre o caso, bom é só isso, aproveitem a nova casa de vocês

No quarto dos quatro jovens

- ou seja, é proibido tudo - diz Theodore mal-humorado deitado no tapete

- Ah! Não acredito que seja tão ruim assim jogaremos adivinha?

- É sério em? Adivinha?

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